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Pesquisas na área de Educação Física do campus são apresentadas em evento científico da Ufal
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, marcou presença no “II Encontro Arapiraquense sobre atividade física, esporte e saúde: 10 anos de LACAPS”, realizado na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus Arapiraca, na última quarta, 16. As pesquisas são da área de Educação Física e envolve os docentes Maurício Ricardy (orientação), Marcos André Rodrigues (coorientação) e os estudantes: José Andersson dos Santos e Gilson Leite.
A primeira delas foi apresentada por Andersson, aluno do 3º módulo de Segurança do Trabalho, e é oriunda de um projeto de pesquisa realizado no campus sobre Avaliação Morfofuncional dos alunos dos cursos técnicos integrados do Ifal Palmeira, tendo como recorte especificamente para este evento: a associação entre o nível de atividade física e aptidão física em alunos do ensino médio da unidade de ensino. Nos resultados, foram encontradas associações fracas entre o nível de atividade física informado pelos estudantes e a aptidão física mensurada pelos pesquisadores.
Segundo Maurício, os resultados indicam que pode ter havido uma superestimação das atividades físicas praticadas. “Ou ainda os alunos podem não ter realizado os testes da melhor forma possível, já que esperávamos associações mais fortes”, diz o docente. Andersson acrescenta que cerca de 350 discentes do campus participaram deste estudo, e para que isso fosse possível, foram aplicados questionários e uma bateria de testes.
“Com isso, pudemos fazer essa avaliação e ter uma correlação entre os dois para ver os resultados”, conta o discente, que viu no evento científico uma forma de enriquecer seu currículo e sua trajetória acadêmica e profissional.
O segundo trabalho foi abordado pelo estudante de Engenharia Civil, Gilson Leite, e trata sobre o Condicionamento Físico e Rendimento acadêmico percebido em estudantes praticantes de corrida. O orientador explica que o estudo é decorrente do projeto de ensino de 2017 do Ifal Palmeira “Correndo para o Sucesso”. “Os resultados foram excelentes. Em seis meses de projeto, tivemos a participação de 50 estudantes. Houve melhora significativa no condicionamento físico do grupo. Com relação ao desempenho acadêmico, que foi informado pelos estudantes, todos tiveram melhores resultados e 75% deles creditaram este êxito à participação no projeto”, detalha Maurício.
Para Gilson, estudos como esses reforçam a importância da necessidade da atividade física, não apenas por questões estéticas, mas em relação às questões de saúde física e mental.“Tais trabalhos como o nosso podem ser usados para endossar políticas públicas de incentivo à prática esportiva nas escolas ou até mesmo incentivar de forma individual aquele aluno que não pratica atividade física para não atrapalhar os estudos e hoje pode ver que esta pode ajudá-lo, melhorando sua saúde e seu desempenho acadêmico”, reflete.
O terceiro trabalho é de autoria de Maurício e faz parte da pesquisa inicial do seu doutorado. O docente avaliou os resultados de uma prova de corrida de rua de Arapiraca, com o intuito de saber se houve evolução nos corredores entre os eventos acontecidos em 2018 e 2019, nas provas de 5Km e 10Km. De acordo com ele: “Não foram encontradas diferenças significativas no geral, na divisão por sexo e ainda naqueles que participam de clubes de corrida com os que não participam. O indicativo é de que podem ter acontecido lesões, ansiedade ou mesmo prescrição equivocada de treinamento que fizeram com que não houvesse evolução após um ano”, diz.
Maurício ressalta que, para ele, é um desafio fazer pesquisa na área de Educação Física no Ifal, já que não são ofertados cursos na área, por isso é necessário treinar estudantes de outros cursos para participar. “Sinto-me gratificado quando levo alunos para eventos específicos de Educação Física e os avaliadores ficam questionando se eles são mesmo de outras áreas, já que se apresentam tão bem. Acredito que é muito importante que apresentemos nossas produções científicas em eventos de outras instituições para mostrar que estamos trabalhando e que tempos produções em várias áreas, até mesmo naquelas que não tem cursos de formação específica no Ifal”.
Para ele, é fundamental inserir o discente no tripé: ensino, pesquisa e extensão. “Isso faz com que cheguemos mais próximos de nossa missão institucional de formar cidadãos críticos para o mercado de trabalho e para a vida. Tenho certeza de que com a experiência deste evento, ambos os estudantes não terão tantas dificuldades quando forem defender relatório de estágio e trabalho de conclusão de curso”, conclui Maurício.