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TAEs são referência em seus campi pela excelência no atendimento e na atuação

publicado: 21/11/2017 12h03, última modificação: 21/11/2017 16h57

Gerônimo Vicente, Jhonatan Pino, Roberta Rocha-jornalistas

As boas práticas de servidores técnicos administrativos (TAEs) em diversos campi do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) vêm sendo exploradas desde o final do mês de outubro, quando teve início a série “Técnicos em Ação”, iniciativa do Departamento de Comunicação e Eventos (DCE) da Reitoria. Esta penúltima matéria abordará exclusivamente TAEs que têm uma atuação voltada para a verdadeira excelência no atendimento – seja em relação a alunos, comunidade externa ou aos próprios colegas servidores – ou em sua atuação no campus. Neste caso, estamos falando abaixo de servidores que atuam de maneira diferenciada, muitas vezes ultrapassando seu rol de atribuições do cargo, em prol de um melhor desenvolvimento da instituição. E o que confere o ineditismo dessas ações é a 'satisfação em servir bem', vejamos adiante.

Quem disse que santo de casa não faz milagre? A história do santanense Diego Alves mostra o contrário. Após mais de oito anos colaborando com o campus Marechal Deodoro, ele resolveu voltar para sua terra natal para trabalhar, e acima de tudo, comunicar para todo o mundo como toda a sua região está sendo transformada pelo campus do Ifal em Santana do Ipanema. Na casa nova, Diego pediu exoneração do cargo de Assistente em Administração, assumiu o cargo de Técnico em Assuntos Educacionais e, mesmo com as novas tarefas, aceitou um convite para atuar como agente de comunicação.

Diego Alves encontra no interesse pelo jornalismo uma forma de produzir conteúdo e fazer visível as atividades do campus SantanaCom muitas ideias na cabeça e coragem de colocá-las em prática, o servidor foi responsável por dar maior visibilidade às transformações na vida de alunos, servidores e de toda a comunidade envolvida. Em menos de seis meses, ele assumiu o portal do campus e redes sociais, além de criar as séries "Inspiração", "Bate Pronto" e “Fala, professor!”, que retratam temas sobre como os servidores contribuem para a comunidade e dão espaço para a troca de experiências entre docentes e experiência de sucesso de alunos egressos. "Quando cheguei ao campus Santana, vim direcionado para colaborar com o trabalho pedagógico. Nas duas primeiras reuniões em que participei, ouvi algumas falas no sentido da necessidade de levar aos sertanejos o desejo de fazer parte do Ifal e de mostrar o trabalho que a escola desenvolvia. Vi ali uma possibilidade de ajudar o campus a fortalecer esse elo com a comunidade local e me disponibilizei a cuidar da comunicação. Durante a minha juventude, alimentei por anos o desejo de estudar Jornalismo, mas a vida me levou para caminhos distintos. Nesse momento, uni um pouco daquele desejo com a necessidade da instituição e comecei a colocar o campus nas principais redes sociais", relatou.

Mais foi em outra série, “Dois Dedos de História", que ele pôde reunir seu amor pelo Jornalismo à sua formação em História. Lá Diego aborda, com dados geográficos e históricos, os mais de 30 municípios da região atendidos pelo campus, seja com a oferta de cursos regulares para os alunos desses locais, seja com a oferta de projetos de extensão. "Em tempos de redes sociais, o projeto foi pensado para mostrar ao público como o trabalho do Ifal impacta essas cidades, numa espécie de homenagem e de valorização da presença desses alunos na nossa instituição. A repercussão desse projeto tem sido importante à medida que reforça o sentido de pertencimento ao campus e desperta o interesse de outros alunos em participar do nosso processo seletivo e fazer parte da escola", relatou.

Somando o tempo nos dois campi, em seus quase nove anos de atuação, Diego atuou como coordenador de Registro Acadêmico e por três anos coordenou o Pronatec em Marechal Deodoro. Ali, ele disse que já notava a importância de divulgar as atividades desenvolvidas pelo programa, mas isso ficou ainda mais evidente em Santana, quando atingiu um público de mais de 200 mil pessoas. "Senti a aceitação do público de forma instantânea. Em menos de um mês de trabalho, já havia um reconhecimento disso por parte dos servidores da casa e, de modo surpreendente, também de outros campi. A implantação da comunicação nas três principais redes sociais expandiu o conhecimento do público sobre o campus Santana. Isso me surpreendeu e incentivou a fazer sempre mais, a buscar atingir um público importante para nós e a exibir para o Sertão o quanto nosso trabalho impacta positivamente na realidade local", comemora Diego.

Um servidor com orgulho do que faz. Assim é Giliarde Bispo da Silva, assistente administrativo do campus Rio Largo que associa entre os êxitos conquistados na vida o seu ingresso no Ifal. Não foi à toa que ele foi incluído na categoria Boas Práticas – Excelência no Atendimento e na Atuação pelos produtores desta série. Para Giliarde, esse modo de atuação tornou-se uma prática rotineira desde quando assumiu o cargo na instituição em 2012. Hoje, o técnico administrativo exerce função de substituto-permanente da Chefia do Departamento de Administração da unidade de ensino e de coordenador-adjunto do Pronatec do Ifal em Rio Largo. Mas o que era para ser apenas uma atividade na área de informática transformou-se em exercício de atribuições nos setores de Multimeios, Manutenção, Suporte de Computadores, Controle e Organização de Sonorização, eventos e outras atividades. “Giliarde é uma espécie de 'faz-tudo' no campus” expressão dos gestores da unidade.

Giliarde faz parte do quadro de servidores do campus Rio LargoE, de acordo com o relato de Giliarde Bispo, as características pessoais se encaixam no trabalho que lhe cabe: “Nasci em um pequeno município do estado de Alagoas chamado Belém, localizado entre Maribondo e Palmeira dos Índios. Em 1996, entrei na Escola Técnica Federal de Alagoas (ETFAL) para cursar Eletrotécnica, formei-me em 2000 e, graças ao curso, consegui um emprego para ajudar minha mãe, que tinha que trabalhar muito para garantir educação a mim e meu irmão, já que éramos uma família humilde. Trabalhei durante um ano, mas a empresa perdeu o contrato. Logo em seguida consegui outro trabalho, também decorrente da minha formação na ETFAL, neste último passei 12 anos. Como trabalhava prestando serviços a órgão público, conheci muita gente que estudava para concurso, então também comecei a estudar. No final de 2011, foi lançado o edital para o concurso do Ifal, então falei para Deus e para mim mesmo que passaria neste concurso. Estudava dia e noite, o tempo que tinha livre eu estava estudando. Fiz a inscrição para o nível fundamental (auxiliar administrativo) e para o nível médio (Assistente em administração). Quando o resultado saiu, eu passei nos dois. Foi uma felicidade muito grande para minha família, em especial para a minha mãe, que lutou tanto para me educar. Ver seu filho concursado federal era um grande orgulho e saber que ela estava feliz foi muito gratificante pra mim”, recordou.

Ao ser convocado para assumir o cargo, o servidor escolheu o campus Marechal Deodoro e foi lotado no setor de Tecnologia da Informação. “Quando me tornei servidor, prometi que estaria ali para servir com toda a dedicação”, enfatizou, ao recordar as amizades feitas na unidade e a saudade que tem de lá. O deslocamento para o campus Rio Largo surgiu devido às condições de saúde da mãe do servidor, motivo que o fez assumir a Coordenação de Suprimentos e Materiais, atividade que para ele foi um grande desafio. “Como tenho habilidades nas áreas de informática e eletricidade, fiz alguns reparos quando necessário. Em Rio Largo fui bem acolhido e vi que o campus tem algo de especial, apesar das dificuldades que enfrentamos. Agradeço a Deus e a minha mãe, que infelizmente já não está mais conosco, por tudo que sou hoje e quero sempre estar pronto para servir a todos da melhor forma, seja no campus Rio Largo ou em outro campus da Rede Ifal, pois acredito que o Ifal é um só e temos que fazer com que o nosso instituto seja um diferencial na vida dos alagoanos”, ressaltou Giliarde.

Em agosto de 2014, Emerson Magalhães iniciou suas atividades no Ifal como auxiliar de biblioteca no campus Maragogi. Atualmente com a função de chefe de gabinete, o técnico continua sendo referência profissional pelo comprometimento com que atende as demandas do trabalho. É ele quem atua como agente de comunicação do campus: produz material impresso, atualiza site e rede social com os últimos informes da unidade de ensino, faz o registro fotográfico de visitas técnicas e outras ações institucionais, tudo isso sem abandonar o universo dos livros. O profissional já auxiliou na editoração eletrônica de algumas obras para o campus (disponíveis na plataforma ISSUU). Foi destaque com sua oficina de produção de fanzines no 1º Biblioação, evento realizado em 2014, no campus Maceió, como parte das comemorações da Semana Nacional do Livro e da Leitura. Teve uma História em Quadrinho de sua autoria premiada no 9º Connepi, no Maranhão, no mesmo ano, além de articular a participação do campus Maragogi no estande do Ifal na Bienal Internacional do Livro de Alagoas, onde cuidou dos lançamentos de obras de alunos e docentes, em 2015 e 2017. No mais, ele também teve envolvimento na produção da edição impressa da Revista Cultural do campus Maragogi e do Anuário 2015 do campus Maragogi, colecionando tudo o que aconteceu naquele ano na unidade de ensino.

Emerson, do campus Maragogi, está de camisa azul ao centroParece não faltar fôlego para esse servidor, que também é um dos grandes nomes da equipe de produção audiovisual do Auto de Natal do campus e ainda dá aquela 'ajudinha' no design de logomarcas de eventos e projetos locais. Se há espaço para novos planos? “Estamos preparando um projeto multidisciplinar chamado GoOn, que envolverá quadrinhos e educação. O escopo dele é bastante abrangente, não só em termos do Ifal, mas dos institutos federais como um todo, podendo ser utilizado inclusive por outras instituições de ensino”, adianta Emerson, mostrando porque é considerado um entusiasta da sua área de atuação.

A próxima servidora entrevistada para a série é do campus Palmeira dos Índios. Com 23 anos de casa, a servidora Fátima Simone da Conceição já fez de tudo na instituição e deixou sua marca de dedicação em cada um dos setores nos quais esteve lotada. Ela ingressou no serviço público no cargo de servente de limpeza, na antiga Escola Agrotécnica, hoje campus Satuba. Dois anos depois, foi removida para o campus Palmeira dos Índios e lá permanece até hoje, atualmente como coordenadora de Registro Acadêmico e supervisora local do programa Mulheres Mil.

Graduada em Letras e especialista em Gestão Pública Municipal, Fátima integra o Conselho Superior do Ifal, órgão onde representa os técnicos administrativos para o biênio 2016-2018. “Procuro contribuir da melhor forma possível para a solução das solicitações apresentadas”, conta. Na rotina diária de trabalho, a profissional lida com alunos, servidores, docentes, pais de alunos e a comunidade em geral. Entre as atribuições, está a organização de toda a documentação discente, além de documentos relacionados, como cadernetas, relatórios de gestão, inserção de dados no Educacenso, Censo Superior, Sigaa, Sistec e Sisu. “Toda a alimentação de informações desses sistemas ficam sob minha responsabilidade”, detalha. Fátima Simone está há 23 anos no Ifal

Uma das iniciativas que marcou a carreira da técnica foi o esforço para implantar no sistema acadêmico os históricos de todos os alunos concluintes de cursos no campus Palmeira dos Índios desde a primeira turma formada. “Enfrentei esse desafio com a equipe e isso tornou mais rápido o atendimento a solicitações de históricos escolares, reduzindo a entrega de oito dias para o máximo de 48 horas”, explica Fátima, que em 2014 também coordenou a implantação manual do sistema acadêmico Sigaa para os cursos técnicos de nível médio da unidade. “Os técnicos representam esse suporte, uma estrutura importantíssima que dá as condições necessárias para que os alunos e professores estejam em sala de aula e também desenvolvam atividades fora dela”, resume.

De aluna a integrante do quadro funcional. Apesar de jovem e do pouco tempo de exercício no Ifal, a técnica de tecnologia da informação Alana Messias possui um currículo extenso de atividades desenvolvidas na instituição. Concluinte do curso técnico integrado de Informática do campus Maceió, a servidora assumiu o posto na unidade de São Miguel dos Campos em janeiro de 2012 - coincidentemente no dia do seu aniversário de 21 anos - com a missão de retribuir para a instituição onde se formou as oportunidades que lhe foram dadas. Foi a partir dessa concepção que a técnica orientou um projeto de extensão de curso básico de xadrez para alunos da escola pública municipal onde o Ifal São Miguel está sediado. “Dois bolsistas fizeram um planejamento de estudo comigo e eles prepararam e deram essas aulas, então finalizamos o curso com uma visita técnica à Federação Alagoana de Xadrez. Enquanto aluna do Ifal, fui atleta de xadrez, inclusive viajei para participar de competições. O estímulo que eu tive dentro da instituição com essa modalidade pude ajudar a transmitir para a comunidade de São Miguel dos Campos por meio da extensão”. Em sua trajetória institucional, Alana já participou do comitê de tecnologia da informação, foi coordenadora de apoio acadêmico e se engajou com a gestão da assistência estudantil do campus, onde a experiência como estudante norteou sua atuação mais uma vez. “Eu me dediquei muito porque conhecia vários casos de colegas que foram beneficiados pelos programas, que dependeram dessa política de assistência para continuar na instituição, para concluir o curso”, esclarece.

Alana, ex-aluna do campus Maceió e hoje servidora, está vestindo camisa rosa na fotoLotada há poucos meses na Diretoria de Educação a Distância, na Reitoria do Ifal, a profissional tem mais um motivo para falar que sua ligação com a instituição é estreita: está cursando a graduação em Sistemas de Informação no campus Maceió. Ela divide o tempo que lhe resta com as atividades da Comissão Interna de Supervisão da Carreira dos Técnicos Administrativos em Educação (da qual também participa o servidor Emerson Magalhães) e com a atuação na Comissão de Gênero e Raça do Ifal. “A CIS estava inativa e é um trabalho importante que não pode ser deixado de lado, esse resgate do espaço dos TAEs, da representação, do estudo da nossa carreira. E os diálogos sobre gênero e raça são outro ponto que o instituto está avançando. Pode ser meio clichê, mas a gente sente que está fazendo história na instituição. É uma ação inédita”, aponta, empolgada. Empolgação, aliás, é um termo que parece combinar com o exercício profissional de Alana. “Eu gosto de chegar junto e contribuir com novas ideias. No atendimento, por exemplo, procuro exercitar a empatia. Gosto de atender bem porque eu gosto de ser bem atendida, procuro estar bem atualizada, me informar sobre as regulamentações do Ifal, enfim, gosto de conhecer o funcionamento da instituição”, adianta a técnica. E emenda sobre o porquê do engajamento em tantas frentes: “Eu acredito no serviço público. Eu gosto de demostrar para as pessoas que é possível ter um serviço público de qualidade, funcionando de maneira eficiente, que é um investimento do governo e que ele vale a pena”.

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