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Ifal, Ufal e Uncisal reúnem intercambistas para compartilhar experiências de mobilidade acadêmica
Três estudantes representaram o Instituto Federal de Alagoas (Ifal) no primeiro encontro público, realizado pelo Grupo de Relações Internacionais de Alagoas (Grial, nesta terça-feira, 9, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Na ocasião, a italiana Anna Martelli, intercambista do Campus Maceió, pela modalidade Incoming, além de Lucas Neves e Maria Jisele dos Passos, alunos do Ifal. que participaram de mobilidade acadêmica outgoing, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal, eles puderam ilustrar, com suas próprias experiências sobre “A Importância da Internacionalização na Formação Acadêmica”, tema do evento.
Ao lado deles, estavam outros três estudantes, de diferentes modalidades de intercâmbio, da Ufal e da Universidade de Estadual Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), como Clarice Nacalté, de Guiné-Bissau, o colombiano Juan Manuel Perez e a angolana Dagmer Patricia Cauende. Juntos, eles compartilharam suas histórias de vida e como foi o processo de cada um na escolha das instituições que decidiram fazer a mobilidade acadêmica.
Lucas Neves, por exemplo, disse que já havia deixado passar algumas oportunidades, por razões pessoais, antes de ser selecionado para o convênio de Cooperação entre o Ifal e o IPB. Ele falou que dadas as dificuldades de conciliação entre o trabalho e os estudos, havia deixado o curso de Ciências Econômicas, na Ufal, mas nesta graduação, teria visto a importância de aprender um segundo idioma e foi com a bolsa da instituição, que iniciara o curso de inglês. Quando entrou no curso de Hotelaria, do Campus Maceió, resolveu se preparar para as oportunidades ofertadas no Ifal.
“Eu vi o primeiro edital, ainda no primeiro ano de curso, mas não pude participar, porque existiam critérios, como o desempenho acadêmico, que me impediam naquele momento. Mas fiquei seguindo a página do Ifal, além das redes sociais das instituições envolvidas, com a internacionalização. Em um dia em que vi no site que o Ministério do Turismo estava para lançar um edital de qualificação internacional, eu aproveitei um evento que iria ser realizado em Maceió, para pedir mais informações e solicitar a aproximação da Universidade com o ministério”, recordou.
Aluna de Química do Campus Maceió Jisele, também havia tentado a mobilidade, mas ao não obter êxito na primeira vez, ficou desestimulada. “Foi então que minhas amigas começaram a conversar comigo e mandaram eu fazer a inscrição para o IPB. Eu fiz, faltando 30 minutos para o fim do prazo”, lembrou a aluna.
Seguindo o sentido inverso, a italiana Anna Martelli está em Maceió desde agosto passado, frequentando as aulas de do Médio Técnico em Eletrônica. Ela disse que está sendo difícil fazer um curso tão diferente do que ela faz em seu país de origem, Linguagens, mas que a recepção dos colegas de curso e o conteúdo de disciplinas, como História e Português, já estão fazendo com que lamente o dia de volta, em junho deste ano. “Eu tive a curiosidade de vir ao Brasil porque é um país que não é muito discutido, lá, no meu país. Há uma série de preconceitos que agora vejo que não condizem com a realidade”, pontuou.
A imagem do Brasil e o enfrentamento de preconceitos foram pontos também tocados pelas alunas africanas. Elas disseram que os estranhamentos vão desde a alimentação à segurança, pois na televisão as imagens que têm acesso são sempre de violência. No entanto, elas se surpreenderam ao chegarem a Maceió. “As oportunidades no Brasil são as melhores que conheço, para os alunos estrangeiros, porque nós temos as mesmas oportunidades que os brasileiros”, pontuou Dagmer, que ainda revelou que a experiência lhe deu um enriquecimento profissional e pessoal.
Também presentes ao evento, estiveram a mentora de mobilidade acadêmica Alyshia Torres, o chefe de Gabinete da Ufal, Aruã Lima, as assessoras de Relações Internacionais, Luciene Melo (Ufal) e Adriana Melo (Uncisal), além da coordenadora de RI do Ifal, Carla Veira, que apontou as diferentes formas de atuação das três instituições, na internacionalização do Estado.
“O Ifal tem um papel diferente, mas não menos importante ,na internacionalização acadêmica. Ainda estamos no início desse trabalho, mas estamos com foco no Ensino Médio e amadurecendo esse processo, nos cursos de nível superior”, enfatizou a representante do Ifal.