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Ifal leva excelência em projetos inovadores durante a 5ª Semana EPT

Educação, Saúde e Tecnologia as áreas das iniciativas alagoanas expostas no evento
por Adriana Thiara Oliveira publicado: 08/10/2025 13h27, última modificação: 09/10/2025 14h47

O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) participa da 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (SNEPT), em Brasília, e nesta edição além de apresentar oito projetos que unem tecnologia de ponta, sustentabilidade, impacto social, monitoramento esportivo e inclusão de pessoas com deficiência visual, o Ifal evidencia sua maturidade científica, tecnológica e inovadora com as iniciativas selecionadas.

São iniciativas que reúnem Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, expressando o compromisso do Ifal com uma formação integral, integrada, conectada às realidades locais e aos desafios contemporâneos. Cada projeto é fruto da dedicação de discentes, docentes e servidores/as que acreditam no conhecimento como caminho de emancipação e no fazer coletivo como motor de transformação social.

O reitor do Ifal, Carlos Guedes, que lidera a comitiva de 20 pessoas nesta edição da Semana, destaca que a presença do Ifal reflete a força da comunidade acadêmica e a potência transformadora da educação pública. “Temos orgulho de ver o Ifal cada vez mais maduro e isso vem ampliando o reconhecimento social da nossa Instituição, que nesta Semana EPT mostra os projetos de ensino, pesquisa, extensão tecnológica, empreendedorismo e  inovação por meio da integração de estudantes e profissionais”.

Para a pró-reitora de ensino do Ifal, Cledilma Costa, participar deste movimento nacional é uma forma de reafirmar a missão institucional do Ifal de promover uma educação pública, gratuita, inclusiva, afirmativa e de qualidade socialmente referenciada, comprometida com o desenvolvimento humano e com a construção de um futuro mais justo e sustentável, para todas as pessoas. “Seguimos, com orgulho e esperança, fortalecendo o ensino, compartilhando saberes e renovando diariamente o propósito de transformar vidas por meio da educação”.

Segundo Eunice Palmeira, pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação, a Semana da Educação Profissional é um evento já consolidado na Rede Federal, que oferece um espaço para a divulgação dos resultados dos projetos desenvolvidos pelas instituições da Rede Federal. “O Ifal tem estado presente em todas as edições, reafirmando seu compromisso com a formação integral dos estudantes e com a valorização da pesquisa, do ensino e da extensão. É um momento em que o estudante assume o protagonismo, compartilha suas descobertas científicas e tecnológicas, aprende com as experiências de outras instituições e se inspira pela sua trajetória acadêmica e de vida”.

O pró-reitor de Extensão do Ifal, Gilberto Neto, destacou a participação da extensão no evento. “Durante a 5ª Semana de Educação Profissional e Tecnológica, apresentamos a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária do IFAL, reforçando o papel da Extensão na produção de tecnologias sociais que transformam realidades com inclusão e compromisso”.

Projetos do Ifal na SNEPT

O Ifal está na 5ª Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica com oito projetos, 12 estudantes e três orientadoras/es expondo os projetos de sete campi - Benedito Bentes, Maceió, Maragogi,  Marechal Deodoro, Santana do Ipanema, Satuba e Viçosa.

Os projetos do IFAL na 5ª SNEPT demonstram o papel fundamental da Educação Profissional e Tecnológica no desenvolvimento de Alagoas, consolidando a instituição como um polo de inovação juvenil e soluções práticas.

Tecnologia a Serviço da Saúde e do Esporte

Do litoral norte à capital, as/os discentes do Ifal estão propondo soluções práticas para desafios cotidianos.

O campus Maragogi trouxe o "RoboFit", uma iniciativa dos estudantes Maxsuel Victor e Luiz Henrique, sob a orientação do professor Cassiano Henrique de Albuquerque, que utiliza kits LEGO® Spike Prime para desenvolver dispositivos robóticos de baixo custo capazes de mensurar velocidade e salto vertical. O projeto, que já validou seus protótipos em ambiente escolar, democratiza a avaliação do desempenho físico.

Em Marechal Deodoro, as armadilhas se tornam aliadas da saúde pública. As estudantes Maria Eloisa e Pedro Vitor desenvolveram as "Armadilhas DIY Ativas para Mosquitos". Com foco na acessibilidade, o projeto utiliza materiais de baixo custo e atrativos luminosos para captura eficaz de mosquitos transmissores de doenças. O público na SNEPT foi convidado a aprender a replicar o modelo em suas próprias comunidades, reforçando a ideia de ciência cidadã. ”Tem sido muito legal apresentar o trabalho que nos esforçamos muito para construir”, comentou a estudante Maria Eloisa.

Já em Santana do Ipanema, o foco é a segurança domiciliar dos idosos. O "BemVô+", idealizado por Vinicius Silva e Haniel Apolinário, sob a orientação do professor Rafael da Silva Rocha Almeida, é um relógio assistivo com botão SOS de fácil acesso. Construído com plástico reciclado em impressão 3D, o dispositivo aciona um alarme sonoro e prevê o futuro envio de alertas a unidades de saúde, unindo tecnologia, sustentabilidade e inclusão social.

Inclusão e metodologias inovadoras na Educação

Estefanir Monteiro, do Campus Maceió, apresentou o "Atlas Audiodescritivo de Anatomia Esquelética Comparada". O projeto visa promover a inclusão de estudantes com deficiência visual no ensino de uma disciplina de alta complexidade. O atlas final, validado por estudantes com deficiência visual e o Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), inclui audiolivro, versão em Braille e QR Codes, garantindo uma experiência educacional igualitária.

Para Karina Dias, orientadora do projeto, a iniciativa está baseada numa ação de ensino com perspectiva inovadora, visando a realização de uma melhor aprendizagem e produção de recursos que possam ser utilizados na perspectiva de educação inclusiva. “Estamos fazendo articulações com outros IFs para atuar em parceria em prol da inclusão”.

Também no campus Maceió, Alana Letícia, sob a orientação do professor  Ebenézer Bernardes Correia Silva, utilizou o lúdico para facilitar a aprendizagem de Genética. O "Geminó" é um dominó didático que transforma a estrutura dos ácidos nucleicos em um jogo de fácil assimilação. A metodologia ativa já demonstrou resultados na fixação do conteúdo em sala de aula, comprovando que o aprendizado prazeroso é mais eficaz.

Do campus Benedito Bentes, as estudantes Sarah Elisa e Alexia Lopes, sob a orientação do professor Ricardo Ribeiro e da professora Priscylla Silva, focaram na gestão da qualidade educacional. O projeto "EduQual+" desenvolveu uma plataforma tecnológica (web e móvel) para avaliação da qualidade dos serviços educacionais na Educação Profissional Técnica. O sistema coleta e analisa a percepção discente em tempo real, preenchendo uma lacuna histórica na avaliação do ensino técnico no país. “Está na Semana EPT é muito gratificante e muito bom para nosso desenvolvimento profissional, conhecemos muitas pessoas e interagimos bastante". comentaram Sarah Elisa e Alexia Lopes.

Ciência, Inovação e Desenvolvimento Sustentável

A estudante Yasmim Sabrina, sob a orientação do professor Davi Carnaúba de Lima Vieira, do campus Satuba, levou a paixão pela física e pela engenharia com o "Desenvolvimento de Kit Didático para Foguetes Educativos". O kit modular integra sensores para medir altitude e aceleração, unindo robótica e programação em uma ferramenta inovadora de ensino, com potencial para competições como a MOBFOG. “Estou feliz com a oportunidade porque apresentamos nossa ideia para pessoas importantes da Educação, como o ministro Camilo Santana”, contou entusiasmada Yasmim Sabrina.

Fechando o leque de iniciativas de impacto, o campus Viçosa destacou a "Incubadora Tecnológica de Economia Solidária do Ifal (Ecosol)", com a discente Maila Celly. O projeto visa o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento de empreendimentos solidários por meio de capacitação e assessoria técnica. Há núcleos instalados em 12 campi e até o ano de 2024 foram iniciados ou continuados 16 processos de incubação, por meio de 27 projetos entre Ensino, Pesquisa e Extensão, envolvendo 61 servidores, 34 estudantes e alcançando cerca de 500 pessoas das comunidades assessoradas.

Segundo a orientadora do projeto, Beatriz Melo, participar da Semana é uma oportunidade importante para destacar as diversas tecnologias sociais gestadas pelos núcleos de Economia Solidária do IFAL nos contextos de incubação de grupos populares produzindo coletivamente.