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Tecnólogos diversificam formação de cursos ofertados pelo Ifal

Docentes do Campus Satuba e Santana fizeram parte de turmas iniciais de nível superior da instituição

publicado: 15/10/2019 10h14, última modificação: 17/10/2019 10h28

Adriana Cirqueira e Jhonathan Pino - jornalistas

A criação dos cursos tecnológicos, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), duas décadas atrás, criou oportunidades, como também gerou incertezas, na época, sobre o potencial de absorção do mercado dos profissionais que seriam formados no estado. Como a modalidade de nível superior ainda era pouco conhecida, muitos dos ingressos se sentiam verdadeiros desbravadores. Márcia Gomes e Wagner Wildey Silva inicialmente compartilharam desse sentimento, quando iniciaram seus cursos na instituição, mas hoje, eles atuam e diversificam a formação acadêmica em Alagoas. É a trajetória deles que veremos em mais uma reportagem da série “2ª Casa”.

Atuando no Campus Santana do Ipanema, Márcia lembra que sua formação não saiu exatamente como planejava, quando entrou na unidade Maceió, do antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), em 2005.

Entrei no curso de Tecnologia em Alimentos achando que havia similaridade com a Nutrição. Ainda no início descobri que nada tinha a ver. Se tratando de um curso tecnológico, modalidade superior, me instigou a buscar um curso bacharelado, voltado para a mesma área, que seria Engenharia de Alimentos. Como não tinha no estado, acabei cursando Engenharia Química, por direcionamento do curso tecnológico e influência da família. O que me abriu portas, no sentido, de reconhecer meus pontos fortes e identificar a qual profissão eu gostaria de seguir”, recordou.

As experiências de formação de Márcia Gomes (no centro) foram divididas com Juliana Moraes (à direita), hoje docente do Campus Murici.jpegComo fazia parte da segunda turma do tecnológico, ela disse que enfrentou a dificuldade de reconhecimento do curso.

No entanto, tive a oportunidade de fazer o Enade [Exame Nacional de Desempenho de Estudantes]. Assim como o acesso a toda estrutura apresentada no Campus Maceió, refeitório, biblioteca, laboratórios e também a possibilidade de network, com o financiamento em eventos voltados a área”, enumerou.

A docente, que ainda faria um mestrado em Engenharia Química e um doutoramento em Engenharia Industrial, enfatiza que aqueles recursos obtidos ainda na graduação tiveram grande importância para a sua formação.

Sou fruto de uma instituição pública e de qualidade, que busca a permanência e êxito do aluno. E hoje, ocupando espaço contrário ao anterior aluno/professor, reconheço a importância da tríplice ensino/pesquisa/extensão, para a formação profissional e cidadã do aluno”, pontuou.

Aluno do ensino médio e superior

professor do Campus Satuba, Wagner Wildey, iniciou sua trajetória no Ifal, no ensino médio no Cefet, entre 2003 a 2005. Ele disse que no período ficou surpreso com a pluralidade cultural da instituição e com a possibilidade de conviver e aprender com pessoas diferentes e abordagens metodológicas distintas.

Em 2006, ainda em dúvida quanto à carreira que seguiria, Wagner lembra que foi em um curso “pré-vestibular” que teve acesso a um panfleto de divulgação do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, ofertado pela antiga Escola Agrotécnica Federal de Satuba (Eafs), atual Campus Satuba. Ele se inscreveu e ingressou no curso.Wagner Wildey Silva foi aluno do técnico e tecnológico, como também já foi coordenador de um dos cursos em que se formou.jpg

Para o docente, estudar na rede federal possibilitou uma expansão mental que o fez vislumbrar novos caminhos, fora dos tradicionais e perseverar. “Meus objetivos eram tanto me tornar um bom profissional, quanto fortalecer o meu curso e a minha instituição, minha segunda casa”, afirma.

Em novembro de 2011, Wagner ingressou como servidor no Campus Piranhas, permanecendo ali por três anos. Em 2014 passou a trabalhar no Campus Satuba, tendo sido coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, mesmo curso em que se graduou.

Estudar no Cefet e na Eafs mudou a minha vida. Alcancei o que considero o sucesso profissional, uma vez que hoje trabalho fazendo o que gosto e, com certeza, isso se reflete positivamente na minha vida pessoal”.

Conheça outras histórias como essa, acompanhando a série “2ª Casa”.

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