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Ifal usa jogos para melhorar ensino da matemática em escolas públicas de Maceió
Mostra de Jogos vai até amanhã em congresso no Campus Satuba
Bingo, amarelinha, dados coloridos, cartas, dominó. Não se engane: as brincadeiras são assunto sério e estão mudando a aprendizagem em escolas públicas de Maceió. Um projeto do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) usa jogos didáticos para ajudar professores da educação básica a estimular o interesse de crianças e jovens por disciplinas como a matemática.
Os materiais estão em exposição na Mostra de Jogos do Congresso Acadêmico do Ifal, realizado até quinta-feira (14), no Campus Satuba. A mostra é organizada por alunos e professores dos cursos de licenciatura do Campus Maceió, que desenvolvem o Pibid/Capes (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência). Tudo com a participação efetiva de professores e estudantes das escolas públicas da cidade.
“Esse projeto mudou a minha vida, começando pela minha carreira. Depois de dez anos de sala de aula, me senti estimulada a fazer especialização e mestrado”, conta a professora de matemática Erenilda Albuquerque, 48, da Escola Estadual Doutor José Maria Correia das Neves, no bairro do Prado.
“Além disso, comecei a usar os jogos nas minhas aulas e os alunos ficaram muito mais motivados, porque você parte do concreto para ensinar o abstrato. Eu tenho alunos muito tímidos e retraídos que se tornaram líderes de grupos a partir dos jogos interativos”.
Os jogos também incentivam novos métodos de ensino entre os futuros professores formados pelo Ifal, com a Nayra Graciano. “Os jogos são importantes para superar a aversão que os jovens têm à matemática, porque eles entendem como os assuntos são aplicados no dia-a-dia”, diz Nayra, estudante de Licenciatura em Matemática.
A coordenadora institucional do projeto no Ifal, Regina Brasileiro, explica que o Pibid busca articular a educação superior com as escolas públicas da rede básica de ensino: “Cada escola tem o seu professor supervisor. Então, os alunos já vivenciam a realidade da sala de aula, se integram aos professores e aos próprios estudantes”.