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Visita de participantes à Serra da Barriga marca dia de encerramento do Enneabi

Participantes saíram do Campus Satuba para realizar a subida em conjunto

publicado: 21/10/2019 11h18, última modificação: 22/10/2019 15h25

O município de União dos Palmares, a 73km de Maceió, foi incluída nas atividades do 5º Encontro Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas e grupos correlatos da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica (Enneabi) e Encontro Estadual dos Neabi (Enneal) , neste sábado 19, com a ida de pesquisadores e demais participantes do evento ao Parque Memorial Serra da Barriga, local tombado pelo  Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), por ter sido sede do Quilombo dos Palmares, marco da luta dos povos negros escravizados no Brasil, por mais de um século.

No local, os participantes foram recebidos por Helcias Pereira, assistente técnico da Fundação Cultural Palmares, que introduziu aos convidados a história da vinda dos primeiros angolanos, escravizados na região e sua mobilização na resistência ao sistema escravocrata.

“Entre aqueles primeiros africanos estava uma princesa, Aqualtune, que utilizou de todo o respeito que exercia sobre aquele povo para mobilizá-lo e organizar uma fuga, de forma coletiva, para a região, onde fica A Serra da Barriga. Ela teve quatro filhos, entre eles, Ganga Zumba, que foi quem criou o Quilombo dos Palmares”, pontuou.Helcias Pereira e Lígia Ferreira introduziram os alunos sobra a importância do Quilombo.JPG

Helcias acrescentou que o Quilombo era uma verdadeira república com uma conglomeração que chegou a contar com mais de 20 mil pessoas, no século XVII, numa época em que cidades como Recife possuíam uma população ao redor de 5 mil. Aquela reunião de pessoas de todas as origens, africanos, europeus e indígenas, geraria incômodo entre os portugueses, que no final do século iria entrar em conflito com o Quilombo, à época liderado por Zumbi.

“A Guerra entre Portugal e Holanda facilitou a criação dos mocambos, nas fazendas abandonadas na província. Com mais de 20 mil habitantes, o Quilombo era um estado autônomo com mais de 10 mocambos e por isso Ganga Zumba era tratado como chefe de Estado,” detalhou o guia.

Membro da comissão organizadora do evento, a docente da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Lígia Ferreira, agradeceu a atuação de Helcio, na manutenção do parque e da história do Quilombo.Participantes do institutos federais de Alagoas, Maranhão e do Cefet de Minas Gerais conheceram as instalações do Parque.JPG

. “Esse é um momento que nos propicia estimular mais a estudarmos e conhecer um pouco de nossa história. E esse momento é especial, porque estamos em um lugar com uma atmosfera singular que permite a reflexão sobre a luta dos povos africanos”, comentou.

O sábado ainda contou com exposições de pôsteres e comunicações orais de trabalhos desenvolvidos pelos núcleos dos institutos federais do Ceará, Maranhão, São Paulo, IF Baiano e Cefet de Minas Gerais.

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