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Com projeto abordando transparência política, alunas do Campus Arapiraca ganham prêmio estadual na Febrace

publicado: 29/03/2023 15h27, última modificação: 29/03/2023 15h30

Por Isabelle Guedes (estagiária de Ifal)*

Em cinco dias de atividades, milhares de estudantes das cinco regiões do Brasil se reuniram no programa de talentos em ciências e engenharia que estimula a cultura científica, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). O evento promove uma grande mostra de projetos científicos e tecnológicos na Universidade de São Paulo (Usp) e reúne estudantes de todo o Brasil. Dentre os participantes dessa 21º edição, que ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de março, duas participantes são estudantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal).

As alunas Maria Clara Neves e a Micaele Rayane, que estão cursando último ano do curso técnico integrado de Informática no Campus Arapiraca, apresentaram o projeto Diagnóstico e Transparência das Câmaras Municipais de Alagoas, desenvolvido sob orientação dos professores Felipe Alencar e Daniel Fireman. O trabalho rendeu às discentes o 1º lugar de melhor projeto alagoano.

Além da premiação, as jovens foram credenciadas na Mostra Científica de Inovação, Tecnologia e Engenharia de Alagoas (MOCITEPIAL), ganhando isenção de taxa de inscrição e alimentação para a edição de 2023 da feira de ciências alagoana, que acontecerá entre 4 e 6 de outubro.

Para Micaele Rayanne, a experiência foi gratificante. ‘’Uma das melhores coisas que fizemos nessa feira foi introduzir um pouco de cidadania e política na cabeça dos estudantes, era legal ver eles saindo do estande falando que olhariam os portais de transparência dos seus municípios. Tenho certeza que nosso projeto deu o start na curiosidade deles’’, relatou a jovem.

Alunas do Campus Arapiraca ganham prêmio na Feira Brasileira de Ciências e EngenhariaO projeto avaliou, durante 12 meses, a transparência das 102 câmaras municipais do estado de Alagoas. Segundo o professor Daniel Fireman, a ideia surgiu após observarem uma má avaliação da Lei de Acesso à informação (n.º 12.527/2011), que tornou o sigilo exceção e determinou critérios mínimos de forma e conteúdo de divulgação de informações de interesse público.

‘’Os resultados, que já foram apresentados ao Fórum de Combate à Corrupção de Alagoas (FOCCO-AL), nos permitem concluir que, apesar de 74% divulgar relatórios de gestão fiscal dentro do prazo, ainda há muito a ser melhorado na transparência ativa e passiva das câmaras municipais alagoanas’’, explica o professor.

Felipe Alencar, também professor e orientador do projeto, relatou alguns dos motivos que fazem a experiência ser enriquecedora. ‘’Primeiro por demonstrar que é possível realizar pesquisa de impacto nacional, usando de forma eficiente os recursos de editais como este de pesquisa da Pró-reitoria de pesquisa, pós-graduação e inovação (PRPPI) e, segundo, por ver, na prática, como a colaboração entre docentes capacitados e discentes dedicados pode resultar em excelentes contribuições’’, pontuou.

* Sob a supervisão de Bruno Andrade