Notícias
Ifal se destaca na Eficiência Acadêmica dos Institutos Federais do Nordeste
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) comemora um avanço considerável nos indicadores de Eficiência Acadêmica mensurados pela Plataforma Nilo Peçanha (PNP). Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) apresentou os dados da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica referentes ao ano-base 2024. O Ifal se destacou na Eficiência Acadêmica entre os Institutos Federais do Nordeste e entre as instituições em geral.
“Diminuímos a retenção, reduzimos a evasão escolar e aumentamos a conclusão. Tivemos a maior Eficiência Acadêmica do Nordeste. É um resultado inédito”, celebra o reitor, professor Carlos Guedes. O procurador Educacional Institucional, Altemir Secco, que acompanha os dados da plataforma, explica que o índice de Eficiência Acadêmica é considerado o principal indicador acadêmico, resultado da combinação desses outros três indicadores citados pelo reitor. “Esse índice representa a capacidade da instituição de certificar estudantes em relação ao seu total de matrículas, em determinado ciclo. Na edição da PNP 2025, ano-base 2024, o Ifal apresentou Eficiência Acadêmica de 60,49%, sendo o maior índice desde a primeira edição da PNP, em 2017”, destacou Altemir Secco.
Com base nos dados de 2024, a PNP mostra que o percentual de conclusão dos estudantes do Ifal foi de 55,21%; o de evasão foi de 36,06% e o de retenção de ciclo foi de 8,73%. No ano anterior, o índice de Eficiência Acadêmica foi de 53,50%, quando 48,27% dos estudantes concluíram o ciclo; o índice de evasão foi de 41,95%; e a retenção foi de 9,78%.
A pró-reitora de Ensino, Cledilma Costa, afirma que o resultado reflete o trabalho conjunto dos servidores que atuam nos campi e também de forma sistêmica no Ifal. “Como consequência, mais estudantes têm conseguido concluir seus cursos com êxito. O resultado evidencia o esforço contínuo de nossa instituição, ao longo dos últimos anos, no sentido de atenuar os impactos das vulnerabilidades socioeconômicas que afetam significativamente nossas/os estudantes”.
Políticas institucionais
Para o reitor Carlos Guedes, esses dados são consequência e um reforço para o desenvolvimento de ações vinculadas à missão do Ifal, de promover educação de qualidade, social, pública, gratuita, inclusiva e indissociável entre o ensino, a pesquisa e a extensão. “Esse incentivo e essa promoção que nós fazemos da extensão e da pesquisa fomentam, na verdade, o alcance do principal objetivo estratégico, que é o de assegurar aos nossos estudantes condições de acesso, de permanência e conclusão com êxito, para ajudar a transformar a vida das pessoas que mais precisam”, ressalta o gestor.
Cledilma Costa complementa que as ações são planejadas e desenvolvidas de acordo com as especificidades de cada campus, guiadas por diretrizes das políticas institucionais, como:
“O fortalecimento da política da Assistência estudantil, por meio dos diversos programas que buscam atender às demandas de alimentação escolar, transporte escolar, saúde mental, acolhimento das/os filhas/os das/os estudantes, dentre outras demandas estudantis necessárias ao acesso, à permanência e à conclusão; o fomento das ações de diversidade e de inclusão, a partir da atuação do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi) e do Núcleo de Gênero, Diversidade e Sexualidade (Nugedis); o atendimento das demandas de estudantes com necessidades específicas com a contratação de profissionais de atendimento especializado; a oferta de programas de monitoria e de suporte de aprendizagem para os/as estudantes ingressantes; o acompanhamento do percurso das/os estudantes desde seu ingresso até a sua conclusão por meio do sistema Trilha do Discente; o investimento em tecnologias digitais a exemplo de biblioteca e laboratórios virtuais; o estabelecimento de parcerias com prefeituras locais e circunvizinhas para a disponibilização de transporte; a realização de acompanhamento permanente do desempenho das/os estudantes; o incentivo a realização de práticas extensionistas integradas ao currículo; a busca ativa das/os estudantes com baixa frequência em sala de aula; a formação pedagógica em serviço para docentes e equipe técnico-pedagógica; a promoção da integração e o diálogo permanente família-escola; o lançamento de editais de projetos de ensino com foco na recuperação da aprendizagem e educação colaborativa; a realização de formação em serviço para as coordenações de curso; apoio e fomento a programa de iniciação à docência”, lista a pró-reitora.
E por meio da análise dos dados publicados pela PNP, Cledilma Costa explica que a instituição atua na (re)construção das políticas institucionais. “Dentre essas políticas, destacamos o início do processo de atualização do Plano Estratégico Institucional de Permanência e Êxito das/os Estudantes do Ifal, a partir da recomposição das comissões locais que irão desenvolver seus trabalhos no sentido de identificar as causas de evasão e de retenção. Além de propor novas ações administrativas e pedagógicas para ampliar as possibilidades de permanência e êxito dos/as estudantes, atendendo, assim, ao princípio da democratização do ensino”.
Indicadores da Rede Federal
A atualização e os novos dados da Plataforma Nilo Peçanha foram divulgados pelo MEC no 2º Encontro Anual sobre Transparência Ativa e Indicadores da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, em Brasília, nos dias 6 e 7 de maio.
De acordo com o MEC, a PNP é um ambiente virtual de coleta, validação e disseminação das estatísticas oficiais, atuando como um observatório de dados e informações da Rede Federal desde 2018 (ano-base 2017). Além dos indicadores acadêmicos, a plataforma também apresenta indicadores de gestão e dados orçamentários da Rede Federal.
