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Técnicos em agropecuária são empossados para atuar nos campi Maragogi e Piranhas

Em comum, novos servidores trazem alta bagagem acadêmica e experiências antecedentes no Ifal
por Jhonathan Pino publicado: 10/01/2024 10h51, última modificação: 10/01/2024 15h40

A primeira cerimônia de posse de servidores de 2024 aconteceu nesta terça-feira (9) e marcou a entrada de dois nomes que já possuem histórico no Instituto Federal de Alagoas (Ifal): Daniele Costa de Oliveira foi egressa do Campus Satuba, Vlademir Silva, professor substituto do Campus Santana do Ipanema. Ambos retornam à instituição, ocupando o cargo de técnico em agropecuária e trazem consigo a trajetória acadêmica excepcional e o histórico de vida relacionado à produção agrícola.

Apesar de Daniele Costa estar voltando de doutoramento na Universidade de São Paulo (USP), foi com os pais, assentados rurais e integrantes do Movimento Sem Terra (MST), que a alagoana de Delmiro Gouveia teve suas primeiras lições, seja na agricultura familiar, seja na busca por melhores condições de vida. Ao lado do pai agricultor, José Cazuza, ela revelou que seu caminho esteve atrelado ao êxito de políticas públicas com que teve contato.Daniele Costa acompanhada marido, Adilson Rocha, pai, José Cazua e madrasta, Ana Paula.jpg

“Quando entrei na escola Agrotécnica de Satuba, hoje Ifal, eu participei de seleção específica para filhos de assentados. Todo mundo sabe que o ensino da Agrotécnica é totalmente diferente. Fiz graduação na Ufal, mestrado e doutorado na Esalq [Escola Superior de Agricultura], na USP. Eu sou filha dessas políticas públicas de educação. Uma coisa que meu pai falava era, ‘você está fazendo tudo isso, recebendo bolsas, mas qual será o seu retorno para a sociedade?’. Eu sempre tive a intenção de devolver toda essa formação para a sociedade”, recordou Daniele, que irá atuar como técnica do Campus Maragogi.Vlademir Silva já atuou como professor substituto no Campus Santana do Ipanema.JPG

Natural de Cruz das Almas, na Bahia, Vlademir trouxe em sua bagagem passagens profissionais que perpassam o setor produtivo e acadêmico. Na Bahia e em Alagoas, ele pôde conciliar o mundo do trabalho com a sua formação. Agora, ele pode contribuir como técnico em Agropecuária no Campus Piranhas, com conhecimentos obtidos a partir de um doutorado em Cuidado de Plantas, na Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Na posse, o novo servidor manifestou a intenção de “assentar-se” no estado alagoano, unindo a atuação técnica e de educador. “A gente chega no Ifal para contribuir. Aqui, você está na área técnica, mas está na área da educação. De alguma forma, a gente ajuda a edificar a formação na educação pública e dar aos estudantes o que eles merecem”, observou Vlademir.Vlademir Silva explica lembra que concilou atividade técnica e acadêmica entre a Bahia e Alagoas.JPG

Presentes à cerimônia, o reitor Carlos Guedes, os pró-reitores de Ensino (Proen), Cledilma Costa; de Administração (Proad), Heverton Andrade, de Desenvolvimento Institucional (PRDI), Carolina Duarte, além de representantes da Extensão e do Ensino, Maria Betânia Vilar e Patrícia Borsato, reforçaram a missão que os novos servidores irão ter daqui em diante.

Cledilma lembrou que independente de serem técnicos ou professores, a missão do servidor no Ifal é promover uma educação pública, gratuita e socialmente referenciada.

Servidores empossados, entre gestores.JPG“Estamos aqui, na primeira posse de 2024, e são dois técnicos em Agropecuária. Quando fizemos o concurso, nós pedimos a formação técnica, chegaram dois doutores: uma formação bem acima da exigida. Mas temo muitos desafios: o primeiro deles é que 70% dos nossos estudantes são oriundos de escolas públicas. Esse ano vamos buscar atender a todos com a alimentação escolar, para que possamos dar condições para que eles permaneçam e tenham êxito no final”, pontuou a pró-reitora.Patrícia Borsato ressalta possibilidades de atuação profissional e realização pessoal no Ifal.jpg

Heverton pontuou que, assim como Carolina Duarte, também é técnico, e no Ifal puderam não só ascender profissionalmente como realizarem-se pessoalmente. “Apesar de não atuarmos nas atividades fins, os técnicos carregam sim uma grande responsabilidade na formação das pessoas. Como o reitor Carlos Guedes destacou, a nossa missão é muito nobre, porque ela é de provocar uma mudança de vida das pessoas, talvez a única possibilidade, que é por meio da educação”, pontuou o gestor.

“Vocês têm uma carreira acadêmica e conhecem o perfil de nosso estudante. Eu tenho a alegria de estar aqui, não só pela missão que nos é dada, mas pelo prazer que é trabalhar aqui”, completou Carolina.