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Ifal recebe sete servidores readmitidos no Serviço Público Federal
Servidores mostram documento que autoriza a volta ao Serviço Público Federal
Um amargura que durou 26 anos se transformou em um momento de alegria na manhã desta sexta-feira (18) para José Zildo Vilela Pereira, Célio da Silva Nascimento, Antônio Soares de Lima, Francisco Henrique dos Santos, Domingos Antônio da Silva e Carlizon Santos. São servidores da ex- RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A) que foram reintegrados ao Serviço Público Federal e absorvidos pelo Instituto Federal de Alagoas. Eles foram demitidos no governo do presidente Fernando Collor de Mello, em 1991 com a extinção da empresa estatal.
Os servidores foram lotados em campi do Ifal, onde exercerão atividades compatíveis com os cargos que possuíam à época do processo de desligamento do serviço público. “Essas duas décadas foram de muita angústia, onde procuramos buscar alternativas de emprego para sustentar a família”, disse Carlizon Santos, um dos beneficiados com a decisão.
Segundo o assessor executivo do Ifal, Maurício Pereira, a volta dos servidores às atividades atende a um acordo firmado entre o Instituto Federal de Alagoas e o Ministério dos Transportes ao qual os readmitidos são vinculados e pelo qual eles receberão seus vencimentos.
O reitor-substituto Wellington Spencer recepcionou os novos integrantes do quadro funcional do Ifal e fez uma apresentação da instituição de ensino. “Temos alguns campus que funcionam em sedes provisórias, mas nos próximos meses começam a ser entregues alguns prédios próprios que garantirão melhores condições de trabalho a vocês”, ressaltou.
Amarga lembrança
Uma decisão da equipe econômica do governo federal, em 1991, resultou no corte obrigatório de um percentual de 30% no quadro de servidores de todos os órgãos federais do país. Ao mesmo tempo, empresas públicas, administradas sob o regime celetista, foram extintas e a RFFSA foi uma delas. No governo de Itamar Franco, foi criada a Lei 8.878/94, que concedia anistia aos servidores públicos exonerados ou demitidos irregularmente entre 1990 e 1992 e que previa a volta de todos.Porém no governo seguinte, do presidente Fernando Henrique Cardoso, a medida que beneficiava os servidores foi suspensa.
Uma comissão especial foi criada em 2004 pelo presidente Lula para analisar todos os casos de demissão e resultou dos servidores à União.