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Portal realiza série de reportagens sobre patentes depositadas pelo Ifal em janeiro
Quatro reportagens vão mostrar os quatro produtos inovadores patenteados neste início de ano
Neste mês de janeiro, o Instituto Federal de Alagoas (Ifal) recebeu a notícia de depósito de suas quatro primeiras patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Os professores Edison Camilo, Felipe Thiago, Ingrid Sofia e Táscya Morganna, foram reconhecidos pelo ineditismo dos produtos desenvolvidos em seus laboratórios, com a ajuda de dezenas de alunos dos campi onde atuavam, Maceió, Penedo, Murici e Satuba, respectivamente.
É como forma de comemorar e ainda tornar conhecido ao público a contribuição de suas pesquisas para a comunidade alagoana, que esta semana o Portal do Ifal inicia uma série de reportagens explicando como foram produzidos e qual a importância do patenteamento de processos e produtos inovadores, com a possibilidade de aplicação industrial, como o Dendômetro Eletrônico; uma farinha nutritiva, criada a partir do bagaço da pinha; a produção de biscoitos tipo cookie, com a substituição parcial da farinha de trigo por fígado bovino liofilizado, ou ainda a criação de uma calda, sabor "tapioca alagoana, todos desenvolvidos no instituto alagoano e reconhecidos pelo Inpi, no último mês.
Em comum, todos eles passaram por uma série de experiências que demorou anos de testes, sem que seus resultados pudessem ser divulgados, para que não perdessem o requisito de novidade.
Com o auxílio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), na realização da prospecção tecnológica, as invenções foram avaliadas se atendiam aos requisitos exigidos para o patenteamento: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.
A coordenadora do núcleo, Danielle Clara, explicou que o NIT é o órgão do Ifal responsável por fazer a ponte entre a academia e o setor produtivo, “cumprindo o papel previsto na lei de criação dos Institutos Federais, de que devemos buscar uma pesquisa de caráter aplicado, que transmita não apenas o conhecimento teórico, mas também traga uma mudança na qualidade de vida e na sociedade na qual o IF está inserido”, pontuou.
Após o desenvolvimento das pesquisas, o núcleo, juntamente com os inventores, são os responsáveis pela redação das patentes e pelo depósito no Inpi, que é o órgão definido pelo Estado para chancelar os títulos de propriedade industrial no Brasil. Após o depósito, cria-se uma expectativa do direto sobre a invenção, que é integrada ao portfólio de tecnologias do Ifal.
A partir de então, são planejadas estratégias de identificação de potenciais interessados em sua aquisição. “Com isso podemos ofertá-la ao setor produtivo que, demonstrando interesse, iniciará com o NIT a negociação para a transferência de tecnologia, que é uma contratação em que o interessado pagará o valor estipulado contratualmente e que será revertido para o Ifal e inventores da invenção transferida”, explicou Danielle. Caso alguma empresa tenha interesse, ela tem que procurar o núcleo.
Além das quatro patentes com as quais entraremos em contato, essa semana, com as reportagens, o NIT já está em processo de redação de mais uma patente e em processo de finalização de um catálogo de 11 desenhos industriais, também em fase de redação. Nesses casos, o processo de proteção é similar, o que varia são os prazos e exigências.
“Catalogamos também 14 programas de computador, estes ainda estão sendo avaliados sobre a continuidade, ou não, do desenvolvimento. O número é maior porque os requisitos e redação para o processo no Inpi são mais simples, se comparados ao processo de patente de invenção”, explicou a coordenadora.
Confira a série a partir desta terça-feira, 5, e entenda quem são os protagonistas da inovação no Ifal.