Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Pelo segundo ano, professor dissemina o movimento inovativista no Campus Murici
conteúdo

Notícias

Pelo segundo ano, professor dissemina o movimento inovativista no Campus Murici

publicado: 22/02/2017 09h55, última modificação: 22/02/2017 11h24

Na última segunda-feira, 20, alunos do Campus Murici, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), fizeram uma visita ao caminhão da IBM, Hack a Truck, estruturado com um laboratório móvel voltado as áreas de informática e inovação tecnológica. Orientado por estudantes de Ciência de Computação e de Engenharia da Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), eles puderam conhecer modernos computadores, impressoras 3D, mini drones e projetores interativos. A atividade é mais uma das desenvolvidas pelo professor de Física, Gentil II, que há um ano busca desenvolver nos estudantes daquele campus, atividades de inovação e empreendedorismo.

Ao longo do primeiro ano o docente reservava 15 minutos das aulas de Física para disseminar iniciativas criativas, a partir de dinâmicas na área de educação empreendedora. Logo depois Gentil buscou desenvolver nos alunos a consciência ambiental e a necessidade de iniciativa própria, com o #StartDoing. Em 2017, ele buscará aplicar nos alunos o Self Learning Experience (SeLE), traduzido pelo professor como Experiência de Auto Aprendizagem.

Para Gentil, não trata-se de um projeto de extensão, ou pesquisa. Essas ações são realizadas como forma de dar vazão a um "movimento", batizado por ele mesmo como “inovativismo”, termo que seria uma mescla entre três palavras-chave: inovação, criatividade e empreendedorismo. “A ideia principal é trazer para os alunos um diferencial em sua formação. Porém, diversificamos, de acordo com cada turma”, explica o professor.

Entre as atividades realizadas até o momento estão “dinâmicas sobre estímulo à criatividade, sobre a importância do planejamento, sobre gestão de pessoas, sobre o desenvolvimento de competências de grandes líderes e etc”, detalha Gentil, que viu no Hack a Truck mais uma possibilidade de colocar os alunos em contato com iniciativas de inovação e tecnologia.

"Visitar o Hack a Truck nos fez perceber o quanto aquele projeto é sensacional, ele trouxe a ideia de que o mundo está evoluindo e, principalmente, nos fez refletir a possibilidade de usar essa evolução ao nosso favor, de levar segurança e conforto para quem mais necessita. Abriu nossos olhos para um mundo que cresce e se mostra mais incrível, o mundo da tecnologia, aquele que todos desejam dominar”, relatou a aluna do campus, Pâmella Oliveira.

Já no StartDoing, o docente do Campus Murici produziu um vídeo em que explicava como economizar ao menos dois litros de água, a cada descarga, com apenas uma garrafa PET acoplada do vaso sanitário. Os estudantes puderam pôr a técnica em prática em suas casas, no próprio campus e ainda percorreram bairros vizinhos, para disseminar a ideia.

O vídeo ganhou repercussão nacional, com mais de 2 mil compartilhamentos e mais de 20 mil visualizações em redes sociais. “Foi uma campanha de mobilização. Eu não criei o método, o que muita gente fica pensando. Apenas mobilizei uma grande quantidade de pessoas. Fora do Brasil, atingiu o Chile, Espanha, Alemanha e até Egito”, recorda o professor, que também foi convidado a participar de programas de rádio e TV, além de fazer palestras em escolas e universidades, difundindo a ideia.

Gentil diz que essas iniciativas surgem de experiências pessoais, ou acadêmicas, vivenciadas por ele, como dinâmicas e treinamentos que participou em diferentes momentos, seja na pós-graduação, ou mesmo por meio da internet. “A ideia geral é proporcionar uma experiência diferenciada. Com essas experiências, os alunos podem ver o mundo de uma maneira diferente, inovadora. Ou melhor, inovativista”.

Nesse segundo ano, Gentil quer aproveitar o conteúdo já disponibilizado gratuitamente, em plataformas online, por instituições renomadas como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e a universidade norte-americana Harvard, para estimulá-los a capacitarem-se sobre áreas que não estão acessíveis nos municípios em que vivem. Ele fará direcionamento para que os alunos aprendam sozinhos, ou em grupos liderados pelos próprios alunos. Além disso, serão convidadas pessoas com conhecimentos em determinadas áreas, para fazer essa tutoria, quando necessário.

“A ideia é reunir a turma em grupos, com interesses em comum. Por exemplo, um determinado grupo de alunos que acha interessante o mundo de aplicativos, mas não sabe programar. Ou um grupo que gosta da ideia de aprender um novo idioma, ou que até gosta da ideia de serem empreendedores. Para os alunos que quiserem aprender novos idiomas, por exemplo, não poderá ser inglês ou espanhol. Pois já temos professores. A ideia é que, ao terminar o ano letivo, eles tenham uma experiência única e inovadora”, pontuou Gentil.

registrado em: