Patrulha Maria da Penha orienta sobre prevenção à violência doméstica em encontro do Ifal

A soldada Rafaela Ambrósio, da Patrulha Maria da Penha, conduziu uma palestra sobre violência doméstica na tarde desta terça-feira, na Reitoria do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Maceió. O evento, que marcou o 3º encontro do ano do programa Cuidar de Quem Cuida, teve como tema "Violência Doméstica: prevenção, acolhimento e segurança para as mulheres". A psicóloga Paulete Constantino, do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (Siass) do Ifal, mediou a discussão, que também foi transmitida pelo Google Meet.

Durante a apresentação, a militar destacou que é importante que as mulheres denunciem seus agressores e frisou que a Patrulha acompanha um grande número de vítimas. “A gente acompanha mais de seis mil mulheres. E a gente nunca perdeu uma mulher”, afirmou Rafaela.

A soldada ressaltou a agilidade necessária em casos de violência. "A violência acontecendo, liga para o 190. A Polícia Militar vai e faz a prisão na hora. Fazendo a prisão, vai ser solicitada a medida protetiva, e talvez a medida venha para a gente acompanhar", explicou. Ela também orientou sobre a denúncia anônima: "A violência foi há uma semana, passou: 181 é o canal de denúncia anônima. Possivelmente, nos próximos dias, a mulher vai receber uma visita, e esse cara vai receber uma visita".

A Patrulha Maria da Penha é composta por militares capacitados para atender casos de violência. Rafaela Ambrósio pontuou que a presença de homens no projeto é fundamental e mencionou a existência de um grupo reflexivo, composto por militares do sexo masculino, que conversa com os agressores para que eles possam mudar de atitude.

O militar Stelio Novais de Carvalho Júnior, que acompanhou a soldada e já trabalhou em batalhões, corroborou a relevância do tema. Segundo ele, a primeira ocorrência mais registrada nas unidades militares é a de perturbação do sossego alheio, mas a segunda mais comum está diretamente relacionada à violência doméstica.

Ao final do encontro, Rafaela Ambrósio orientou que as mulheres que desejam fazer denúncias busquem a Casa da Mulher Alagoana, que é um programa que auxilia mulheres com apoio psicossocial, atendimento em delegacia e juizado especializado, além de oferecer alojamento e cursos profissionalizantes. Os serviços são gratuitos. A Casa da Mulher Alagoana funciona todos os dias, 24h, na Praça Sinimbu, em Maceió. Também é possível ligar e obter mais informações pelos números (82) 99157-3023 e (82) 2126-9650.