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Ifal lança obras coletivas das pós e difunde atividades extensionistas em Bienal do Livro

Experiências na docência, turismo inclusivo e oficina de bordado foram abertas à comunidade

por Jhonathan Pino publicado: 19/08/2023 13h02, última modificação: 19/08/2023 13h02

Ao longo dos últimos dias, quem visitou a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, teve a oportunidade de conhecer atividades desenvolvidas por servidores e alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) em todas as regiões do estado. O estande foi local para o intercâmbio de projetos voltados ao empreendedorismo, de incentivo à leitura, turismo inclusivo e de lançamentos de obras que reúnem pesquisas de diferentes pós-graduações da instituição.

Na quinta-feira (17) houve o lançamento da Coleção Luiz Sávio de Almeida, que reúne investigações produzidas por alunos da pós-graduação em História de Alagoas. Na obra, fruto de uma parceria da EdUneal e o Ifal, há discussões críticas de temas como a escrita da história indígena, o desenvolvimento econômico e cultural de Alagoas, as narrativas produzidas sobre a população negra alagoana.Obra traz melhores trabalhos de conclusão de curso da pós em História de Alagoas.JPG

 “Ela surgiu inicialmente como provocação do professor Sávio de Almeida, que foi professor do curso e um dos provocadores para que nós construíssemos a especialização. A ideia era que a cada ano lançássemos um livro que reunisse os melhores trabalhos produzidos por cada turma. Hoje estamos concretizando o sonho de publicar o primeiro volume dessa coleção, e ao mesmo tempo, divulgar o que se produz na pós-graduação”, lembra Amaro Leite

A pós em História de Alagoas nasceu a partir de uma reunião de professores de Ciências Humanas do Ifal, além de alguns professores convidados, externos à instituição, que tinham o interesse comum de montar um curso que tivesse a cara do povo alagoano.

“Por isso a gente construiu três eixos, um deles voltado à História e cultura dos povos indígenas e afro-brasileiros de Alagoas; outro ao Trabalho, periferia e sociedade, e o outro ao Poder, gênero e sociedade. A ideia é que esse curso representasse a trajetória de resistência e de luta do povo alagoano”, salienta Amaro.

Obra reúne relatos de docentes do Ifal, na prática profissional de cursos agrícolas do Ifal.JPGOutra obra produzida a partir de resultados de pesquisa desenvolvidos por alunos de uma pós, “Diferentes abordagens Educativas na Educação Profissional”, foi lançada nesta sexta-feira (18). Ela foi organizada pelos professores da Especialização em Docência na Educação Profissional, José Ribeiro da Silva e Manoel Santos da Silva que reuniram alguns dos registros de experiências de professores participantes da pós em seu exercício profissional.

“O livro reúne oito experiências de professores, a maioria bacharéis das áreas agrícolas. São artigos de professores dos campi Batalha, Santana do Ipanema e Satuba, que por meio de suas atividades em cada curso, buscam desenvolver nos sujeitos o senso crítico, de forma humana e integral. São trabalhos desenvolvidos a partir da perspectiva da indissociabilidade entre a pesquisa, o ensino e a extensão”, comentou Manoel Santos.Renata Correia, da Unit, Valéria Montes, do Ifal, apresentam projeto desenvolvido em parceria, voltado ao turismo inclusivo.JPG

Inclusão e empreendedorismo

O estande do Ifal ainda foi local para reflexões sobre práticas do Turismo Inclusivo ao Autista, oficina que apresentou as possibilidades e especificidades de acessibilidade às pessoas autistas. A iniciativa é parceria entre as professoras Valéria Montes, do Ifal, e Renata Correia dos Santos, da Universidade Tiradentes (Unit) e contou com profissionais do Resort Pratagy, que levaram a experiência de uma empresa do setor, que possui o selo Amiga do Autista.

“Durante a oficina de Turismo Inclusivo ao Autista, foi apresentado alguns pontos primordiais para que no universo do Turismo e Hotelaria os profissionais estejam capacitados para incluir a Pessoa com Espectro Autista, bem como foram pontuadas estratégias de inclusão social que envolvem o lazer para melhoria da qualidade de vida do Autista e seus familiares. Uma sociedade inclusiva, precisa de conhecimento, todos nós temos um papel fundamental nessa construção”, salientou Valéria Montes.Ariane Pita e Arivânia Pita ministram oficina Verso entre linhas de algodão.JPG

Também do Campus Maceió, a professora Juliana Aguiar, do curso de Artesanato, convidou as artesãs, Ariane Pita e Arivânia Pita, do município de Barra de São Miguel, para passar parte de seus conhecimentos e trocar experiências com os frequentadores da Bienal, a partir do ponto-cruz. Mãe e filha ministraram a oficina “Verso entre linhas de algodão”, e estimularam os participantes a bordar de forma coletiva um livro de um verso só.

“A proposta da oficina é trazer o universo da literatura que Bienal traz para o bordado de papel e estimular o pensamento sobre o que é a leitura e fazer as pessoas bordarem uma palavra do que significa isso para elas”, pontuou Ariane que também compartilha suas experiências a partir do perfil no Instagram @bordelie.al.Alunos do Campus Santana do Ipanema conheceram e refeletiram sobre as oportunidades de negócio e difusão cultural da Bienal.jpg

Do Campus Santana do Ipanema, vieram alunos do curso Técnico em Administração, para visitar a Bienal e conhecer na prática algumas iniciativas de negócios desenvolvidas ali. O professor Jacques Santos ainda aproveitou o espaço do Ifal para apresentar à comunidade o “Projeto Minha vida é um negócio: Educação Empreendedora para transformação social”, que vem desenvolvendo na unidade do Sertão Alagoano.

“É muito importante fazer com que os estudantes percebam que a Bienal é muito mais que um evento cultural, ela é uma profusão de oportunidades de conhecimento, literatura e negócios. Além deles poderem conhecer o que está ocorrendo no mercado editorial, de perceberem todas as universidades e editoras aqui envolvidas, eles identificam a Bienal como um centro de negócios”, enfatizou o docente.

A programação do Ifal continua até o último dia de evento da Bienal, neste domingo (20).