Iniciativas inovadoras do Ifal na área educacional são apresentadas em Natal

Alguns projetos extensionistas de alunos e servidores do Instituto Federal de Alagoas - Ifal apresentados no primeiro dia do Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (Cbeu) 2018, nesta quinta-feira (28), em Natal/RN, se destacaram por gerar impactos positivos na área educacional. São ações de extensão desenvolvidas com foco em temas como inclusão, alimentação saudável e novos olhares sobre a leitura. 

Uma dessas propostas partiu do discente da Educação a Distância do Ifal, Anderson Batista, envolvido na articulação de dois trabalhos em uma escola da rede pública, sendo um para discutir a importância de adquirir hábitos alimentares saudáveis e outro voltado à prevenção do uso de álcool e outras drogas.

"Selecionamos alunos para participar das atividades no contraturno e os preparamos para atuarem como multiplicadores. Então nas aulas regulares de Ciências, eles falavam dos conhecimentos adquiridos no nosso projeto, levantavam o debate", explicou o graduando em Ciências Biológicas no Polo Arapiraca e entusiasta da Extensão por vê-la como "a chance de sair da zona de conforto". 

Desenvolvido também no âmbito da EAD do Ifal, o projeto "Recontando histórias: educando através de fábulas" teve espaço no primeiro dia de Cbeu. O estudante de Letras do Polo Penedo, Washimgton Ribeiro, compôs a programação do evento com um pôster sobre os frutos da experiência realizada durante três meses em uma escola municipal de Igreja Nova, interior de Alagoas.

"Escolhemos as fábulas e contamos às crianças. Uma das metodologias utilizadas foi fazer essa contação em vídeo, para despertar a percepção sensorial. Na semana seguinte, pedimos que eles reescrevam aquela história, dando liberdade de usar os mesmos personagens para criar uma outra moral ou novos finais. O resultado sai sempre tão bom que pretendemos juntar essas produções e publicar um livro", contou Washimgton.

Outro trabalho relacionado à contação de histórias veio da aluna Milena Medeiros, do Campus Murici. Intitulada "Ler e cuidar: histórias para quem tem histórias para contar", a proposta foi voltada à realização de visitas de cunho literário à Casa do Pobre Santo Antônio em União dos Palmares, um abrigo para pessoas da terceira idade. No local, eram lidos e debatidos textos de diferentes categorias. " Organizávamos eventos ao fim de cada gênero abordado, levamos até a apresentação de um cordelista local", acrescentou a extensionista.

Campus Maceió -  Da capital alagoana, duas iniciativas trouxeram para o público do congresso a reflexão sobre práticas pedagógicas. A do discente Cláudio José Júnior se baseou no uso de filmes de ficção científica para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Biologia.

De acordo com o estudante, durante a execução do projeto, foram observados resultados positivos em turmas do ensino médio do próprio Ifal que estavam estudando temas de genética e sexualidade. Para Cláudio, isso pode ser atribuído ao fato de a linguagem audiovisual permitir ao alunado sair da abstração do livro e tornar a realidade algo mais palpável. "Os filmes se mostraram boa ferramenta para a consolidação de conteúdos", avaliou.

Com o mesmo ímpeto de estabelecer melhorias para a área educacional, o graduando Lukas Teixeira, do curso de Sistemas de Informação, expôs os avanços obtidos a partir da construção de atividades adaptadas para auxiliar na alfabetização de crianças com autismo.

Após estudar as demandas próprias de pessoas com autismo no processo de aprendizagem e acompanhar a atuação da equipe multidisciplinar da Associação de Amigos do Autista de Alagoas (AMA-AL), o referido projeto conseguiu produzir soluções em termos de adaptação de atividades educativas para o público autista.  "Atendemos 47 crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos, com diferentes graus de autismo. E pudemos comprovar a eficiência da metodologia que trabalhamos, baseada nas premissas do ensino estruturado, por meio de questionários aplicados com a equipe de pedagogia da instituição atendida", afirmou o extensionista.

Reitoria - Servidores do Ifal também estiveram em ação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, local de realização do 8º Cbeu. Natália Silveira, que atua na Pró-Reitoria de Extensão do Ifal, exibiu, no primeiro dia de Cbeu, trabalho sobre uma estratégia institucional adotada para a integração entre pesquisa e extensão, o PROPEQ.

"Viemos mostrar a evolução desse programa de 2014 a 2017. A missão dele é potencializar a aplicação dos resultados produzidos pela pesquisa em forma de extensão e atender os objetivos estratégicos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do Ifal", destacou a servidora, assistida, na ocasião, por outros dois membros do projeto, Altemir Secco e Kelly Barbosa.