Ifal entrega cinquenta novos professores e bacharéis à sociedade alagoana

Cinquenta graduados de cursos ofertados na modalidade de educação a distância do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) se reuniram nesta segunda-feira, 9, no Auditório Oscar Sátyro, do Campus Maceió, para a colação de grau. Eles eram alunos de Bacharelado em Administração Pública, ou de licenciaturas em Língua Portuguesa e Ciências Biológicas e estudavam em polos espalhados pelo estado: Arapiraca, Maceió, Maragogi, Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema.

É o caso de Maria Aparecida Santos, natural de Estrela de Alagoas, que aproveitou a oferta do curso de Letras, no polo de Palmeira dos Índios, para obter a formação na área em que atuava profissionalmente. “Eu já havia feito o magistério e já trabalhava como professora. Foi quando fiz o vestibular e isso foi um divisor de águas. Como o professor [Sérgio Teixeira] disse, o Instituto Federal é um nome de peso e a gente vai carregar isso para sempre”.

Sua colega de turma, Mileide Cardene, passou a atuar no ensino no momento em que começou a cursar a graduação. Desde então atuou no Programa de Iniciação à Docência (Pibid) e na Residência Pedagógica, como bolsista, e atualmente é professora do município de Minador do Negrão.

Mileide comentou que conhecia o Ifal, pois fez o curso técnico subsequente em Segurança do Trabalho. Logo depois, quando aluna da graduação, conciliou os últimos dois anos do curso de Letras com uma especialização na área da docência. “Eu só não peguei o diploma porque tinha que colar grau aqui no Ifal, mas agora só vou levar a documentação e dar entrada no diploma da pós”.

Em situação semelhante estava Anderson Batista, graduado em Ciências Biológicas. Natural de Arapiraca, ele também havia sido aluno do Instituto, no curso técnico médio integrado em Eletroeletrônica e viu na Educação a Distância uma possibilidade de continuar no Ifal. Mesmo com o tempo contado, Anderson pôde atuar no Pibid, na Residência Pedagógica, realizar uma pós-graduação em Docência no Ensino Superior e também já está atuando profissionalmente como professor.

“O Pibid e a Residência Pedagógica nos abriram as portas e foram programas institucionais do Ifal. De certa forma, isso foi acrescentando ao meu currículo e hoje já tenho uma certa profissão docente atuante. Hoje estou pensando em fazer um mestrado em Educação Tecnológica e Profissional, pelo Ifal, inclusive já me inscrevi e não vou parar”.

Parte dessas atividades, ele compartilhou com a sua colega de curso, Rafaela Nemézio. Ela também disse que a graduação foi responsável pela sua atuação profissional no município onde mora, Lagoa da Canoa. “A EAD possibilita entrar no nível superior e ainda programarmos o nosso horário, de acordo com as nossas limitações. O contato com os professores ocorre pelo Moodle durante a semana e nos finais de semana temos a oportunidade de falar com eles, presencialmente”.

Diretor do Campus Maceió, o professor Damião Augusto recebeu os formandos na unidade e falou sobre o seu entusiasmo pela EAD. Ele enfatizou que a instituição necessita reconhecer e atender às diferenças da sociedade e lembrou que fez parte da criação do projeto pedagógico do curso de Letras Português, na modalidade, um projeto que segundo ele, foi à época abraçado pelo atual diretor de Educação a Distância do Ifal, Sérgio Correia.

“Somos uma referência porque trabalhamos com diversos níveis de educação, com diferentes modalidades de curso e abertos à inclusão da sociedade alagoana. Temos que entender que a educação é o lugar de nossa transformação como sujeitos e profissionais”.

Além de Damião e Sérgio, estiveram na mesa da cerimônia de colação o Diretor do Campus Palmeira, Roberto Fernandes, o coordenador de Ensino EAD, Luiz Henrique Lemos, a coordenadora adjunta da Universidade Aberta do Brasil, Crhistiane Agra, além dos coordenadores de curso de Ciências Biológicas, José Aparecido da Silva e Letras, Lorena Norberta. Eles ouviram a fala emocionada da aluna do Campus Maragogi, Jaqueline Gomes.

“Somos diferenciados e provamos que como alunos, somos fortes e enfrentamos os desafios que a formação na Educação a Distância nos apresentou. Mas quero agradecer especialmente ao professor Aparecido, pela sua ajuda na conclusão dessa etapa. As instituições públicas precisam de profissionais com o seu perfil, que além de formar profissionais, faz isso de uma forma humana, ética e com qualidade”, discursou Jaqueline.