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Portal do Ifal apresenta perfis de novos pró-reitores: conheça Abel Coelho, novo gestor da Proex

publicado: 03/07/2019 09h13, última modificação: 08/07/2019 10h58

Ao iniciar sua gestão, no último dia 19 de junho, o professor Carlos Guedes começou a colocar em exercício um novo grupo de gestores no Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Ainda que tenha sido membro da antiga gestão, como pró-reitor de Desenvolvimento Institucional (PRDI), o novo reitor preferiu fazer modificações em todas as equipes e com isso, quatro das cinco pró-reitorias da instituição ganharam novos representantes a sua frente.  Por isso, o Portal do Ifal fez o perfil desses gestores, que serão apresentados para a toda a comunidade, durante o mês de julho.

Depois de dois quadriênios sob a gestão de Altemir João Secco, a Pró-reitoria de Extensão (Proex) passa a ser guiado por um servidor que deseja estar a altura das responsabilidades da nova função. Indicado para ocupar o cargo, o professor de Química, Abel Coelho, tem em seu currículo 12 anos de Ifal, distribuídos entre os campi Palmeira dos Índios e Maceió, e inicia um novo ciclo com a intenção de avaliar os custos e otimizar os recursos com a extensão, no Instituto.

Abel assume um orçamento de cerca de R$ 1,5 milhões, investidos em programas, projetos e cursos de extensão. São atividades que só em 2018, contaram com 565 alunos e 29 mil pessoas envolvidas em projetos; 241 alunos responsáveis por prestar cursos para população e mais de 21 mil pessoas beneficiadas pelos programas de extensão do Ifal. Para o novo gestor, os números são muito bons, mas precisam passar por análises, para que as prioridades da comunidade alagoana sejam atendidas.

Eu não estou pegando uma coisa que está desorganizada. Pelo contrário, aqui está tudo muito bem encaminhado, o que por um lado, facilita meu trabalho, mas por outro, gera uma responsabilidade muito grande, porque foi feito um trabalho com muita qualidade. Eu preciso, em primeiro lugar, não atrapalhar isso, para que a coisa continue fluindo. Mas é inevitável que sempre que a instituição passe por uma reoxigenação, essa mudança faça com que aquelas coisas que não tenham sido notadas, possam ser reconsideradas”, pontuou o professor.

O gestor estabeleceu como metas desse novo ciclo preservar as atuais atividades e fazer um levantamento de todo o trabalho, através de estatísticas, para que se possa perceber o valor gasto com os projetos e cursos, além de quantas pessoas estão sendo alcançadas.

“Com essas estatísticas, a gente pode perceber para onde estão indo os recursos. Nós temos um papel fundamental, dentro da sociedade, com a extensão, mas precisamos saber o quanto estamos gastando do dinheiro público e quais resultados estamos obtendo nessas ações”, justificou o pró-reitor.

Ainda como parte das metas da nova gestão do Ifal está a institucionalização do Programa Mulheres Mil, a curricularização da extensão, em todos os níveis de formação, e a avaliação das demandas por profissionais nas diferentes regiões do estado, para que se possa pensar na oferta, continuidade, reformulação, ou criação de novos cursos. 

Abel lembra que parte desse trabalho já foi feito, com a coleta de dados de ex-alunos, agora os números devem ser interpretados, para o planejamento de futuras ações. "Temos uma meta de observar quantos alunos estão trabalhando na área de cursos, quantos estão trabalhando em áreas afins, ou em outros campos profissionais. Estamos sempre nos reavaliando. Temos que saber a utilidade daquele curso para a comunidade em que ele vive. Se eu coloco um curso numa cidade e os alunos não se empregam, o curso precisa ser revisto. Se ele atende bem a demanda daquela cidade, então, ele deve ser mantido. Se por acaso, o mercado de trabalho absorve todos os nossos alunos, talvez ele tenha que ser ampliado. Temos que trabalhar os dados estatisticamente, para ver quais cursos estão sendo realmente úteis a sociedade”, comentou.

O professor também deseja fomentar o intercâmbio entre a comunidade e o Ifal. O pró-reitor disse que faz parte da extensão não só levar o conhecimento às comunidades, mas inseri-las na produção de conhecimento acadêmico.

Outro dia eu fui assistir as atividades de avaliação do Campus Benedito Bentes e me chamou a atenção um dos projetos de como a instituição pode colaborar para a sociedade. As alunas do curso técnico de Enfermagem daquela unidade fizeram um projeto para ensinar noções de higiene para as crianças do Ensino Fundamental, em uma, ou duas turmas de uma escola pública da região, e a professora ficou tão feliz com o projeto, que ela pediu para que aquilo fosse aplicado em todas as turmas, pois a necessidade era muito grande, porque as crianças muitas vezes não têm acesso as informações básicas de saúde pública. Mais adiante, a diretora disse que era preciso trabalhar com os pais das crianças”, recordou.

Trajetória do servidor

Abel espera trazer para a reitoria a mesma vontade que vem assumindo ao longo de sua trajetória profissional. Professor da disciplina de Química, há 25 anos, antes de entrar no Ifal, o maceioense já havia trabalhado em cursinhos particulares, na capital, e mudado para o município de Palmeira dos Índios, para iniciar sua carreira como docente da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), onde também assumiu a função de coordenador de curso e a direção da unidade, até ser nomeado para o Ifal, em 2007.Pró-reitor de extensão quer avaliar resultados para estimular ações que tenham mais demandas da sociedade aagoana.JPG

Foi em Palmeira que Abel pôde trabalhar na mesma unidade que a sua esposa, Sheila Coelho, com quem desde então vem fazendo parcerias em projetos de pesquisa e extensão. A dupla chegou a contar com uma equipe de 13 alunos, divididos em cinco projetos.

Em 2012, um das pesquisas da equipe, denominada “Alimentos orgânicos de baixo custo. A utilização do mussambê como planta atrativa cultura biológica da praga-de-couver”, sob a orientação da professora Sheila, foi premiada pela Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) e ganhou expressão nacional, ao ser veiculada por um programa da TV Globo, o Caldeirão do Huck. Além disso, parte de suas pesquisas foi transformada em projeto de extensão e aplicadas na comunidade.

Redistribuído para o Campus Maceió, em 2013 e iniciou um grupo de estudos com alunos do curso integrado, para que amigos de outras escolas pudessem se preparar melhor para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2017, Abel assumiu a função de coordenador da Licenciatura em Química, na Unidade,  ao mesmo tempo, passou a trabalhar com o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e a Residência Pedagógica, onde atuou até junho deste ano.

Antes de tomar posse como pró-reitor, o professor assumiu a Coordenação de Relações Institucionais da Proex, por 50 dias. “Muito mais com o propósito de me inteirar e ficar a par dos assuntos da pró-reitoria. Foi um processo de transição que eu achei bem interessante, porque eu pude vivenciar a pró-reitoria, antes de assumir o cargo, o que é importante, principalmente na gestão pública, onde a responsabilidade também depende de nosso caráter e da nossa compreensão”, enfatizou.

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