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Seminário de Educação Profissional discute o ensino médio integrado no Ifal
Silvia Montagner apresenta experiência de reformulação de currículo do UFFar
A reestruturação dos cursos técnicos integrados ao ensino médio e a Base Nacional Comum Curricular foram assuntos em discussão na manhã e tarde desta quinta-feira (9) no campus Maceió durante o 3º Seminário de Educação Profissional promovido pela Pró-reitoria de Ensino do Ifal (Instituto Federal de Alagoas). O evento, ocorrido no auditório Oscar Sátyro, reuniu, docentes, pedagogos, dirigentes de ensino e alunos da instituição. Os cortes orçamentários feitos pelo Ministério da Educação nas instituições federais de ensino estiveram entre os temas e foram bastante debatidos.
O seminário foi aberto pelo pró-reitor de Ensino, Luiz Henrique de Gouvêa Lemos que ressaltou, em discurso, o momento difícil e de incertezas para a educação profissional. “É preciso a mobilização de toda a comunidade para para superarmos o quadro atual", ressaltou o dirigente.
A Reestruturação dos Planos dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio foi o tema da primeira palestra do seminário no período de manhã. Proferida pelo pró-reitor Luiz Henrique Lemos e pela pedagoga Margareth Nunes, a exposição fez referência direta à Portaria do Ifal nº 3341 de 27 de dezembro de 2018 que dispõe sobre a reestruturação dos planos pedagógicos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio em três anos dos campi de Penedo e Coruripe. A legislação interna prevê a necessidade de revisão do currículo dos cursos para favorecer a disciplinaridade e seguir as diretrizes indutoras estabelecidas pelo Conif. A carga horária segundo as diretrizes, passará para 3.200, 3.100 ou 3.000, de acordo com o eixo tecnológico no qual o curso se enquadra. As diretrizes também apontam, até o fim de 2020, a elaboração de matriz de referência institucional para organização dos projetos pedagógicos dos cursos técnicos de todos os campi. As primeiras unidades de ensino onde o modelo foi adotado foram as de Coruripe e Penedo que já dispõem de cursos técnicos na nova modalidade de com a nova carga horária.
Para alguns servidores que estavam presentes, a reestruturação proposta, é consequência da reforma do ensino médio publicada no governo do presidente Michel Temer e a discussão dinamizou os debates entre o público presente no seminário promovido pela Proen. Professores questionaram a viabilização do tema no evento quando se aborda questões vitais para os institutos federais como o bloqueio do orçamento da rede federal de ensino.
O pró-reitor Luiz Henrique explicou que a reestruturação do currículo é necessária para o fortalecimento dos cursos técnicos integrado e por isso estava sendo debatido naquele momento. Durante as intervenções, professores faziam previsões de que com o plano de reestruturação dos cursos técnicos a educação básica teria horas cortadas.
Experiência do UFFar
A gestão apresentou como modelo de reestruturação dos cursos técnicos integrados um projeto do Instituto Federal de Farroupilha, no Rio Grande do Sul e trouxe para ministrar palestra e contar essa experiência, a diretora de Ensino da unidade gaúcha, Silvia Regina Montagner, mestre e doutora em Educação. “Precisávamos rever alguns pontos e iniciamos o processo de modificação do currículo dos cursos em 2013, concluímos em 2015, porém como era época de expansão e muitos profissionais não conheciam a instituição decidimos começar no final do ano passado.Sentamos e começamos discutindo por grupos, buscando o olhar do professor e do aluno. Tudo com o acompanhamento da assessoria pedagógica”, disse Montagner.
o contar a experiência do IFFarroupilha, a palestrante citou o envolvimento dos egressos e dos pais dos alunos nas discussões sobre a reformulação curricular. A professora ilustrou a palestras com relatos de experiências de alunos com resultados das reformulações dos cursos técnicos do campus.
O evento prosseguiu à tarde com uma mesa-redonda sobre o tema “Socialização do Processo de Construção dos Projetos de Cursos de Ensino Médio Integrado em 3 anos”, exposto pelos professores e gestores dos campi de Penedo e da palestra de Carlos Alberto Jamil Cury, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, sobre Base Nacional Comum Curricular: imposição ou liberdade.