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Ifal lança cartilha de primeiros socorros psicológicos na 11ª Bienal Internacional do Livro

Manual tem como objetivo preparar a comunidade acadêmica para lidar com situações de crises psicológicas
publicado: 04/11/2025 11h36, última modificação: 04/11/2025 11h53

Nesta segunda-feira (6), o estande do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) na 11ª Bienal Internacional do Livro, contou com o lançamento da cartilha de primeiros socorros psicológicos, denominada "Atuação em Situações de Crise - Cuidados com a Saúde Mental: responsabilidade de todos/as", que visa preparar a comunidade acadêmica para a atuação frente a crises psicológicas.

A cartilha foi apresentada pelo Grupo de Psicologia do Ifal, formado por: Ana Leal, Renata Pires, Jessica Salú, Lívia Teixeira, Bárbara Guerreiro e Fernanda Fragoso. Na ocasião, estavam a diretora de Políticas Estudantis (DPE), Karine Santos, a chefe do Departamento de Graduação (Degrad), Talita Gonçalves, e a professora de Biologia do campus Maceió, Karina Alves.

Cartilha de Primeiros Socorros Psicológicos

A equipe relatou que a ideia para o manual surgiu após observarem o aumento e a intensificação de crises de saúde mental por parte dos alunos em espaços educacionais, especialmente crises de ansiedade e de pânico. O que demandou pensar orientações sobre o que fazer quando um psicólogo ou enfermeiro não estiver disponível no momento.

De acordo com o manual, os primeiros socorros psicológicos (PSPs) são um conjunto de conhecimentos e ações que podem ser utilizadas na intervenção frente a situações de crise psíquica que necessitem de apoio, visando oferecer suporte e encaminhamentos. A psicóloga Ana Leal relatou que uma das funções do guia é chamar a atenção para o fato de que, em situações de crise emocional, todos podem ajudar.

"Todos podem ajudar, todos podem estar lado a lado, com seus pares, com seus colegas. O aluno pode ajudar o aluno, o servidor pode ajudar o servidor, e essa cartilha ensina isso, essa postura acolhedora, o estar junto, o ter a disponibilidade para que, naquele momento de angústia, você possa acolher”, disse Ana.

Segundo a psicóloga Fernanda Fragoso, foi escolhido para cada tema uma explicação inicial para que facilitasse a compreensão de determinados termos, evitando jargões psicológicos ou abordagens muito específicas. “A ideia é que qualquer pessoa possa ler e possa compreender, desde a escolhas das palavras, para que justamente a cartilha não ficasse dentro da gaveta”, explicou Fernanda.

Além disso, o conteúdo do documento traz definição de conceitos, os objetivos dos PSPs, exemplos do que fazer e do que não fazer e frases que podem ajudar ou prejudicar em situações de crise, cuidados e limites necessários para oferecer ajuda, passo a passo de como proceder diante de uma situação de crise de pânico, estratégias de respiração e de relaxamento, sinais de crises, ações que promovem saúde mental, encaminhamento para cada caso, encaminhamento para procedimentos de emergência, quando acionar o Samu, as diferentes orientações que devem ser estabelecidos para estudantes, servidores e terceirizados, as redes de atenção psicossocial e contatos úteis. 

O manual pontua que os PSPs não se configuram como atendimento psicológico ou acompanhamento psicoterapêutico. Ou seja, não precisa ser realizado por profissionais da psicologia. Portanto, é possível se preparar para atuar frente a situações de crise psíquica, aplicando os cuidados e o acolhimento inicial.

Foi destacado o design do manual, que traz ilustrações do Campus Maceió, personagens com o uniforme do Ifal e outros elementos da instituição, para que seja criado o sentimento de pertencimento ao se ler o manual. A chefe do Departamento de Políticas Estudantis (DPE), Karine Santos, parabenizou todos os responsáveis pela produção da cartilha e falou de sua relevância para a comunidade. 

"A cartilha reflete a realidade do nosso estado. Ela tem todo o cuidado de apresentar os nossos estudantes, de trazer um pouquinho do plano de fundo do Campus Maceió. Então, a gente se vê dentro da cartilha, isso é muito importante. Não é uma cartilha qualquer que você pega na internet e vai ler sobre o assunto. É um pouco da nossa realidade, é um pouco do nosso instituto que está dentro dessa cartilha”, afirmou Karine.