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Projetos apresentados em Mostra Ifal do Campus Maceió aliam tecnologia e esportes
O Ginásio poliesportivo do Campus Maceió estava repleto de atividades na 1º Mostra Ifal da Unidade, nesta quarta-feira, 8. O local foi palco para disputas do 2º Torneio Ifal de Sumô Robô e a apresentação de um aplicativo desenvolvido por alunos de Informática para auxiliar na análise de dados de atletas.
Participaram do Torneio de Sumô Robô, 25 equipes de diversos campi do Ifal e de uma escola estadual. Na competição, são testadas a força, habilidade técnica e capacidade de robôs de até 500 gramas empurrarem o adversário para fora do dojo. O organizador do evento e professor do curso de Eletrônica, Alberto Jorge, lembrou que essa foi a segunda competição desse tipo, organizada pelo Instituto, mas desde o primeiro, acontecido em junho deste ano, no Campus Arapiraca, os alunos desenvolvem os equipamentos utilizados na competição.
“É todo um desenvolvimento que eles fazem em cima disso. Aí envolve toda a questão da criatividade, de trabalho em equipe, os conhecimentos na área de eletrônica, de programação, de lógica na programação e são eles que fazem tudo. A gente fornece o material e eles criam os robôs”, detalhou o docente, que atua como árbitro no evento.
O edital com as regras da competição foi publicado há dois meses. Nele, estão definidos que cada disputa é desenvolvida em três rounds e ganha quem derrubar o oponente fora da área do dojo pelo menos duas vezes. Os três primeiros lugares recebem troféu, medalhas e um kit de robótica como forma de motivação para que os participantes continuem seus estudos na área.
Além de cinco alunos, cada equipe é composta por um professor. Participantes pela segunda vez dessa competição, as duas equipes de Rio Largo, Swagger e Kombat, fizeram melhorias em seus robôs, para que eles apresentassem maior estabilidade e um efeito surpresa diante dos adversários. As duas conquistaram o primeiro e o terceiro lugares da competição, respectivamente.
Os alunos Edvaldo Almeida, Walber Duarte, Genilsson Almeida e Igor Santana, todos do curso de Informática, estavam ansiosos para colocar em prática os conhecimentos multidisciplinares aplicados aos seus robôs. Apesar de serem do mesmo campus, eles não costumam passar os segredos implementados em seus jogadores. “A gente vem preparando esse robô há pelo menos três meses. Tempo suficiente para preparar um melhor do que aquele utilizado na competição de Arapiraca”, lembrou Igor, da equipe Swagger.
Além das equipes, os robôs também ganham nomes inusitados, como Bin Laden e Cavalo Magro. Outros ainda apresentam gênero, como Belinha, mas isso serve apenas de personalização exterior dessas máquinas, porque a força e a programação são essenciais. Na disputa, eles atuam de forma autônoma e atacam seus adversários mediante sensores visuais e de espaço, para que eles não saiam da linha branca do dojo.
Estudantes criam aplicativo para análise de dados que evita riscos nas práticas esportivas
A multidisciplinaridade também foi uma característica de um aplicativo desenvolvido por alunos de Informática do Campus Maceió. Eles atenderam a um desafio do professor de Educação Física, Cássio Hartmann, que tinha a necessidade de fazer uma análise de dados e medidas de servidores e alunos e assim prever a possibilidade destes terem riscos de vida, na prática de exercícios físicos.
“A partir daí a gente teve uma ideia de fazer um aplicativo para retomar esses dados. Então a gente utilizou uma plataforma gratuita chamada Netbeans e o pgAdmin, que é um banco de dados. A gente usou os dois em conjunto e através do aplicativo conseguimos ver os dados, fazer os cálculos e armazená-los”, disse Irving Samuel Lima, um dos alunos desenvolvedores do aplicativo.
Até aquele momento haviam sido levantados a altura, peso, o valor do Índice de Massa Corporal (IMC), além de cintura e quadril de 300 servidores e alunos que praticam diversas modalidades desportivas. Depois que encerrada a coleta de dados, eles serão fornecidos para que o docente possa pensar formas de evitar acidentes cardiovasculares nesses diferentes públicos.
“Essas medidas são relacionadas a fatores coronarianos, ou seja, do coração. Com apenas uma avaliação de dois minutos e com o auxílio do aplicativo desenvolvido por eles, essas medidas mostram os fatores de risco, como se os indivíduos estão abaixo do peso, se ele está com peso normal, ou se tem obesidade de primeiro, segundo, terceiro grau, ou até obesidade mórbida, e nos ajuda a encaminhar para um cardiologista, caso seja preciso”, explicou o docente.
No caso acima, os estudantes juntaram conhecimentos de Informática, Biologia e Educação Física, mas eles não foram os únicos alunos do Cássio a estabelecer essa ponte. Os seus discentes de Eletrônica também aproveitaram a oportunidade para fazer maquetes sobre as atividades esportivas realizadas por eles, como também estudar sobre as regras e história de cada uma delas, como forma de pensar seus benefícios para a formação dos indivíduos.
“Queríamos colocar em discussão o fim da obrigatoriedade da Educação Física no Ensino Médio. Apesar de o Ifal continuar com essa obrigatoriedade, aqui deixamos claro quais são as características e vantagens da prática não só do basquete, atletismo, natação, como de atividades não realizadas aqui, mas em contato com a natureza, como o rappel”, pontuou.
Extensão busca vida saudável para a comunidade
Essa necessidade de prática dos esportes também é o que tenta disseminar o Projeto de Extensão Viver Saudável, que leva para a comunidade a prática de esportes dentro das instalações do Campus Maceió.
“O projeto consiste em promover uma melhor qualidade de vida, dar uma assistência a nutrição e promover o condicionamento aeróbico, o pilates e a ginástica funcional”, disse a docente, que deve iniciar nova chamada em 2018.