Notícias
Ifal promove Mostra dos Projetos de Ensino 2024
Por Samuel Pontes, estagiário de Jornalismo*
O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) promoveu, nesta última sexta-feira (12) de setembro, a Mostra dos Projetos de Ensino 2024, realizada na modalidade remota. O evento reuniu docentes, estudantes e técnicos/as da instituição em um espaço de partilha de experiências pedagógicas e apresentação de trabalhos realizados no âmbito dos Projetos de Ensino para a recuperação da aprendizagem e dos Projetos de Ensino para a aprendizagem colaborativa.
A presidente da Comissão de Projetos de Ensino, profa. Patrícia Borsato, destacou a importante participação dos Técnicos em Assuntos Educacionais (TAEs) da Proen, responsáveis pela implementação e fortalecimento dos projetos de ensino, “pois são fruto de um esforço coletivo e têm se consolidado como ferramenta essencial para o ensino no no Ifal”, pontuou. Também ressaltou o protagonismo das/os dirigentes de Ensino e das/os coordenadoras/es pedagógicos na execução dos projetos nos campi.
Ainda na abertura, a Pró-Reitora de Ensino, profa. Cledilma Ferreira Costa, ressaltou a importância da consolidação dos projetos como política institucional e anunciou a novidade de que em breve serão lançados os Cadernos de Ensino da Proen. “Será um espaço de publicação para que os projetos de ensino também possam alcançar maior visibilidade e servir de inspiração para outras práticas pedagógicas”, explica.
No encerramento do evento, o compromisso do Ifal em estimular práticas pedagógicas criativas, inclusivas e alinhadas às demandas da Educação Profissional e Tecnológica foi reforçado
5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica 
Entre os projetos apresentados, dois foram selecionados para representar o Ifal na 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), que será realizado em Brasília, no período de 7 a 9 de outubro de 2025, ‘’Geminó’: um domínio como ferramenta para aprendizagem de genética" e "Atlas audiodescritivo de anatomia esquelética comparada", ambos desenvolvidos no Campus Maceió.
O primeiro foi desenvolvido pelo professor Ebenézer Bernardes Correia Silva e apresentado pela aluna Alana Letícia Melo dos Santos. A proposta trabalha conceitos básicos da genética molecular, que é a estrutura tridimensional do DNA, a principal molécula da hereditariedade. Para aplicar a teoria, eles utilizaram um dominó tradicional, onde as peças são coladas.
As peças correspondem às bases nitrogenadas (Adenina, Timina, Guanina, Citosina e Uracila), pentoses (ribose e desoxirribose). Cada pareamento precisa ser correto para liberar as peças das mãos até ser o primeiro a ficar sem nenhuma. Com a continuidade do jogo, rapidamente os jogadores aprendem os pareamentos corretos e compreendem um assunto complexo devido ao diminuto tamanho dos átomos que torna a estrutura menos abstrata e facilmente compreensível.
‘’O conhecimento da estrutura do DNA trás consigo uma informação básica para o entendimento de como este DNA é utilizado de forma prática em muitos desenvolvimentos científicos atuais, como nas áreas de sequenciamento, genômica, doenças genéticas e Biotecnologia, atuando na divulgação científica e popularização da ciência’’, destacou o professor Ebenézer.
Atlas audiodescritivo de anatomia esquelética comparada
O segundo projeto selecionado foi o “Atlas audiodescritivo de anatomia esquelética comparada”, produzido pela professora Karina Dias Alves e apresentado pela estudante Estefanir Monteiro de Oliveira.
A docente explicou que o projeto nasceu ao perceber a carência de recursos inovadores para o ensino de Anatomia Comparada, disciplina ministrada para estudantes de Licenciatura em Ciências Biológicas, e a preocupação em usar recursos que atendam de forma inclusiva os alunos PCDs.
“A atenção para com os PCDs vem sendo cada vez mais trabalhada e se transformando em ideias mais elaboradas, que são usadas em projetos trabalhados em sala de aula e na participação em editais institucionais. O objetivo geral desta proposta foi promover a acessibilidade e a inclusão de estudantes com deficiências audiovisuais no estudo da disciplina”, ressaltou Karina.
A proposta se justifica e é respaldada por estudos que comprovam que recursos digitais facilitam o processo de aprendizagem de indivíduos com déficit de atenção, intelectual, TDAH, autismo, dislexia, além de idosos e pessoas sem deficiência.
Karina conta que a versão final do projeto foi considerada acessível, com feedback positivo para a validação do conteúdo. Além disso, os materiais complementares como audiolivro, versão em Braille e QR codes foram projetados para a inclusão no ensino e no processo de aprendizagem.
A professora agradeceu à Pró-Reitoria de Ensino (Proen) por lançar editais de projetos de ensino que permitam aos docentes experimentar, criar e elaborar de forma colaborativa com os estudantes da graduação.
“Esses recursos inovadores mostram o grande potencial dos estudantes brasileiros quando estimulados com a disponibilização de uma educação pública, gratuita e de qualidade. E isso deixa clara a grande importância dos Institutos Federais no contexto das bases educacionais do nosso país”, concluiu.
*Sob a supervisão de Jhonathan Pino, jornalista.
