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Mais de 400 estudantes de licenciatura do Ifal terão acesso a bolsas concedidas pela Capes

Quem passou pelo Pibid conta a experiência transformadora, que ajuda no desenvolvimento das habilidades essenciais em sala de aula
publicado: 11/10/2024 14h54, última modificação: 11/10/2024 15h09

Por Lais Marques, estagiária de Jornalismo*

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) foi aprovado no edital nº 10/2024 do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), garantindo o recredenciamento de seus cursos de licenciatura no programa. Neste novo ciclo, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) garantirá ao Ifal cerca de R$ 400 mil mensais a serem investidos na formação de futuros professores. 

O valor do investimento foi detalhado pelo coordenador institucional do Pibid no Ifal, Ricardo Cavalcanti. "Serão ofertadas aos estudantes de licenciatura 408 bolsas; quanto ao envolvimento de servidores, serão 17 coordenadores de área mais dois coordenadores de Gestão. Quanto aos supervisores, 51 podem ser credenciados, mediante o edital a ser lançado, de servidores professores candidatos às vagas destinadas a tal finalidade", explicou. Desta forma, o valor total de recursos mensais será de R$ 379.800.

Atualmente, o Ifal possui seis cursos para a formação de docentes: Ciências Biológicas (EAD e Campus Maceió); Física (Campus Maceió e Piranhas); Letras-Português (Campus Arapiraca, EAD, Campus Maceió e Marechal Deodoro); Matemática (Campus Maceió e Campus Piranhas); Pedagogia (EAD); e Química (Campus Maceió). Presente no Ifal desde 2011, o Pibid vem aumentando a quantidade de bolsas ofertadas, integrando o ensino, a pesquisa e a extensão, a fim de estimular práticas inovadoras voltadas a escolas públicas entre estudantes de cursos de licenciatura e professores da Educação Básica.

Experiência transformadora

Luiz durante as atividades do PibidO programa, com duração de 22 meses, abrange todos os períodos dos cursos de licenciatura, possibilitando uma experiência significativa na formação dos estudantes, ao somar em suas vivências teóricas, a prática da docência. Para o estudante Luiz Antônio Caldas Filho, do 5° período de Letras-Português do Campus Maceió, o que despertou seu interesse no programa foi “a vontade de começar desde cedo na graduação a aprofundar a vivência docente, quebrando qualquer tipo de receio que pudesse haver em decorrência de medo ou desconhecimento do ser professor”.

E a experiência foi transformadora. “Fomos muito bem orientados pela nossa supervisora na escola campo, professora Maryanne Cedrim, que nos oportunizou inúmeras situações em sala para que pudéssemos ‘quebrar o gelo’ e iniciarmos a prática. (...) Apesar das dificuldades, é possível executar um processo de ensino-aprendizagem eficaz, de resultados positivos”, ressaltou Luiz.

Joelito durante as atividades do PibidO Pibid também alcança a modalidade EAD do Ifal. Joelito Lima da Silva, estudante do 5° período de Letras-Português, do Polo São José da Laje, acredita que a experiência pode ser diferente, mas igualmente enriquecedora. “Enquanto a parte teórica do meu curso ocorre on-line, o Pibid é uma experiência presencial que me permitiu vivenciar a realidade das salas de aula. Isso foi fundamental, pois pude aplicar e observar na prática o que aprendi nos estudos”, explicou.

Outro benefício do programa é desenvolver habilidades dos futuros professores, como a habilidade de se comunicar com a comunidade acadêmica. “Participar [do Pibid] me proporcionou uma conexão direta com os alunos e professores, permitindo que eu entendesse melhor as dinâmicas escolares e os desafios enfrentados no cotidiano da educação. Essa vivência prática enriqueceu minha formação, pois consegui ver de perto como a teoria se transforma em prática, algo que muitas vezes é difícil de captar apenas pelos meios virtuais”. 

Joelito durante as atividades do PibidLuiz e Joelito finalizaram a participação de dois anos na Iniciação à Docência no começo de 2024 e, já avançados no curso, salientaram a importância do programa para os estudantes de licenciatura e a influência que o Pibid teve em suas carreiras acadêmicas, consequentemente, em suas futuras carreiras profissionais. “Nós somos estimulados a ter contato com textos teóricos ligados à docência e também a aplicá-los, então, a gente debate o conteúdo desses textos teóricos e, concomitantemente, estamos aplicando isso em sala de aula, além de lidar com as imprevisibilidades que a própria sala de aula traz”, pontuou Luiz. 

Joelito durante as atividades do Pibid“No aspecto acadêmico, a vivência no Pibid ampliou minha capacidade de análise crítica e reflexão sobre a prática pedagógica. Além disso, essa experiência reforçou meu interesse pela educação e pela pesquisa em práticas pedagógicas, o que pode me levar a buscar especializações ou pós-graduações na área”, destacou Joelito. Ele também enumerou o desenvolvimento de outras habilidades, como a capacidade de trabalhar em equipe e a adaptação a diferentes contextos e realidades. “A participação no programa não apenas enriqueceu minha formação acadêmica, mas também me preparou para os desafios da carreira docente, aumentando minha confiança e motivação para atuar na área da educação”, finalizou Joelito.

*Sob a supervisão de Elaine Rodrigues, jornalista.