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Projeto desenvolvido por alunos e professor do Ifal Palmeira é premiado na Febrace
Por: Monique de Sá
O projeto “Genuíno Rescue” - que propõe o aprimoramento dos Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), através de uma pulseira que possibilitaria o atendimento de grupos desassistidos, como idosos e pessoas com deficiências, sem a necessidade de uma ligação telefônica - levou três alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, a receber o prêmio “Destaque Unidades da Federação”, sendo considerado o melhor projeto de Alagoas durante a realização da 16ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) .
A Feira foi realizada entre os dias 13 e 16 de março e contou com a apresentação de 346 projetos elaborados por estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares do Brasil. Os finalistas foram selecionados entre mais de 2.250 mil projetos. Os alunos do 4º ano de Informática do campus: Ariel Roque Luz, Emily Taveiros, Diogo Ferreira e o professor, Higor Cabral, foram um desses selecionados para participar da mostra.
Orientador do Genuíno, Higor conta que o projeto surgiu em 2016, quando os alunos o procuraram para participar da Maratona Maker Intel.
“Eles já tinham algumas ideias que precisariam ser aprimoradas e discutidas até que chegássemos no projeto final vencedor da competição. Continuamos os trabalhos, melhorando o protótipo, estabelecendo parcerias, e, no ano passado, submetemos o projeto para um edital de pesquisa do Ifal e fomos contemplados, o que nos ajudou a dar continuidade nos estudos e possibilitou a apresentação do projeto na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit)”, detalha o docente.
Diante de tantas vitórias, a Febrace seria o próximo passo a ser conquistado pelo grupo. “Com o feedback e a experiência obtidos a partir da participação na Fenecit, conseguimos implementar melhorias no projeto e credenciá-lo para apresentação na Febrace”, diz Higor.
Genuíno Rescue
Reduzir custos, possibilitar a identificação do usuário e tornar o serviço mais acessível - principalmente para aqueles com necessidades especiais e idosos. Esses são alguns dos objetivos propostos pelo projeto Genuíno Rescue. Durante uma semana foram realizados testes com membros da Associação de Deficientes de Palmeira dos Índios (ADEVIPI), obtendo um retorno para o grupo de pesquisadores. O protótipo foi testado neste período, havendo a configuração dos celulares e simulações de situações de emergência, usando as formas de acionamento da pulseira.
“O objetivo geral do projeto é desenvolver uma pulseira inteligente (hardware) de baixo custo e uma aplicação mobile (software) que juntos permitirão a inserção de grupos sociais desassistidos, como os idosos, portadores de alguma deficiência, etc., no SAMU”, enfatiza Higor.
O acionamento da pulseira ocorre através de um clique ou caso o usuário tenha uma queda brusca ou desmaio detectado pelo sensor.
Sonho realizado
Idealizadora do projeto, Emily Taveiros é aluno do 4º ano do curso de Informática. Ela se prepara agora para finalização do seu curso técnico e diz estar feliz com toda a trajetória construída no Ifal. “Antes mesmo de entrar para o Instituto já era um sonho meu participar de uma grande feira de Ciências. Sinto-me realizada por finalizar a minha estadia no Ifal com a Febrace. Consegui concluir alguns dos meus objetivos com o Ifal que foram: ser finalista da Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB – 2016 e 2017), participar e ser premiada na Maratona Maker Intel (2016) e na Escola Regional de Computação Bahia - Alagoas – Sergipe (Erbase - 2017). Ser jovem parlamentar (2017) e participar de duas grandes feiras como: a Fenecit (2017) e a Febrace (2018)”, lembra.
Sobre a Febrace
Além de ser a maior mostra brasileira de projetos pré-universitários em ciências e engenharia, a Feira é uma vitrine do potencial dos jovens pesquisadores. “A Febrace apresenta projetos criativos, muitas vezes inovadores, que mostram o quanto nossos jovens são capazes de desenvolver soluções para problemas diversos usando metodologia e conhecimento científico ou tecnológico”, afirma a coordenadora da Feira, a professora Roseli de Deus Lopes, da Poli-USP.
Na Febrace, os autores dos melhores trabalhos ganham troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 300 prêmios.
*Com informações da Febrace