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Ifal se insere no mundo da produção de aplicativos que geram soluções sociais

publicado: 06/11/2015 12h10, última modificação: 12/11/2015 17h00
Exibir carrossel de imagens Gerônimo Vicente Aplicativo premiado no Congresso Brasileiro de Informática na Educação

Aplicativo premiado no Congresso Brasileiro de Informática na Educação

Até pouco tempo, criar um software nos laboratórios dos campi do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) significava, apenas, mais um experimento de alunos a fim aprofundar o conhecimento em uma disciplina de um curso técnico ou tecnologia da instituição federal de ensino. Da curiosidade dos estudantes, surgiram projetos que, hoje, despontam mundo afora como contribuição efetiva para facilitar a vida da sociedade. Foi assim que o Ifal se tornou referência no estado de Alagoas, no desenvolvimento de aplicativos de informação voltados para fins sociais.

Dois desses aplicativos ganharam dimensões que, durante sua concepção, não estavam dentro das expectativas de seus autores. São eles o Hemobanco, absorvido pelo Governo de Alagoas e que fez subir os doadores de sangue no estado e o ABC Autismo, o primeiro, produzido no Ifal, a ter propriedade intelectual registrada. Ambos foram premiados em eventos acadêmicos realizado no país e no exterior.

Contudo, a febre de aplicativos no instituto demonstra estar apenas começando,  porque trabalhos com características de tecnologia social,  estão sendo criados e devem ser aperfeiçoados nos próximos anos para terem o mesmo destino de seus “primos famosos” (Hemobanco e ABC Autismo).

                O 4º Congresso Brasileiro de Informática na Educação e 5ª Conferência Latino-Americana de Tecnologia e Objetos de Aprendizagem, eventos realizados de 26 a 30 de outubro e que reuniram pesquisadores nacionais e internacionais, professores e estudantes de todo o país, em Maceió, serviram como base de decolagem para esses novos projetos. Em quatro dias, o estande do Ifal foi um dos mais visitados nos eventos e o que despertou a atenção dos visitantes foi a tendência inovadora dos trabalhos apresentados pelos alunos.

Um desses aplicativos tem como autor o aluno Bruno Eduardo, do Campus do Ifal em Arapiraca que, orientado pelo professor Maurício Dias, desenvolveu um programa educativo para a TV digital interativa por meio das linguagens de programação NCL-LUA.  Chamado de Lab virtual, o aplicativo pode ser utilizado, associado a uma TV de plasma ou Led e associada aos canais por assinaturas de interatividade.

- O aplicativo funciona a partir da conexão da TV na internet, sintonizada, a partir do ícone e interatividade, representado pelo botão vermelho do controle remoto. “Ao tempo em que o telespectador assiste à programação normal, pode estudar uma disciplina, fazer exercícios e interagir com o professor”, explicou Bruno Eduardo.

O estudante pretende expandir a ação para novas plataformas como,  a utilização em smartphones, porém, antes, o foco é na TV digital. No momento da demonstração, o aluno deu exemplo da Lei de Mendel, como assunto de Biologia. “No momento em que o aluno assiste a um canal, ele pode responder as questões enviadas pelo professor, estudar o assunto do dia, interagir com os colegas sobre a disciplina”. Tudo isso em frente à TV e sem perder seu programa favorito.

Com foco, exclusivo para os canais de interatividade na televisão, o projeto deve ser ampliado, em breve para a comunicação móvel, por meio dos smartphones e tablets,  informou Bruno Eduardo.

Nutrição total (vídeo)

O aplicativo desenvolvido pelos estudantes Murilo Fonseca, Victor Aurélio e Lucas Lima do curso técnico de Informática do Campus Maceió, sob a orientação do professor Edson Camilo,   modernizou o sistema de cadastramento nutricional e de alimentação da unidade de ensino do Ifal na capital alagoana ao acabar com as filas e o desperdício de alimentos. Por meio do programa, que pode ser acompanhado em qualquer equipamento com acesso à internet, os alunos têm conhecimento do cardápio oferecido pelo refeitório. 

O aluno Lucas Lima explicou que, antes eram feitas 500 refeições para 300 alunos e havia uma sobra de 200 pratos.  “Havia filas para se conseguir uma ficha para comer no dia seguinte. A nutricionista realizava todo o cadastro de forma manual. Hoje, cada aluno sabe qual será o cardápio na semana seguinte  e há ficha individual”, explicou.

O aplicativo passou a auxiliar nas funções básicas do refeitório e controla os comensais cadastrados no sistema ao dispor da interação entre a equipe de nutrição do campus  com os alunos. O agendamento dos comensais também é outro fator significativo no  projeto dos alunos. Outra evolução destacada pelos alunos no aplicativo foi a sugestão dadas pelos alunos. “Antes foi disposto um caderno para sugestões que,  um ano depois,  ficou em branco. Agora, pelo próprio telefone celular, os cadastrados podem dar sugestões sobre o serviço”, ressaltou  Lucas.

Após a publicação desta reportagem, o aluno Murilo Fonseca, um dos desenvolvedores do aplicativo, enviou-nos mensagem na qual retifica e acrescenta outras informações. "No IFAL, são disponibilizadas 500 almoços, por exemplo. Parte dessas refeições são disponibilizadas para os alunos que recebem algum benefício alimentício do IFAL e os que "sobram" são remanejados pra turmas que tiveram pessoas que pagam pela refeição, reposição de aula no turno contrário ou outras situações semelhantes. Caso ainda assim "sobrem" almoços, esses são liberados para os alunos que quiserem almoçar no Instituto, evitando que os almoços restantes sejam desperdiçados", declarou o estudante. 

Com o uso do aplicativo, a nutricionista responsável tem a informação de quantas pessoas que possuem o benefício irão almoçar em determinado dia e, consequentemente, de quantos almoços serão remanejados. Sendo o aplicativo aplicado em outra instituição e essa preparando as refeições por demanda, a quantidade de almoços podem ser ajustadas de acordo com o número de agendamentos realizados pelos comensais de seu refeitório, evitando assim o desperdício de comida!

Doe Mais (vídeo)

O aplicativo premiado no Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação, o Hemobanco virou o ‘xodó’ do governo do Estado nas áreas de saúde e tecnologia ao ganhar suporte das secretarias de Ciências e Inovação e Saúde e passar a se chamar Doe Mais. Como produto  da parceria Ifal e estado, a ferramenta foi lançada no mês passado  mas, da concepção até a praticidade  em promover o aumento de estoque de  sangue nos hemocentros,  já se vão cerca de quatro anos  de atividade. Segundo o professor  e coordenador do projeto Marcílio Ferreira, o projeto de pesquisa  tem caráter de tecnologia social por sua  grande utilidade em abastecer os bancos de sangue do Estado. “O aplicativo aproxima os doadores, por meio de rede de contatos que visualizarão as campanhas de doação de sangue, de forma que todas as pessoas conectadas  vão ser notificadas para  ajudar a outra que precisa de certo tipo sanguíneo”, destacou. Em princípio, o aplicativo funciona na plataforma Android e o objetivo é atender o público jovem que usa telefone celular e que não tem a  pratica de doação de sangue.

ABC Autismo (vídeo)

O aplicativo se tornou carro-chefe de todas as aplicações desenvolvidas no Ifal. Foi pioneiro na concepção e o primeiro a conquistar a certificação de  propriedade intelectual e a receber premiação nacional e internacional. Trata-se de um projeto de pesquisa dos alunos do curso de Sistema de Informação do Campus Maceió que já é reconhecido em países como os Estados Unidos, Itália e França. O ABC Autismo obteve o primeiro lugar na categoria produto

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