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Professores do Ifal apresentam relação do ensino da Matemática com o cotidiano
O ensino e a aprendizagem da Matemática foram os temas que prevaleceram, na tarde de terça-feira (16), entre os trabalhos apresentados pelos participantes do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) no 3º Caiite (Congresso Acadêmico Integrado de Inovação e Tecnologia) que ocorre até sábado (20) no Centro de Convenções de Maceió. E quem apostou em um quórum mínimo de participação na oficina e apresentação de banners sobre esse tema foi pego de surpresa. A oficina intitulada “Laboratórios de Ensino nas Ciências e na Matemática – Concepção Teórico-Metodológicas” de um grupo de professores do Câmpus Satuba esgotou a capacidade de público. A Sala Carapeba ficou pequena com aproximadamente 30 pessoas ampliando seus conhecimentos sobre a relação interdisciplinar da Matemática. O uso do laboratório de ciências desenvolveu-se no último terço do século XIX e representou uma ruptura importante no ensino, antes predominante por meio de livresco. O grupo de professores do Ifal, composto por Auxiliadora Baraldi Pacheco, Josiane de Souza Luna, Adenilton Menezes de Oliveira, Adriano Araújo Costa, Cícero de Oliveira Costa e Mário Tânio Fonseca Toledo, entende que as aulas experimentais ou em laboratórios asseguram por si só a promoção de aprendizagens que estabelecem relações entre a teoria e a prática.
Simultâneo à iniciativa dos docentes da mais antiga unidade de ensino agropecuário do estado, professores do Câmpus Arapiraca do Ifal também desbravaram os caminhos da congruência entre a Matemática e as demais disciplinas para o público presente à apresentação dos painéis. O professor-orientador do banner, José Roberto de Almeida Lima explicou que, o fato que mais chama a atenção nos alunos, durante a exposição do projeto, é o estímulo vocacional do curso técnico, depois da conclusão do ensino médio. “Iniciamos o projeto neste ano e identificamos que a maioria dos estudantes cursam o ensino técnico, visando apenas o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) e descartam a possibilidade de seguir a carreira técnica. Foi explicando o papel da matemática no nosso cotidiano e associando-o aos conteúdos de outras disciplinas que começamos a mudar essa realidade”.
Uma pesquisa feita pelo grupo de professores identificou ainda que alguns alunos são aprovados nos exames de seleção para os cursos técnicos do Ifal, mas largam os estudos por não se identificarem com o curso, ou não gostarem de Matemática. “Deste modo, modificamos a forma de traduzir o conteúdo da disciplina aliada ao curso técnico realizado. Por exemplo, quando aplicamos conteúdo específico, como banco de dados e programação no cursos de Informática e Eletroeletrônica, percebemos uma elevação no grau de interesse desses alunos.”, explicou o professor. Os autores do projeto são Augusto César de Oliveira, Almira Santos a Costa Silva, Diogo Meuer de Souza Castro, Luis Fillipe Nunes Lopes e Valdine da Silva Santos.
Saúde na Escola
Outra apresentação de banner que despertou o interesse do público na terça-feira foi o projeto intitulado “(Des)Articulaçao do Programa Saúde na Escola e Contexto Escolar, das alunas Neudivânia Paula, Verônica da Silva e Amabia Vianna (professora-orientadora), do curso de Biologia ofertado pelo Ifal no município de São José da Laje, polo de educação a distância. Elas propõem o envolvimento dos profissionais da educação com o Programa de Saúde Escolar em uma experiência aplicada na cidade de Marechal Deodoro. Segundo Neudivânia, é preciso entender o porquê do distanciamento entre o PSE e a escola. Essa pouca importância dada ao programa tem resultado em altos índices de alunos com problemas de saúde como obesidade, hipertensão e glicose alta. Na condição de agentes de saúde, temos o dever de mudar esse quadro nas escolas”, ressaltou.