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Ifal assina termo de cooperação para desenvolver tecnologias em bacia leiteira de Alagoas
Projeto criará viveiros experimentais de espécimes utilizadas na alimentação bovina
O reitor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Carlos Guedes, assinou na sexta-feira, 8, o termo de adesão para dar início ao projeto “Fortalecimento da Agricultura Familiar da Bacia Leiteira de Alagoas”, selecionado pelo Edital Fundeci 01/2018, de Desenvolvimento Territorial - Soluções Inovadoras para Implementação do Programa de Desenvolvimento Territorial do Banco do Nordeste. A proposta visa contribuir com a melhoria da eficiência econômica e produtiva da bovinocultura leiteira, desenvolvida por agricultores familiares no sertão alagoano, a partir da introdução de tecnologias sustentáveis para alimentação animal. Para isso, o projeto receberá um aporte de mais de R$ 208 mil, nos próximos dois anos.
“Um dos objetivos estratégicos que está no nosso Plano de Desenvolvimento Institucional é referente à implementação de ações que visem a efetivação e a disseminação do empreendedorismo e da inovação. Estamos dando um passo nesse sentido, de promover o crescimento da região”, explica o reitor.
Durante os dois anos de duração do projeto, pesquisadores do Campus Batalha irão fazer o acompanhamento de produtores rurais da região, nos municípios de Batalha, Belo Monte, Jacaré dos Homens, Monteirópolis e Major Isidoro. Eles foram selecionados a partir de uma cooperação técnica entre o Ifal e a Cooperativa Agropecuária de Produtores de Leite Familiar da Bacia Leiteira de Alagoas (Coopaz).
Além de capacitar os agricultores, o projeto implantará unidades experimentais e realizará o monitoramento dos locais atendidos, com a ajuda das lideranças comunitárias, de técnicos contratados e de alunos bolsistas do Campus. O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, José Francisco, enfatiza que o objetivo é trabalhar a redução do preço da ração animal, focado no gado leiteiro da região. Para isso, eles vão introduzir naqueles locais, plantas e leguminosas adaptadas.
“A primeira etapa é a implantação do viveiro de mudas e a partir daí a gente vai trabalhar com as seis unidades demonstrativas que foram selecionadas, nos cinco municípios. Os produtores selecionados irão receber apoio e assistência técnica do Ifal e da Cooperativa, como do viveiro de mudas, que fará a doação das sementes da palma forrageira, das leguminosas e das plantas adaptadas ao semiárido”.
Em contrapartida, os agricultores tiveram que garantir a manutenção da água em suas propriedades para que a vegetação não morra, ainda que nos períodos de seca. Além disso, eles garantiram pessoal suficiente para a montagem das unidades demonstrativas. Cada unidade possuirá cerca de 1 hectare, como área de experimentação.
“Eles deverão ser difusores da tecnologia desenvolvida no local. A gente está realizando um trabalho de capacitação desse produtor, para que ele seja um espelho para a sua comunidade”, acrescentou o agente do BNB.
Ganhos para o Campus Batalha
O coordenador do projeto, Magno Luiz de Abreu reforça que o objetivo principal do projeto é fortalecer a economia da região da bacia leiteira, que já é reconhecida como grande produtora do estado e aumentar o poder econômico da região, mas o Ifal também irá ganhar com o desenvolvimento de tecnologias e na sua estrutura.
“Nesse projeto, nós somos os executores e alguns recursos, após o término da execução dele, ficam para o instituto. Por exemplo, o viveiro será feito dentro das estruturas do Campus Batalha e com o tempo de uso, a partir de cinco anos, ele será repassado para o Ifal, bem como notebook, o GPS e toda a parte física”, detalha.
Também serão contratados um técnico em agropecuária, para que possa conduzir de mais de perto a cooperativa e um auxiliar em administração, para ajudar a prestação de contas dos trabalhos, como também no orçamento de compra de mudas e implementação do viveiro.