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Projeto do Ifal atua sobre saúde mental de trabalhadores da UPA Benedito Bentes
Atividade extensionista produz mídias que auxiliam no cotidiano de profissionais do hospital
“Desmistificando Perdas” é o título do primeiro produto desenvolvido pelo projeto de Extensão do Campus Benedito Bentes, Cuide-se. Em formato podcast, o produto busca trabalhar a compreensão e o enfrentamento do luto entre os profissionais da saúde. Por meio dele, se discute a perda como um processo fisiológico e adaptativo do desenvolvimento humano.
Coordenado pelo professor Salomão Patrício, ao longo dos próximos meses o projeto Cuide-se irá desenvolver outros três produtos para atender às demandas de trabalhadores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Beneditos Bentes. Ele foi selecionado no último edital de Extensão do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e conta com dois bolsistas, Anderson Araújo e Rafael Oliveira, para pensar em formas de trabalhar a saúde mental entre os profissionais do ambiente hospitalar.
“O levantamento da demanda seria presencial, com a metodologia da problematização, mas por conta dessa pandemia, a gente não tem como fazer isso. Então nos sentamos com os gestores da UPA e decidimos que eles nos passariam as demandas a partir da observação contínua e sistemática dos colaboradores e do entendimento daquilo que seria necessário abordar”, esclareceu Salomão.
O docente lembra que a primeira questão identificada pelos Recursos Humanos da UPA foi a necessidade de trabalhar com o sentimento de perda, já que com a pandemia muitos dos trabalhadores haviam se afastado, seja porque adoeceram, ou mesmo porque não conseguem voltar ao local de trabalho, diante do medo de adoecer novamente e de uma provável morte.
“A gente foi trabalhar em cima disso, com uma revisão de literatura, a partir do tema do luto e das perdas. Fizemos um fichamento com esses artigos que pesquisamos e elaboramos um texto, o ‘Desmistificando perdas’”. Fizemos o produto educativo, um podcast homônimo, que foi repassado para a gestão de RH [Recursos Humanos], para ser avaliado pelo setor de qualidade da UPA e depois ser inserido na plataforma nacional de educação permanente do Isac [Instituto de Saúde e Cidadania], que é a empresa que gerencia a UPA”, detalhou Salomão.
Não é a primeira vez que o docente utiliza o podcast em atividades de extensão. Ele falou que a ferramenta foi escolhida por sua flexibilidade e fácil acesso dos profissionais.
“A gente escolheu o podcast como uma primeira ferramenta destes produtos que serão disponibilizados, porque ele é muito democrático: tem a possibilidade de que várias pessoas os utilizem a qualquer momento. É uma ferramenta de áudio de fácil utilização e fácil acesso e que o ouvinte poderá ouvi-lo em qualquer lugar e quantas vezes ele desejar”, pontua.
O coordenador do projeto enfatiza que outras mídias deverão ser utilizadas nos próximos produtos, para que novas habilidades possam ser desenvolvidas entre os alunos.
“Queremos usar várias ferramentas, primeiro porque o aluno precisa desenvolver várias habilidades e segundo que a gente não quer utilizar a mesma estratégia para poder chamar a atenção do público-alvo. Possivelmente a gente vai trabalhar com vídeo, folder e outras mídias”, detalha.