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Reitor realiza colação de grau com alunos de polos UAB de Maragogi e São José da Laje

publicado: 29/03/2016 15h43, última modificação: 29/03/2016 18h10
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Reitor Sérgio Teixeira cola grau de Giselle Pereira, graduada em Letras Português

Nos últimos quatro anos, Giselle Pereira se habituou a transpor fronteiras: uma delas, cruzada dezenas de vezes, foi a região limítrofe que separa os estados de Alagoas e Pernambuco. Aquele foi o tempo em que a recifense passou a ir quinzenalmente à cidade de Maragogi, para participar das aulas de Licenciatura em Letras Português, na qual estava matriculada.

Edilson José dos Santos nem precisou ir tão longe para fazer uma graduação. Profissional da área de Turismo em Maragogi, aproveitou a chegada do Curso Superior de Hotelaria a sua cidade, para se qualificar e, após ao menos cinco décadas de vida, conseguiu o seu diploma superior. Situação parecida com Eliana Pimentel, servidora pública, dona de casa e mãe de três filhos já crescidos, teve que esperar um bocado para entrar na faculdade, o que viria acontecer com a chegada do curso de Bacharelado em Administração Pública, no Polo da Universidade Aberta do Brasil (UAB) do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), à cidade em que reside, São José da Laje.

Às histórias dessas pessoas somaram-se as de outras 11, que colaram grau nesta terça-feira, 29, na Reitoria do Instituto. Provenientes dos cursos de Administração Pública, Letras Português e Hotelaria, de polos UAB, das cidades de Maragogi e São José da Laje, eles fizeram parte da primeira colação de grau do ano do Ifal e puderam relatar aos gestores presentes parte das mudanças que obtiveram em suas vidas, ao longo dos últimos anos.

Giselle por exemplo, já era formada em Matemática e havia largado a área da Educação para trabalhar na construção civil, mas foi a vontade de voltar para a sala de aula que a fez encarar o cansaço quinzenal da estrada para assistir às aulas presenciais. "Foram quatro anos difíceis, com muitas barreiras, muitas dificuldades, mas quando a gente quer, consegue. O curso tem aberto portas para mim e já trabalho na área há dois anos. Agora estou fazendo concursos em Pernambuco e espero continuar estudando no Ifal", acrescentou.

De forma quase repetitiva, os alunos ali presentes elogiavam o profissionalismo e dedicação dos professores e tutores responsáveis pelos cursos. "Eu tive contato direto tanto com a coordenação, como com os professores e a turma, que se ajudava. No início foi um pouco difícil, porque nós não tínhamos o hábito para lidar com a plataforma Moodle, mas depois de um ano de uso, a gente começou a se adaptar."

Para fazer as atividades online, Gisella utilizava o fim de suas noites, quando tinha tempo para realizar seus estudos. Agora ela diz que quer levar a experiência da educação a distância para os alunos do Ensino Básico. "É possível e é necessário. Hoje, com toda essa modernidade e essa tecnologia, é impossível nós ficarmos com essa ideia quadrada de que a aula tem que ser presencial. A educação a distância facilitou bastante a nossa vida e claro que nós tínhamos uma ideia de que seria muito fácil, depois percebemos que não era bem assim. Os cursos exigem tanto quanto exigem os cursos presenciais".

No caso da Eliane, o curso mudou sua rotina administrativa, na Secretaria da Saúde do Município. Ela disse que passou a compreender melhor os princípios da gestão pública. "Considero que a educação pública ajudou a eu ter uma visão legal da tramitação. Passei a pensar na questão da legalidade, na legitimidade e na clareza. É ao entender tudo isso que o gestor facilita a possibilidade de oferta de bons serviços e ajudar a população em geral".

Ao lado dos coordenadores dos cursos EAD, Geraldo Valle, Cristiano Lessa e Yolanda Mendonça, do Pró-reitor de Ensino (Proen), Luiz Henrique de Gouvêa e da coordenadora da UAB no Ifal, Eronilma Barbosa, o reitor Sérgio Teixeira apontou o panorama de crise que o país vive hoje e relatou que nesse cenário não há mais espaço para o amadorismo.

"Não há espaço para professores sem formação, na sala de aula; não há espaço para trabalhar em hotéis, sem qualificação, nem nas gestões públicas. Outro dia eu estava conversando com um deputado, em busca de emendas parlamentares e ele mencionou que era fácil providenciar emendas para o Ifal, era uma pena quando uma emenda era enviada para o município e o recurso voltava, porque o município não tinha a capacidade de projetar e executá-la, porque em sua gestão só existem amadores. A gente tem que mudar esse quadro e isso só pode ser mudado com a educação e qualificação desses servidores", pontuou.

Também presente à solenidade, a diretora de Educação a Distância, do Ifal, Ana Cristina Nascimento, relatou que o Ifal está devolvendo profissionais qualificados para a sociedade. "A gente fica muito emocionada nestes momentos. Eu costumo dizer que há dois momentos importantes na instituição. No primeiro momento, em que a gente recebe vocês e assume a responsabilidade de conduzir uma formação profissional, de transformar o cidadão, e hoje é aquele momento em que a gente devolve para a sociedade os docentes, bacharéis e tecnólogos", comentou.

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