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Programa de Pró-Equidade de Raça e Gênero tem crescimento de 82% em empresas inscritas

Em sua 6ª edição, iniciativa conta com 124 empresas públicas e privadas promovendo ambiente de trabalho igualitário para homens e mulheres, atingindo mais de um milhão de pessoas

publicado: 27/07/2016 18h01, última modificação: 27/07/2016 18h01
Foto: Raquel Lasalvia /SPM / Fickr Iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres tem como objetivo estimular um ambiente de trabalho mais igualitário para homens e mulheres, considerando também a questão racial

Iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres tem como objetivo estimular um ambiente de trabalho mais igualitário para homens e mulheres, considerando também a questão racial

O programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, iniciativa do governo federal que estimula a promoção de um ambiente de trabalho mais igualitário para homens e mulheres, chega na sexta edição com 124 empresas públicas e privadas, número 82% maior do que na última edição.

O programa, que já conta com dez anos de execução, é da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos. A assinatura do Termo de Compromisso ocorreu nesta terça-feira (19), em Brasília.

A ministra Nilma Lino Gomes ressaltou que o programa ampliou o olhar do governo sobre as relações no trabalho. O objetivo é que as empresas estabeleçam um plano de ações para promover igualdade e se comprometam a atingir as metas formuladas dentro da própria instituição.

"O rendimento médio das mulheres é 30% menor do que os dos homens e ainda é difícil para mulheres chegarem às posições de liderança. Os planos de ação de cada empresa mostram como isso se tornou uma questão importante dentro do mercado", explica.

A secretária especial de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, considera o programa exitoso não só por estar na sexta edição, mas pelo aumento na procura por parte das empresas em participar, que nesta edição atinge mais de um milhão de trabalhadores e trabalhadoras. "Não se empodera mulheres com o pensamento de uma sociedade que insiste em ser machista, racista e lesbofóbica. Só é possível empoderar se as mulheres forem protagonistas de suas vidas".

A representante da ONU Mulheres, Nadine Gasman, considerou o Programa de Equidade de Raça e Gênero e o governo federal como aliança na tarefa de atingir uma sociedade mais igualitária. "O Programa tem mostrado experiências inovadoras, colocando o combate ao sexismo como perspectiva de direito transformadora", comentou.

Experiências

É a primeira vez que a Natura participa do Programa de Pró-Equidade de Raça e Gênero. Para Camila Fornazari, gerente de Diversidade e Inclusão da Natura, a inscrição é um reflexo de políticas desenvolvidas dentro da empresa, mas ajudou a organizar metas a serem cumpridas. "É uma estratégia de olhar para esses temas com mais cuidado. Ao preencher o plano de ação, temos ações que já implementamos, como organização de grupos de gestão de equidade de gênero e raça".

Ela explicou que a empresa atua em frentes diferentes, como estimular lideranças entre o quadro de funcionárias próprias, e incentivar o empreendedorismo entre as revendedoras. "Temos grande oportunidade de suscitar a autoestima nessas mulheres e empoderá-las para que elas sejam cada vez mais donas do seu próprio negócio e do seu próprio desenvolvimento".

Já a Petrobrás já acumula experiência no Programa, com participação desde a primeira edição. As ações vão desde olhar para os equipamento de segurança e uniformes até promover espaços de amamentação, por exemplo. O gerente Executivo de Responsabilidade Socio-ambiental, Antônio Sergio Santana, explica que o próximo passo é expandir essa estrutura para todos os ambientes da empresa. "A participação das mulheres na empresa aumenta a cada processo seletivo. Agora vamos disseminar para todas as unidades. É fácil fazer essas mudanças em escritório, mas agora vamos levar para as refinarias e outros espaços, para que atinjam todas as unidades da Petrobrás", declarou.

Fonte: Portal Brasil