Multinacional colombiana da área educacional firma parceria com Ifal

Nove professores de vários campi do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) já estão com a mão na massa em um projeto pioneiro envolvendo o Centro de Idiomas do Instituto e a empresa colombiana Innovative Education, que desenvolve simuladores de equipamentos industriais e laboratórios virtuais de aprendizagem. A parceria, que durará cerca de oito meses, visa o auxílio da instituição alagoana na compreensão do que ocorre durante o processo de tradução de objetos educacionais de uma língua para a outra, por meio de uma pesquisa financiada com ao menos R$ 152 mil, entre bolsas para docentes e direitos contratuais do Instituto.

Assinado em setembro deste ano, o contrato foi realizado após uma relação comercial de ao menos três anos entre Ifal e a empresa, que fornece serviços acadêmicos para o Instituto. Após constatar a competência e sentirem confiança nos profissionais em Alagoas, a multinacional fez o convite para que a entidade a auxiliasse na melhoria de tradução de termos técnicos para os seus produtos. Como forma de viabilizar essa parceria, a Fundação de Extensão e Pesquisa (Fundepes) foi convidada para gerir o contrato.

O professor Victor Sgarbi, coordenador de Projetos Especiais junto à Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) e coordenador administrativo do projeto, relatou que estão envolvidos seis professores do Centro de Idiomas e outros três de áreas específicas do material didático, Física, Química e Biologia, além de um docente externo.

“O projeto consiste em entender o que se perde em uma tradução. Do que acontece quando você traduz a metodologia e o material didático de uma língua para outra. Para isso, a gente vai ter que traduzir ele inteiro e pontuando as questões. Isso é necessário, porque há termos que são utilizados lá fora e não são aqui no Brasil. Como resultado, A empresa receberá a resposta do que é perdido e ganho com o processo de tradução”, explicou o Victor.

Para a coordenadora pedagógica da pesquisa Elaine Sgarbi, a atividade “poderá nos dar um maior entendimento sobre as possíveis mudanças e adaptações linguísticas, ao traduzir um material didático de uma língua para outra, entendendo também as diferenças de conteúdos ministrados, formas de abordagens, uso de terminologias específicas, dentre outras. A pesquisa permitirá construir um banco de dados de Linguística de Corpus, possibilitando também a produção de um glossário bilíngue de termos técnicos que pode ser utilizado nas atividades de ensino, além da abertura de outras linhas de pesquisa no Ifal”.

Contrato em execução

Na última sexta-feira, 20, os professores Victor Sgarbi e Elaine Sgarbi foram recebidos na sede da Fundepes pelo seu vice-presidente, professor Gerson Guimarães, onde foram apresentados aos gerentes de todas as unidades da Fundação e à metodologia de trabalho que será utilizada durante a execução do projeto, que já está em fase de execução e deverá ser finalizado em maio de 2018.

Victor lembra que essa parceria é de extrema importância para o Ifal, “principalmente considerando suas características inéditas, pois é a primeira pesquisa realizada em parceria com a Fundepes, bem como a primeira parceria para atendimento de uma demanda específica de empresa e, ao mesmo tempo, o primeiro projeto com investimento internacional. Tais parcerias estão previstas nos documentos que tratam se pesquisa e desenvolvimento tecnológico (P&D), são contabilizadas como indicadores no PDI do Ifal, além de indicadores positivos no relatório de gestão do Instituto”, ressaltou o docente.

“Para que esse primeiro convênio fosse firmado, o Ifal teve que criar uma série de modelos de formulários e declarações próprios para esse tipo de parceria, além de estudar e entender qual seria o melhor fluxo interno a seguir e como construir um termo de convênio tripartite no qual fossem atendidas as exigências dos três participantes, Innovative Education, Fundepes e Ifal, obedecendo a todas as questões legais. A partir do que já foi feito, temos a convicção de que os próximos projetos terão um caminho construído para se espelharem”, completou Victor.