Profissionais explicam a diferença entre ensino a distância e ensino remoto

Ensino remoto emergencial e Educação a distância são a mesma coisa? Profissionais do Instituto Federal de Alagoas - Ifal esclarecem que não: trata-se de modalidades distintas, com características em comum. 

"O ensino remoto diz respeito às atividades de ensino mediadas por tecnologias, mas orientadas pelos princípios da educação presencial", explica a diretora de Articulação do Ensino do Ifal, Elisabete Duarte. Nesse caso, os estudantes têm aulas virtuais no mesmo horário em que estariam presentes na instituição de ensino, respeitado o percentual de tempo previsto no normativo institucional e no plano pedagógico do curso.

A EaD, por sua vez, também utiliza as plataformas digitais, mas tem seu formato próprio de ensino-aprendizagem. "É uma modalidade de ensino consolidada teórica e metodologicamente. E possui uma estrutura política e didático-pedagógica que vai além dos momentos síncronos e assíncronos do ensino remoto", afirma a diretora. 

"De um modo geral, o ensino remoto que estamos acompanhando nessa época de crise está sendo o ensino presencial aplicado em plataformas digitais", resume Luiz Henrique Lemos.

Segundo o coordenador de Ensino EaD do Ifal, Luiz Henrique Lemos, enquanto a EaD é modalidade consolidada na instituição, o ensino remoto tem caráter provisório. "A atividade ou aula remota, nesse momento de pandemia, é uma solução temporária para continuar as atividades pedagógicas, de modo a diminuir os impactos na aprendizagem dos estudantes do sistema de ensino presencial".

O profissional alerta que se alguém pretende começar a estudar a distância, não será igual a ter aulas remotas. "Antes de iniciar, o interessado em um curso a distância precisa se organizar e criar uma rotina adequada de estudos. A EaD foi concebida para prestar atendimento, aplicar atividades, realizar aulas  e outras demandas em um ambiente de aprendizado, com apoio de tutores e recursos tecnológicos que favorecem o ensino. EAD é a possibilidade de flexibilização do aprendizado, onde os alunos conseguem adaptar a sua rotina com a necessidade da formação", esclarece.

Sobre a implantação - O ensino remoto emergencial foi aprovado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2020, em razão da pandemia do coronavírus, como forma de possibilitar às instituições de ensino do país a manutenção das atividades educacionais que seriam realizadas presencialmente. Antes da medida, as aulas estavam suspensas para evitar a propagação do vírus. 

No Ifal, o retorno das atividades acadêmicas, por meio do ensino remoto emergencial, passou a vigorar em 31 de agosto de 2020, conforme a Deliberação nº 58/2020 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da instituição. Já a oferta do ensino a distância é uma prática regular no Instituto há 13 anos, oficializada pela Portaria nº. 905/DG, de 11 de setembro de 2007.