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Ifal tem seis projetos aprovados em Programa Jovem Cientista da Pesca Artesanal
Por Jhonathan Pino, jornalista e Samuel Pontes, estagiário de Jornalismo
O Programa Jovem Cientista da Pesca Artesanal, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), aprovou seis projetos de pesquisas liderados por professores do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). A iniciativa tem como objetivo incentivar a pesquisa científica entre estudantes do ensino médio de escolas públicas, fortalecendo os estudos em ciências aquáticas e mudanças climáticas, enquanto capacita jovens cientistas para lidar com desafios locais e globais, e gerar impactos positivos para a comunidade pesqueira de Alagoas.
Cada projeto aprovado terá duração de 12 meses e contará com apoio financeiro, incluindo bolsas mensais de R$300,00 para quatro estudantes participantes, que serão prioritariamente pescadores artesanais ou filhos de pescadores. Os bolsistas dedicarão um mínimo de 8 horas semanais às atividades de pesquisa, enquanto cada projeto receberá uma taxa de bancada única de R$10.000,00.
Um deles, "Avaliação da presença de Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HPAs) em amostras de Sururu (Mytella charruana), da Laguna Mundaú, Alagoas"; desenvolvido pelos professores Johnnatan Duarte de Freitas e Demétrius Pereira Morilla, já vinha sendo desenvolvido com alunos de cursos técnicos e do tecnológico em Alimentos, do Campus Maceió, a partir de editais do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). A pesquisa busca fazer a análise dos crustáceos coletados na Lagoa devido à importância socioeconômica que eles possuem para a população local, além dos impactos ambientais relacionados à contaminação da laguna, especialmente devido às atividades industriais na região.
"O projeto segue a mesma linha das atividades desenvolvidas no Pibic, com o auxílio da Niza Vitória. O diferencial com a Fapeal, é que a gente mudou os locais de coleta. Aí, os alunos do Ensino Médio, que são do Pibic-Jr., eles ficaram com a responsabilidade de coletar o sururu em suas comunidades. Já fizemos coletas em alguns pontos e análises de extração do HPAs, que é o contaminante. Os testes preliminares de amostra do sururu coletados foram realizados nos nossos laboratórios", detalha, Johnnatan Duarte.
Os outros cinco são representados pelo Campus de Marechal Deodoro, com o professor Renato de Mei Romero que coordena o projeto “Inventário dos Recursos Pesqueiros Marinhos Capturados na Praia do Francês"; unidade de Piranhas, com a liderança da professora Denise Araújo da Silva com o projeto “produção de Biofertilizante Utilizando Resíduos de Pescados e Plantas Aquáticas como Fonte de Renda para Mulheres Pescadoras Artesanais na Cidade de Piranhas” e de Penedo, onde o professor Felipe Thiago Caldeira realizará o estudo "Aspectos Socioeconômicos e Ambientais da Pesca Artesanal na Região da Foz do Rio São Francisco: A conexão do conhecimento tradicional e científico na atividade pesqueira no Município de Piaçabuçu".
De Satuba, o projeto "Invasão do Mytilopsis sallei (Sururu Branco) no Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba – CELMM sob a Perspectiva dos Pescadores" será coordenado pelo do professor Daniel de Magalhães Araújo e em Batalha, o estudo "Diagnóstico dos Processos de Captura, Pós-Captura e Comercialização do Camarão Pitu, no Município de Belo Monte, Alagoas", contará com liderança do professor José Ribeiro da Silva.