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Seminário apresenta produtos educacionais do Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica
O Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) formou cerca de 100 mestres. Cada um deles, durante a defesa da dissertação, apresenta também um produto educacional produzido a partir da pesquisa científica. O questionamento sobre a implementação desses produtos na instituição despertou a pesquisa feita pelo mestrando Bruno Mendonça Monteiro de Carvalho. Nesta terça-feira, 11, ele apresentou um seminário na Reitoria do Ifal, em que alguns mestres formados pelo programa mostraram seus produtos educacionais a integrantes do programa, convidados de outras instituições e à equipe de gestão do Ifal.
A pesquisa de Bruno Mendonça é desenvolvida sob a orientação do professor André Suêldo, passou pela fase de qualificação e também por entrevistas para obtenção de dados. O objetivo geral é propor estratégias para efetiva implementação dos produtos educacionais do programa de mestrado no Ifal. “Temos mais de 90 produtos educacionais que são voltados para atender dificuldades que nós temos aqui no Ifal. De repente, a solução está lá ou, pelo menos, o caminho para a solução está lá”, destacou Bruno Mendonça, que é formado em Direito, tem especialização em Administração Pública e, há 17 anos, atua no Ifal como Assistente em Administração.
O reitor do Ifal, professor Carlos Guedes, acompanhou parte do seminário e elogiou as pesquisas e produtos criados a partir do programa de pós-graduação. “A gente precisa encontrar uma maneira de divulgar, dar visibilidade a esses produtos”, afirmou o reitor, comprometendo-se a fazer isso de forma sistêmica. O pró-reitor de Extensão, Gilberto Neto, também acompanhou uma das apresentações e se ofereceu para expandir a divulgação do produto educacional dentro do programa Mulheres Mil e de outros programas de Extensão.
Produtos educacionais
No seminário, Bruno Mendonça apresentou como conduziu a pesquisa, resultados obtidos até o momento, desafios e algumas estratégias para a implementação dos produtos educacionais. O evento contou com a participação de quatro mestres formados pelo programa. A jornalista Adriana Cirqueira apresentou o e-book Etnias Indígenas Alagoanas, um material didático feito a partir de pesquisas etnográficas, historiográficas e sociológicas voltado para contribuir com a divulgação dos povos indígenas alagoanos. Adriana Cirqueira contou que já soube que professores de Língua Portuguesa, de História e integrantes de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabis) já utilizaram o material.
A enfermeira Andreza Gomes de Andrade, que também ministra aulas no programa Mulheres Mil do Ifal, apresentou o produto Suporte Básico de Vida em Cordel, um material educativo que ensina procedimentos de primeiros socorros para uma parada cardiorrespiratória, até a chegada do atendimento médico especializado. De acordo com a enfermeira, cada minuto sem socorro pode reduzir em 10% a chance do paciente sobreviver. O material foi utilizado em atividades com crianças do ensino fundamental, trabalhadores rurais e estudantes do Ifal. “Meu grande sonho é que meu produto educacional seja mais divulgado”, ressaltou Andreza Gomes.
A jornalista Acássia Deliê propôs a oficina pedagógica interdisciplinar Deixe de Migué! voltada para Educação Midiática no contexto da Educação Profissional e Tecnológica. A proposta foi desenvolvida a partir de uma pesquisa-ação realizada no Campus Marechal Deodoro. Na etapa de coleta de dados, Acássia Deliê registrou que parte dos entrevistados testemunharam problemas com informações falsas na escola, como divulgação de fake news e golpes em compras virtuais. A partir desse diagnóstico, surgiu a proposta da oficina, com seis horas de duração, divididas em três dias de atividades. As etapas para a aplicação da oficina, o material didático de apoio e outras informações formam o produto educacional.
Outro produto educacional apresentado foi o do artista visual, professor de Libras e servidor público da Universidade Federal de Alagoas, Ermans Quintela Carvalho. Seu produto, Inclusão, Cultura Surda e Noções de Libras no Ifal, foi produzido com base em uma pesquisa realizada no Campus Maceió. “A gente teve essa intenção de tornar o espaço de sala de aula inclusivo pela interação entre os alunos ouvintes e surdos”, destacou Ermans. O minicurso tem a finalidade de promover a aprendizagem acerca da cultura surda e noções de Libras a discentes do Ifal e o intuito de auxiliar o processo de inclusão dos alunos surdos no Ifal e na sociedade, de um modo geral.