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Ifal integra missão inicial para o fortalecimento da Educação Profissional e Tecnológica em Moçambique

Equipe com docente do Campus Palmeira dos Índios esteve em Moçambique em setembro

publicado: 18/11/2022 18h18, última modificação: 29/11/2022 15h36

Por Mírian Félix (estagiária de jornalismo)*

Com a participação da professora do Campus Palmeira dos Índios, Sheyla Marques, o Instituto Federal de Alagoas (Ifal) está fazendo parte de uma ação de cooperação entre Brasil e Moçambique. Em conjunto com outros institutos federais, está sendo desenvolvido no país africano o Curso de Formação de Formadores na Área de Construção Civil, iniciadO no último dia 14 de novembro. A iniciativa é parte do programa da Agência Brasileira de Cooperação para Desenvolvimento e Capacitação em Engenharia Civil em Moçambique, denominada “Ação Simplificada Brasil Moçambique de Educação Profissional (Bramotec)” e tem o objetivo da ação é o fomento da formação de educadores moçambicanos.

Reunião com o Secretário de Estado

O curso foi dividido em quatro etapas, sendo elas: a primeira on-line, através da plataforma Google Classroom; a segunda, de forma presencial, sendo 30 dias com sede no Instituto Comercial e Industrial Eduardo Modlane de Inhambane; a terceira, com a especialização em laboratórios presenciais e a quarta, com atividade prática de estaleiro comunitário para construção de casa modelo.

A formação acontece até agosto de 2023, com a construção da casa modelo, utilizando de materiais sustentáveis. O produto então deverá ser replicado nas escolas de construção civil do país. 

A experiência do curso de formação tem sido rica em todos os âmbitos, pessoal e profissional, porque a gente aprende bastante. Compartilhamos o que tem sido construído, executado no Brasil, mas aprendemos muito com a equipe da Agência Brasileira de Cooperação, com o Conif e com Secreraria de Moçambique. Estamos aprendendo também com eles, com essa experiência nova, que é a cooperação técnica. São muitas oportunidades: saber que o produto final, com base no nosso plano pedagógico de curso, que foi construindo por todos os atores envolvidos na cooperação. Saber que o produto é um material de construção, com a pegada da sustentabilidade, que eles vão ter esse produto gerado e que existe a possibilidade de aplicação e reaplicação no país, é uma satisfação muito grande”, confessou Sheyla. 

Diagnóstico antecipou realização do curso

Ainda no mês de setembro, Sheyla havia participado de uma missão de diagnóstico, com o objetivo reconhecer os institutos e equipamentos disponíveis a serem utilizados pelos formadores de construção civil das escolas técnicas de Beira, Nampula e Inhambane. Além disso, naquele momento houve a definição dos conteúdos pedagógicos e técnicos da formação.Reunião com o embaixador

Participaram da missão Ângela Beatriz Souza Bertazzo; professora do Instituto Federal da Bahia (IFB); Jéssica Azevedo Coelho, professora do Instituto Federal de Goiás (IFG); Sheyla Karolina Justino Marques, professora do Instituto Federal de Alagoas  (IFAL) e Paula Rougemont, Analista de projetos da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), que chefiou a delegação.

As participantes haviam sido escolhidas para representar os institutos na missão, já que apresentavam formação e trajetórias de envolvimento com propostas pedagógicas e de pesquisa. 

"É o caso da professora, Sheyla, que tem atuado na área de materiais compósitos de interesse ambiental e possui expertise adquirida, ministrando cursos de formação continuada em metodologias ativas para docentes da rede. Ela também participou do Programa Professores para o Futuro, ofertado pelo Governo da Finlândia, em conjunto com a rede federal de ensino, e coloca essas experiências em suas ações de ensino, pesquisa e extensão, no Ifal", relatou a coordenadora de Relações Internacionais do Ifal, Carolina Mendonça.

As participantes foram responsáveis por indicar caminhos de práticas de qualidade e inovação para o ensino técnico na área da construção civil, para os formadores do ensino técnico de Moçambique. Ao final da missão de diagnóstico foi realizada reunião para alinhamento dos encaminhamentos e responsabilidades dos atores envolvidos na cooperação.

Agência Brasileira de Cooperação

A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), é uma parte integrante do Ministério das Relações Exteriores, sendo responsável por toda a cooperação técnica internacional (CTI) estabelecida entre o Governo brasileiro e outros países ou organismos internacionais.Agenda com o Secretário de Estado

A ABC tem como função negociar, coordenar, implementar e acompanhar os programas e projetos brasileiros de cooperação técnica, com base nos acordos firmados pelo Brasil com outros países e organismos internacionais. Dentre outras, suas atribuições incluem orientar as instituições nacionais sobre as oportunidades existentes no âmbito dos vários acordos de cooperação técnica internacional firmados pelo Brasil; apoiá-las na formulação dos projetos; coordenar a negociação entre as instituições.

* Sob a orientação de Bruno Andrade e Jhonathan Pino, jornalistas