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Campus Arapiraca se despede de alunos que colecionaram centenas de medalhas para o Ifal

Evento homenageou os medalhistas dos últimos anos

publicado: 13/03/2023 10h57, última modificação: 13/03/2023 11h01

Por Mírian Félix, estagiária de Jornalismo*

Olimpíada Brasileira de Biotecnologia (OBBIOTEC), Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras (OIMSF), Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). São várias as competições olímpicas de incentivo à aquisição e difusão de conhecimento realizadas no país, e fora dele, que o Campus Arapiraca do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) vem obtendo sucesso.Lívia Caroline Barbosa exibe um dos seus troféus.jpeg

As medalhas vieram de várias áreas de conhecimento. Lívia Caroline Barbosa Almeida, concluinte do curso Integrado de Eletroeletrônica no Campus Arapiraca, conquistou várias delas durante o período em que passou na instituição. Ela foi primeiro lugar nível técnico nacional na OBBIOTEC em 2022, duas vezes consecutivas finalistas da ONHB (bronze e cristal) em 2021/2022; ganhou duas medalhas Canguru (menção e bronze) em 2020/2022; prata a OBA em 2022; bronze na olimpíada de Ciências em 2021; bronze e prata dois anos consecutivos na OIMSF (nível regional prata e nacional bronze em 2021, e prata em ambas as categorias 2022); bronzes na olimpíada alagoana de química e na norte e nordeste de química em 2022; ouro dois anos consecutivos nas olimpíadas de geografia em 2021/2022; bronze na olimpíada de química alagoana e menção honrosa na OBMEP 2022.

A aluna, que pretende cursar medicina, conta como se preparava para as competições. “Eu gostava de participar principalmente da Olimpíada de história e das relacionadas a biologia e química. Sendo sincera, eu não me preparava especificamente para olimpíadas, mas utilizava o meu conhecimento obtido na sala de aula e nos meus estudos do Enem para fazê-las.”, explicou.João Paulo Barbosa e suas dezenas de medalhas conquistadas em olimpíadas de conhecimento pelo Ifal.jpeg

João Paulo Barbosa Nunes colecionou cerca de 200 medalhas, no período em que cursou Eletroeletrônica no Campus Arapiraca. Ele também é um dos responsáveis por administrar o perfil do Ifal Olímpico que é um grupo de Whatsapp estimula outros alunos a também participar de olimpíadas.

A ideia de criar o Ifal Olímpico foi algo atrelado também a um projeto do Grêmio (que eu também fazia parte). Foi um projeto criado “do zero” mesmo. Tentávamos levar nosso engajamento aos outros alunos, e com isso conseguimos impactar mais de 250 alunos do Ensino Médio para que eles ao menos tentassem entrar nas oportunidades, porque muitos sentiam medo e não se sentiam seguros, mas o importante sempre é dar o primeiro passo.”, explicou entusiasmado.

Ele conta que estudava o conteúdo básico na escola e consultava provas anteriores das olimpíadas, simulados ou videoaulas online para reforçar o estudo. Matemática era a disciplina a que mais se dedicava, a disciplina, é mais frequente nas competições de conhecimento, e não parava nem durante as férias, quando costumava assistir vídeos de resolução de questões do Enem e da OBMEP.Allane Karine Ferreira exibe as medalhas conquistadas nos anos em que esteve no Ifal.jpeg

O aluno revela o que o Ifal representou para a evolução dele como estudante. “O Ifal abriu muitas portas para mim em vários sentidos, pois foi lá que aprendi que a escola era uma parte do ensino básico, mas havia muito mais oportunidades, como projetos, estágios, olimpíadas e feiras científicas. Assim, o Ifal sempre me auxiliou em todos esses meus anseios, sempre que tinha alguma ideia de projeto ou queria participar de alguma competição eles me ajudavam e me engajavam”, declarou.

Também concluinte, Allane Karine Ferreira tem o costume de falar que o Ifal foi a primeira grande oportunidade que teve em sua vida “Iniciei o Ensino Médio com uma base acadêmica desestruturada e com diversas defasagens, sendo mais uma vítima de anos de um ensino básico precário. Desde de então, fui condicionada, a reestruturar e consolidar, degrau por degrau, o conhecimento. Essa necessidade veio como obrigação, já que é um ambiente com pessoas de alta performance e exige que você tenha um ótimo desempenho também”, comentou.

A egressa recorda que por ter uma base educacional muito inconsistente, teve que estudar os níveis anteriores para que por fim eu estivesse apta a participar de competições no Ensino Médio, a partir do 2º ano. “A minha preparação inicial consistiu em realizar as provas da OBMEP (de todos os níveis e anos), posteriormente fiz boa parte do material do POTI e alguns livros mais específicos de cada área da matemática. Para as demais competições, eu sempre tentava realizar as provas do meu nível, caso meu desempenho estivesse baixo, eu respondia e corrigia as provas do nível anterior também. Além disso, eu fiz parte do PIC - Programa de Iniciação Científica Jr - o qual me permitiu um aperfeiçoamento matemático”, enumera.Alanne Karine, segurando uma de suas medalhas, e a professora Fernanda Cordeiro.png

Para ela, Ifal o ambiente foi essencial para a sua evolução. “Tive contato com alunos brilhantes, servidores empenhados e professores, embora rigorosos, muito capacitados. Dispus do privilégio de aproveitar os espaços do campus, em especial, a biblioteca e os laboratórios, já que esses ofertam as condições adequadas para a construção de uma educação de qualidade. Estudar no Ifal é, de fato, vivenciar na pele o melhor ensino público de Alagoas”, acrescenta Allane.

Docentes auxiliam a preparação dos alunos

O professor de História, José Carlos, relata como é a preparação para as provas. “Geralmente, marcamos com as equipes para que possamos iniciar a preparação com a leitura e discussão das questões da prova anterior. Como uma questão pode ter mais de uma alternativa correta ou com pontuações diferentes, de 0 a 5, é preciso interpretar corretamente os comandos propostos pelos avaliadores”, conta José Carlos.

Professora de Eletroeletrônica, Fernanda Cordeiro, fala sobre a alegria de ver os alunos se destacando nas olimpíadas: “Eu fico extremamente feliz pela conquista dos alunos, e destaco que na verdade já fico feliz em ver o interesse deles em participar, mesmo que alguns deles não alcance o resultado esperado naquele momento. O que acaba servindo de gancho para motivar eles a tentar novamente e não desistir”.Professor Marcos Rocha com medalhistas da OALQ.jpeg

O professor Química do Campus, Marcos Rocha, lembra que a preparação dos alunos começa com a apresentação das olimpíadas, “É mostrado para eles como funcionam as olimpíadas do conhecimento e de cada olimpíada é apresentado as suas particularidades, tais como, conteúdos, formas como as questões se apresentam em provas anteriores. A partir daí, a cada conteúdo a gente vai trabalhando também as questões das olimpíadas”, relata.

Para ele, cada conquista é especial. “É uma felicidade imensa. Nossos alunos são fantásticos. Quando um aluno consegue uma medalha ou uma menção honrosa acho que, além da vitória dele, é uma vitória minha também porque a gente faz o trabalho da melhor maneira possível e parece que eles multiplicam isso de uma forma maravilhosa. É um reconhecimento do nosso trabalho. Me deixa mais apaixonado ainda por essa profissão”, salienta.

Sob a supervisão de Jhonathan Pino, jornalista