Notícias
Ifal lança obras coletivas das pós e difunde atividades extensionistas em Bienal do Livro
Experiências na docência, turismo inclusivo e oficina de bordado foram abertas à comunidade
Ao longo dos últimos dias, quem visitou a 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no Centro de Convenções Ruth Cardoso, teve a oportunidade de conhecer atividades desenvolvidas por servidores e alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) em todas as regiões do estado. O estande foi local para o intercâmbio de projetos voltados ao empreendedorismo, de incentivo à leitura, turismo inclusivo e de lançamentos de obras que reúnem pesquisas de diferentes pós-graduações da instituição.
Na quinta-feira (17) houve o lançamento da Coleção Luiz Sávio de Almeida, que reúne investigações produzidas por alunos da pós-graduação em História de Alagoas. Na obra, fruto de uma parceria da EdUneal e o Ifal, há discussões críticas de temas como a escrita da história indígena, o desenvolvimento econômico e cultural de Alagoas, as narrativas produzidas sobre a população negra alagoana.
“Ela surgiu inicialmente como provocação do professor Sávio de Almeida, que foi professor do curso e um dos provocadores para que nós construíssemos a especialização. A ideia era que a cada ano lançássemos um livro que reunisse os melhores trabalhos produzidos por cada turma. Hoje estamos concretizando o sonho de publicar o primeiro volume dessa coleção, e ao mesmo tempo, divulgar o que se produz na pós-graduação”, lembra Amaro Leite
A pós em História de Alagoas nasceu a partir de uma reunião de professores de Ciências Humanas do Ifal, além de alguns professores convidados, externos à instituição, que tinham o interesse comum de montar um curso que tivesse a cara do povo alagoano.
“Por isso a gente construiu três eixos, um deles voltado à História e cultura dos povos indígenas e afro-brasileiros de Alagoas; outro ao Trabalho, periferia e sociedade, e o outro ao Poder, gênero e sociedade. A ideia é que esse curso representasse a trajetória de resistência e de luta do povo alagoano”, salienta Amaro.
Outra obra produzida a partir de resultados de pesquisa desenvolvidos por alunos de uma pós, “Diferentes abordagens Educativas na Educação Profissional”, foi lançada nesta sexta-feira (18). Ela foi organizada pelos professores da Especialização em Docência na Educação Profissional, José Ribeiro da Silva e Manoel Santos da Silva que reuniram alguns dos registros de experiências de professores participantes da pós em seu exercício profissional.
“O livro reúne oito experiências de professores, a maioria bacharéis das áreas agrícolas. São artigos de professores dos campi Batalha, Santana do Ipanema e Satuba, que por meio de suas atividades em cada curso, buscam desenvolver nos sujeitos o senso crítico, de forma humana e integral. São trabalhos desenvolvidos a partir da perspectiva da indissociabilidade entre a pesquisa, o ensino e a extensão”, comentou Manoel Santos.
Inclusão e empreendedorismo
O estande do Ifal ainda foi local para reflexões sobre práticas do Turismo Inclusivo ao Autista, oficina que apresentou as possibilidades e especificidades de acessibilidade às pessoas autistas. A iniciativa é parceria entre as professoras Valéria Montes, do Ifal, e Renata Correia dos Santos, da Universidade Tiradentes (Unit) e contou com profissionais do Resort Pratagy, que levaram a experiência de uma empresa do setor, que possui o selo Amiga do Autista.
“Durante a oficina de Turismo Inclusivo ao Autista, foi apresentado alguns pontos primordiais para que no universo do Turismo e Hotelaria os profissionais estejam capacitados para incluir a Pessoa com Espectro Autista, bem como foram pontuadas estratégias de inclusão social que envolvem o lazer para melhoria da qualidade de vida do Autista e seus familiares. Uma sociedade inclusiva, precisa de conhecimento, todos nós temos um papel fundamental nessa construção”, salientou Valéria Montes.
Também do Campus Maceió, a professora Juliana Aguiar, do curso de Artesanato, convidou as artesãs, Ariane Pita e Arivânia Pita, do município de Barra de São Miguel, para passar parte de seus conhecimentos e trocar experiências com os frequentadores da Bienal, a partir do ponto-cruz. Mãe e filha ministraram a oficina “Verso entre linhas de algodão”, e estimularam os participantes a bordar de forma coletiva um livro de um verso só.
“A proposta da oficina é trazer o universo da literatura que Bienal traz para o bordado de papel e estimular o pensamento sobre o que é a leitura e fazer as pessoas bordarem uma palavra do que significa isso para elas”, pontuou Ariane que também compartilha suas experiências a partir do perfil no Instagram @bordelie.al.
Do Campus Santana do Ipanema, vieram alunos do curso Técnico em Administração, para visitar a Bienal e conhecer na prática algumas iniciativas de negócios desenvolvidas ali. O professor Jacques Santos ainda aproveitou o espaço do Ifal para apresentar à comunidade o “Projeto Minha vida é um negócio: Educação Empreendedora para transformação social”, que vem desenvolvendo na unidade do Sertão Alagoano.
“É muito importante fazer com que os estudantes percebam que a Bienal é muito mais que um evento cultural, ela é uma profusão de oportunidades de conhecimento, literatura e negócios. Além deles poderem conhecer o que está ocorrendo no mercado editorial, de perceberem todas as universidades e editoras aqui envolvidas, eles identificam a Bienal como um centro de negócios”, enfatizou o docente.
A programação do Ifal continua até o último dia de evento da Bienal, neste domingo (20).