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Projeto impulsiona negócios com o uso de ferramentas de administração como estratégias de adaptação
Alunos do Ifal atuam na gestão financeira, operacional e marketing de empreendimentos atendidos
O Projeto Impulsionando Microempreendedores Individuais e Microempresas é um entre os oito projetos de extensão do Ifal contemplados pelo IF Mais Empreendedor, programa nacional que fomenta ações de extensão com o objetivo de apoiar empreendimentos afetadas pela pandemia. Coordenado pelo servidor Luciano Araújo, uma equipe de seis estudantes bolsistas do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) está atuando no suporte de seis empreendimentos, três microempreendedores individuais e três microempresários, localizados nos municípios de Satuba, São Miguel dos Campos e União dos Palmares.
Fazem parte do projeto duas alunas do curso técnico em Informática para Internet, no Campus Viçosa, Bruna Letícya Fonseca e Laysa Quitéria, além de quatro do campus Satuba, são eles: Arthur Ayron Izidro e Myrella Lima, ambos do curso técnico em Agropecuária; Jerlane Albuquerque e Erica Leticia Rosendo, estes do curso superior de Tecnologia em Laticínios, que, dada a necessidade do afastamento social exigido durante o período de restrições sanitárias, vêm se reunindo de forma remota para pensar nas ações.
Luciano explica que após a seleção dos alunos, estes realizaram o diagnóstico dos empreendimentos atendidos. Eles também foram capacitados, por meio de treinamentos de Canvas de Modelo de Negócio, que facilita a estruturação do modelo de negócio dos empreendimentos.
"O Canvas de modelo de negócios é uma ferramenta que representa visualmente o negócio, de forma simples, a partir de nove componentes, tendo como diferenciais o pensamento visual, a visão sistêmica, a simplicidade e criação em conjunto, pois permite a compreensão de todo o negócio, com base em uma análise das partes e de como elas interagem, possibilitando a chance de verificar, corrigir e inovar, colocando em foco tudo que é mais importante", comentou o coordenador.
Também foram realizadas pesquisas de mercado e elaboração do plano de apoio aos contemplados. "Para cada empreendimento, realizamos a análise Swot, que é uma ferramenta de análise estratégica com a finalidade de identificar os pontos fortes e fracos do ambiente organizacional interno e as ameaças e oportunidades externas do ambiente em que o negócio está enquadrado, visando tornar o empreendimento mais eficiente e competitivo, corrigindo assim suas deficiências", explana Luciano, que é técnico do Campus Satuba.
Impactos sobre alunos e empresas
Os empreendimentos atendidos foram dois comércios varejistas, dois restaurantes e similares, um serviço de manutenção e reparação de máquinas e aparelhos de refrigeração e ventilação e um serviço de serralheria em geral. Mirelly Alexandre, representante da "Serralharia Marcos Cocada", relatou o impacto que projeto está tendo para o empreendimento iniciado em 2001, na cidade de Satuba.
"Durante esse período do projeto, analisamos os pontos fortes e fracos do empreendimento e trabalhamos juntos para evoluir. Por meio do projeto, discutimos a estruturação da gestão financeira da serralharia e foram criadas várias planilhas de controles, de acordo com a necessidade do negócio", explica Mirelly, que também ressalta a importância do papel do marketing para seu empreendimento, que foi aprimorado com o uso das redes sociais.
Para o coordenador, tão importante quanto a prestação de serviço especializado ao empreendedor, são o aprendizado e a experiência, oportunizados aos estudantes bolsistas, durante o processo. Luciano pontua que ao atuar no projeto, os bolsistas têm um incremento em sua formação profissional e pessoal.
"No desenvolvimento de habilidades de planejamento e gestão, por meio do contato com as ferramentas utilizadas no projeto, Na compreensão do processo empreendedor e das fases de desenvolvimento de negócios, passando pelo surgimento da ideia, modelagem do negócio com a metodologia Canvas e Na validação das hipóteses estabelecidas no modelo, por meio de realização de pesquisas de mercado", analisa o coordenador.
Para a bolsista Bruna Letícya, a participação está sendo muito instrutiva. "Durante esse período tivemos contato com várias ferramentas de gestão. Além disso, o projeto proporcionou a compreensão do processo empreendedor e o contato com as dificuldades vivenciadas pelos empreendedores. Portanto, além do aprendizado, tem sido muito gratificante e recompensador poder ajudar os empreendedores na melhoria do seu negócio", afirma.
O projeto tem data para terminar, a equipe está preparando para dezembro as últimas orientações para os empreendimentos atendidos, mas Luciano aposta no sucesso dos empreendedores.
"A expectativa é que eles possam fazer o uso, de forma permanente, de todas as ferramentas de planejamento e gestão que foram apresentadas durante o projeto e, com isso, possam planejar e gerir adequadamente suas estratégias, buscando sempre a inovação nos modelos de negócios", finaliza o coordenador do projeto.
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