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Professores do Ifal têm propostas de pesquisas aprovadas em Edital Universal 2025 do CNPq

Iniciativas dos campi Arapiraca e Palmeira dos Índios reúnem pesquisadores de várias instituições
por Jhonathan Pino publicado: 28/08/2025 15h12, última modificação: 28/08/2025 22h47

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) teve dois projetos aprovados com excelência para o Edital Universal 2025, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O resultado preliminar foi divulgado nesta quarta-feira (27) e se confirmado, no dia 28 de outubro, destinará cerca de R$ 280 mil para o financiamento de ações desenvolvidas por pesquisadores de pelo menos dois campi.Grupo de pesquisa envolve pesquisadores de quatro instituições.jpeg

Da unidade de Arapiraca nasceu a proposta intitulada “Viral - Violência política interseccional e mediações algorítmicas no discurso digital”, que nos próximos três anos buscará investigar os impactos dos sistemas algorítmicos na violência política digital interseccional, por meio da análise de suas consequências interacionais, semióticas, éticas e políticas.

Um dos responsáveis por sua elaboração, o professor do Campus Arapiraca, Danillo Silva, relata que o projeto está vinculado à subárea da Linguística Aplicada e é fruto de atividades anteriores de iniciação científica e orientações de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs), desenvolvidos entre 2022 e 2024, que tratavam sobre violência digital, discurso de ódio e direitos humanos da população LGBTQIAPN+. A proposta receberá o aporte de R$ 139.400 00 para o desenvolvimento das atividades.

“Os resultados desse projeto têm o potencial de contribuir para a produção de políticas públicas, protocolos institucionais e materiais educativos engajados na recente discussão sobre a regulamentação das redes sociais e no enfrentamento da violência política digital, a qual ameaça a democracia brasileira ao ferir princípios como diversidade e pluralidade”, comenta Danillo.Danillo Silva relata que projeto nasce de iniciação científica e orientações realizadas anteriormente.jpeg

Além dele, outros três docentes de diferentes instituições, Glenda Melo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Joana Plaza Pinto, da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Júlio Araújo, da Universidade Federal do Ceará (UFC), além de mais 15 estudantes de graduação, mestrado e doutorado estarão envolvidos no projeto, que inicia no próximo janeiro de 2026.

Juntos, além de realizarem as análises dos conteúdos, os pesquisadores buscarão divulgar os resultados com ações de divulgação científica, com a produção de uma série de podcasts sobre o tema e workshops de educação digital voltados às escolas públicas.

“O projeto tem um caráter interdisciplinar, ao conectar estudos no campo da Linguística Aplicada e da Computação, o que fortalece a formação de pesquisadores/as no contexto do Ifal e destaca a inserção social da ciência que temos produzido em nossos grupos de pesquisa, a exemplo do Nexus Lab”.

Pesquisas desenvolvidas em diferentes campi Sheyla Marques reúne iniciativas dos campi Marechal e Palmeira em proposta.jpeg

A outra proposta do Ifal aprovada pelo CNPq, “Avaliação do potencial da carapaça do siri proveniente do município de Jequiá da Praia-AL para produção de bloco de concreto” é fruto do desenvolvimento de pesquisas realizadas tanto no Campus Palmeira dos Índios, quanto no Mestrado Profissional em Tecnologias Ambientais, do Campus Marechal Deodoro.

A iniciativa, elaborada pelos professores Sheyla Karolina, do Campus Palmeira, Ronny Souza, do Campus Piranhas e Áurea Rapôso, do Campus Maceió, todos integrantes do Programa  de pós-graduação em Tecnologias Ambientais (PPGTec), receberá um aporte de R$ 140.040,00.

“Acredito que a seleção refletiu não apenas a robustez técnico-científica da proposta, mas, sobretudo, sua relevância ambiental e social: a possibilidade de transformação de um subproduto da pesca artesanal em insumo para a construção civil, podendo gerar renda, reduzir impactos e fortalecer cadeias locais por meio de parcerias com a prefeitura e com a Associação Mulheres em Ação de Jequiá da Praia (AMAJE). O projeto também se apoia em cooperações nacionais e internacionais que ampliam a transferência de tecnologia e a possibilidade de replicação do modelo”, contextualiza Sheyla.

Sheyla Marques em visita à Associação de Marisqueiras de Jequiá da Praia para atividade de pesquisa.jpegDe acordo com a docente, a proposta, o objetivo é avaliar o potencial do subproduto resultante do beneficiamento do siri em Jequiá da Praia-AL para a produção de blocos de concreto como material compósito de interesse ambiental. Ela reforça que para além da pesquisa aplicada, busca-se desenvolver a extensão com a associação para que elas possam desenvolver o bloco, assim como fazem com o adubo.

“Espera-se como resultado a validação da viabilidade técnica dos blocos de concreto com carapaças de siri, evidenciando seu potencial para produção de material patenteável. Adicionalmente, será elaborado catálogo técnico e desenvolvido curso de formação para pescadores artesanais e marisqueiras, contribuindo para a geração de emprego e renda no município de Jequiá da Praia, além de promover práticas sustentáveis alinhadas à economia circular”, detalha Sheyla.