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Projeto de ex-aluno do Ifal Marechal é executado pela Slum em Maceió

publicado: 20/01/2017 09h59, última modificação: 20/01/2017 12h41

Ronaldo Santos estudou no Ifal Marechal Deodoro em 2012 e 2013, mas nunca imaginou que teria o projeto de reaproveitamento da casca do sururu desenvolvido no campus aproveitado e executado pela Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum). No final de 2015, ele conquistou o 3º lugar no concurso Maceió Cidade Sustentável com o projeto adaptado e de forma a atender um número maior de famílias, fato que chamou a atenção do poder público. O egresso hoje é estudante de Engenharia Civil e estagia na Slum.

Ele explica que as cascas de sururu atualmente são dispostas de forma inadequada e essa prática tem trazido impactos, não somente aos moradores, mas à cidade como um todo. Como os resíduos frequentemente estão misturados a resíduos domiciliares, acredita-se que a mudança na gestão da coleta dos resíduos de cascas de sururu na orla lagunar venha trazer melhorias socioambientais importantes sem perder de vista uma perspectiva econômica futura. “Além de promover um novo aspecto visual, valoriza a atividade dos marisqueiros e sensibiliza-os para a importância da manutenção de um ambiente mais limpo, o que pode agregar valor à atividade e atrair clientes. Trata-se de uma ação de limpeza urbana que levará mais informação à comunidade envolvida e buscará o envolvimento dos mesmos na solução de problemas do cotidiano”, relata.

O diferencial do projeto reside no produto gerado pelo processamento das cascas de sururu, que será de utilidade para melhoria das condições do solo em praças e jardins públicos da cidade de Maceió, podendo o excedente ser doado a produtores agrícolas e a empresas ou pessoas físicas que mantenham áreas verdes importantes para o contexto urbano. “Nosso objetivo é mudar visualmente a orla lagunar de Maceió e dar uma vida mais digna às marisqueiras e suas respectivas famílias”, completou.

Ronaldo acrescenta que o projeto está em andamento. Já foi construído o primeiro eco ponto de descartes exclusivo para casca de sururu, aquisição de triturador e um automóvel pick-up que rondará toda a extensão da orla lagunar onde tem produção sururu recolhendo a produção das cascas. O próximo passo será a conclusão da Central de Processamento, onde será transformado o resíduo em matéria prima para ração animal, adubo, corretor de solos e indutores de compostagem.

O início

Tudo começou em 2012, na disciplina Projeto Interdisciplinar de Proteção Ambiental, integrante do curso de Gestão Ambiental, e ministrada pelo professor Vicente Cézar, da área de Engenharia Agronômica. O projeto inicial, sob a orientação do professor Luís Carlos Oliveira, da área de Química, tratava-se de uma compostagem aerada tendo como principal matéria-prima a casca de sururu proveniente do complexo lagunar e torta de filtro oriunda das usinas sucroalcooleiras, além dos resíduos sólidos orgânicos do Setor de Alimentação e Nutrição Escolar (Sane) do Ifal Marechal, gerando um adubo orgânico rico em nutrientes. “Com isso, iniciamos uma horta orgânica e toda a cultura era destinada ao campus e comunidade circunvizinha”, declarou.

Ronaldo e Maria Dannyele da Silva Brechó foram bolsistas de extensão na época e contaram com a ajuda de dois bolsistas voluntários: Andressa Lopes e Lucas Assis, ambos do curso de gestão ambiental.

O egresso fala sobre a importância dos estudos nas suas conquistas profissionais. “Estudei no Ifal no ensino médio e metade do ensino superior, o que foi de fundamental importância para minha formação técnica e também moral, e isto me diferencia dos demais concorrentes da área”, opinou.

ASSISTA AO VÍDEO SOBRE O PROJETO COM O SUPERINTENDENTE DA SLUM

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