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Ifal na Bienal recebe projetos de Física e exposição sobre descarte de lixo eletrônico
Nesta quarta-feira (05), o estande do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) na 11ª Bienal Internacional do Livro foi representado pelos projetos de Física "Brilhantemente: Inspirado Meninas e Mulheres em STEM por meio da Física Estatística Aplicada à Neurociência" e "Polo olímpico de Astronomia e Astronáutica" do Campus Satuba, e pela exposição do programa “E-lixo zero: Recuperando Saberes e o Planeta" do Campus Viçosa.
BrilhanteMente e Polo Olímpico de Astronomia e Astronáutica
A professora e pesquisadora Ana Paula Perdigão relatou que o BrilhanteMente é um projeto aprovado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e que recebeu R$ 500 mil do MEC para apoio das atividades, que conta com 27 bolsistas, sendo 7 alunas da unidade de Satuba. Ela explicou que a pesquisa utiliza a Física Estatística para prever quais pacientes podem ou não desenvolver o Mal de Alzheimer no futuro. O estudo utiliza dados de hospitais da Espanha e se vale dessas informações para calcular estatisticamente os dados e, assim, prever quais pacientes podem desenvolver Alzheimer, “Neste momento, as alunas reproduziram uma tese de doutorado. O próximo passo é coletar novos dados e analisar esses novos pacientes, e talvez no próximo ano já tenhamos uma publicação”, afirmou Ana Paula.
A iniciativa visa empoderar meninas e incentivá-las para as áreas de ciências, principalmente na área de Física, priorizando estudantes de baixa classe social e minorias raciais. A aluna Emilly Silva, do curso de Agropecuária, conta que participar do projeto proporcionou o acesso à educação de nível superior.
“Mesmo eu estando no 1º ano do ensino médio, estou tendo imersão com a faculdade, e a gente também vai para a Ufal na maioria das vezes. Além disso, o impacto é que o projeto não é só sobre conhecimento científico; ele aborda a mulher, a dificuldade de ser uma mulher em uma carreira nas ciências, que a gente sabe que ainda é um ambiente muito masculino. Aborda também a trajetória da carreira, gênero, raça, classe social, feminismo, capacitismo, maternidade, saúde mental, assédio, e diversas outras questões. Estar em contato com mulheres que te inspiram é fundamental”, explicou a aluna.
O outro projeto, denominado "Polo Astronomia e Astronáutica", é uma iniciativa do MEC, que venceu um edital em 1º lugar entre os Institutos Federais, o que proporcionou R$ 70 mil em equipamentos e bolsas para estudantes e colaboradores. Isso permitiu ampliar o que era antes apenas um clube de Astronomia em um polo oficializado. Ana Paula contou que o projeto realiza cursos de formação para professores, participação em eventos, pesquisas, e cursos de formação para Olimpíadas de Astronomia e de Foguetes, nas escolas públicas e particulares da região. Destacado como um dos maiores resultados do programa foi a produção de um livro que está prestes a ser publicado.
“É um livro inovador, não há nada parecido na literatura, que explica tanto para o professor quanto para o aluno como participar das Olimpíadas. Tem provas anteriores dessas Olimpíadas de Astronomia e de Foguetes, ensinamos como montar os foguetes e temos vinte experimentos de baixo custo em Astronomia, são todos experimentos de fácil acesso e com materiais baratinhos”, completou a docente.
E-lixo Zero: Recuperando Saberes e o Planeta
O projeto "E-Lixo Zero: Recuperando Saberes e o Planeta", do campus Viçosa, propõe uma iniciativa pedagógica inovadora, alinhada ao edital da Pró-Reitoria de Ensino (Proen), focada na recuperação da aprendizagem de estudantes da educação básica. Para isso, utiliza a problemática do descarte incorreto de lixo eletrônico (e-lixo) como tema central. O projeto visa aprimorar o desenvolvimento de saberes essenciais, promovendo a conscientização ambiental e o engajamento cidadão.
Na Bienal, os estudantes tiveram a oportunidade de conscientizar o público sobre o descarte eletrônico e seus impactos ambientais. Durante a exposição, foram mostradas as ações do projeto e a atividade interativa com quebra-cabeças que ensinavam os participantes a diferenciar o lixo eletrônico do lixo convencional, reforçando a importância da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental.
O professor Jonathan Lisboa falou sobre as expectativas para o projeto. Ele explicou que a primeira fase consiste em realizar um levantamento bibliográfico a respeito do descarte correto, unindo diversas áreas de conhecimento.“Na segunda parte do projeto, iremos reciclar esses materiais e produzir novos, como o reaproveitamento de equipamentos tecnológicos”, afirmou o docente. Ele completou que o Campus Ifal Viçosa será um ponto de coleta, recebendo materiais como pilhas, placas, computadores e smartphones, entre outros.
* sob a supervisão de Adriana Thiara Oliveira
