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Projeto Artifal no Campus Rio Largo resgata autoestima dos usuários do Caps por meio da música
Formação do grupo musical pelo Campus do Ifal provoca efeito positivo na ação terapêutica dos componentes
Usuários do Caps se apresentam em Congresso Alagoana de Saúde Mental
Cantar é mover o dom, inclusive para quem tenta superar um sofrimento psíquico. E o exemplo vem de cerca de 20 usuários do Centro de Atenção Psicossocial (Caps II) Maria Salete localizado no município de Rio Largo, a 15 quilômetros de Maceió. Por meio do projeto de extensão e de inclusão social que resultou na formação do grupo musical Quem Canta a Vida Encanta, iniciado em abril deste ano e coordenado pela técnica em Enfermagem e servidora do Campus do Ifal em Rio Largo, Jackelline Raposo, o projeto vem contribuindo com a promoção da interação e convivência entre os usuários, além propiciar a reinserção social.
A ação de extensão é vinculada ao projeto Artifal da Pró-reitoria de Extensão do Instituto Federal de Alagoas. Depois de quatro meses de oficinas de música, os componentes realizaram a primeira apresentação no 3º Congresso Alagoano de Saúde Mental (Casme), evento realizado nos dias 9 e 10 deste mês no Hotel Best Western Premier Maceió. O coral cantou quatro músicas - Eu só quero um xodó (Dominguinhos), Trem das Onze (Adoniran Barbosa), Como Zaquel (Regis Danese e Jó (Delino Marçal) que foram intercaladas com os relatos das experiências dos bolsistas, da psicóloga do Caps, Cerise Marques e de uma usuária.
Segundo o coordenador do Caps, José Josenaldo, entre os benefícios, as oficinas de musicalização favorecem a socialização dos usuários e reduzem as crises. O projeto conta com a participação dos alunos-bolsistas do primeiro ano do curso técnico de Informática Matheus Rodrigues e Elmer Mikael, do campus da cidade da região metropolitana da capital. Eles ministram as oficinas nos dias de quartas e sextas-feira, das 14 às 16h no Caps.
A coordenadora do projeto, Jackelline Raposo disse ainda que ação musical fez com que uma das usuárias do Caps e integrante do grupo musical tivesse o medicamento reduzido, devido ao efeito positivo que a música lhe trouxera no cotidiano. A maioria deles, segundo relatou a servidora, tinha depressão e deficiência intelectual e depois da formação do grupo musical, além de cantar e tocar, os usuários começaram também a construir os próprios instrumentos musicais. “Fiz uma proposta de convite para uma apresentação no Congresso Alagoano de Saúde Mental à coordenação do evento, fui aceita e o grupo mostrou talento para os participantes”, declarou.
Para a psicóloga do Caps II, Cerise Marques, a música proporciona alegria, relaxamento, melhora a autoestima e é estímulo ao convívio social.