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Apresentação de trabalho, atuação em fóruns e minicurso marcam participação do Ifal Arapiraca em encontro nacional dos Neabis

Três docentes do campus compuseram comitiva do Ifal que participou do evento

por Roberta Rocha publicado: 25/09/2023 16h13, última modificação: 28/09/2023 11h20

O que os docentes do Campus Arapiraca Rodrigo Abraão da Silva, Judivan Lopes e Adriana Santana foram fazer no 7º Encontro Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Enneabi) e grupos correlatos da Rede Federal de Educação? No evento ocorrido no Campus São João del-Rei do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, de 14 a 16 de setembro deste ano, o trio de profissionais integrou a comitiva do Instituto Federal de Alagoas - Ifal e se envolveu na exposição de trabalho, participação em fóruns deliberativos, além de minicursos e palestras.

Um dos destaques do roteiro de atividades foi a apresentação da pesquisa "Impacto da Lei de Cotas: de 2012 a 2022 no Ifal Arapiraca". De autoria dos três docentes mencionados, o trabalho analisou implicações da implementação da Lei de Cotas no processo de matrícula de estudantes da unidade de ensino.

Ifal no EnneabiPara isso, o grupo categorizou as matrículas em Ampla Concorrência, Cotas para Pardos, Negros e Indígenas ou Cotas para Portadores de Necessidades Específicas e fez análise estatística para calcular e comparar as taxas de registro entre as categorias, ao longo do período de estudo.

A partir da interpretação dos dados em questão, foi possível identificar disparidades e tendências na inclusão de estudantes pertencentes a grupos historicamente desfavorecidos, então beneficiados pela lei. Conforme os integrantes da pesquisa, os resultados obtidos podem ser relevantes tanto para a instituição de ensino quanto para políticas públicas educacionais mais amplas.  

No Enneabi, a apresentação desse trabalho foi feita oralmente e com o auxílio de um pôster, para o público geral e avaliadores.

Fóruns - Os docentes do Campus Arapiraca se dividiram entre os fóruns da programação do evento para conseguir acompanhar diferentes discussões. No Fórum "Neab/Neabi na estrutura administrativa da rede IF: diálogos sobre funções gratificadas (FG), orçamento e reconhecimento nacional do Enneabi", o professor Rodrigo Silva atuou como relator e destacou que a experiência institucional do Ifal na área foi um referencial para os demais participantes.

"O Ifal acabou sendo exemplo, com relação à Função Gratificada e à questão do orçamento de 1% [garantidos pela Resolução nº 29/2018 do Conselho Superior que reserva anualmente, no mínimo, 1% do orçamento do campus para o fortalecimento das ações do núcleo]. Grande parte dos Neabi's nos outros institutos da Rede Federal sequer têm orçamento. Então acabou sendo aprovado, em plenária, a deliberação para lutar pelo orçamento de 1% por cento, além da Função Gratificada para todos os coordenadores de Neabi's", detalhou Rodrigo.  

Já o docente Judivan Lopes participou das discussões do Fórum "Estruturação dos Neabi's na Rede Federal de Educação Técnica e Tecnológica: diálogos com CONNEABS e construções particulares" e a professora Adriana Santana integrou o Fórum "Diálogos para implementação do Plano Nacional de Educação para as Relações Étnico- Raciais (ERER) na Rede Federal Tecnológica".

Ifal no EnneabiOs três representantes do Ifal Arapiraca também garantiram participação em palestras do Enneabi, no minicurso "Abordagens de ensino-aprendizagem na educação antirracista" e na plenária final que aprovou as propostas dos fóruns. 

A delegação do Ifal no evento contou com 29 pessoas, entre estudantes e servidores dos campi Arapiraca, Batalha, Coruripe, Murici, Palmeira dos Índios, Penedo, Piranhas, Satuba e da Reitoria.

Sobre o evento

O tema da 7ª Edição do Enneabi foi a “Rede Federal na Encruzilhada: entre resistências e reconstruções”, com foco em discutir o papel dos institutos federais em relação aos fenômenos excludentes que envolvem a discriminação racial, de gênero, sexualidade, religião, entre outras, no cotidiano escolar.

Para combater práticas discriminatórias que possam prejudicar o acesso, a permanência e o sucesso escolar dos estudantes, os núcleos dedicados aos estudos afro-brasileiros e indígenas, como os Neab’s e Neabi’s, têm promovido  iniciativas sobre a temática no ambiente escolar, além de articular, em nível nacional, ações para que as pautas identitárias e os processos de inclusão integrem cada vez mais a agenda educacional.