Ifal assina acordo de cooperação mútua para desenvolver a EJA em oito municípios alagoanos

Uma solenidade virtual, ocorrida na quinta-feira (3) pela plataforma Google Meet, marcou a celebração do acordo de cooperação mútua entre o Instituto Federal de Alagoas - Ifal e as secretarias municipais de Educação de Arapiraca, Coruripe, Maceió, Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Penedo, Piranhas e Rio Largo. O protocolo assinado visa estabelecer um plano de ação conjunta para implementar a Educação de Jovens e Adultos - EJA integrada à Educação Profissional nesses oito municípios alagoanos.

O evento reuniu representantes das respectivas secretarias de Educação, diretores-gerais e de Ensino dos campi envolvidos, além de dirigentes da Reitoria do Ifal. Na ocasião, o reitor Carlos Guedes apontou que a iniciativa representa uma possibilidade de emancipação e autonomia dos sujeitos da EJA no estado.

De acordo com o plano de trabalho proposto, a oferta educacional será de 300 vagas, distribuídas nos municípios pactuados, para estudantes jovens e adultos trabalhadores em cursos de EJA do ensino fundamental integrados à qualificação nas áreas de Promotor de Vendas, Auxiliar de Manutenção Predial, Mensageiro em Meios de Hospedagem, Apicultor, Agricultor Familiar e Operador de Computação. A previsão é executar as aulas de fevereiro a dezembro de 2021, conforme calendário letivo das escolas municipais parceiras e dos campi do Ifal.  

Para a pró-reitora de Ensino em exercício do Ifal, Elisabete Duarte, ao assumir o plano de ação em questão, os gestores municipais e do Ifal promovem a retirada da EJA de um estado de invisibilidade que é histórico. "Não só pela oferta de cursos, mas por ser um momento de ajuda mútua. O Ifal terá a oportunidade de aprender efetivamente com a experiência dos municípios e passar um pouco do que vem construindo desde 2008", afirmou, referindo-se ao ano em que a modalidade passou a ser ofertada na instituição.

Em sua fala durante o evento, a secretária municipal de Educação de Maceió, Ana Dayse Dórea, também reforçou a importância de viabilizar, por meio do acordo, a troca de experiências com os municípios. "Os municípios são grandes laboratórios da prática pedagógica no caso da EJA", definiu. A gestora considerou a parceria entre as instituições um marco, por inserir o caráter profissionalizante no ensino para uma faixa etária que já enfrenta um grande desafio para frequentar a escola. 

"Desafio" foi uma palavra presente em outro pronunciamento: o da coordenadora da EJA no Ifal, Ana Cristina Limeira. Segundo a gestora, é necessário promover o trabalho coletivo e estabelecer esse diálogo entre as redes municipais e federal de educação para fortalecer a política da EJA.

A profissional destacou que o Ifal como instituição formadora nesse processo vai contribuir para ampliar a oferta de vagas no ensino fundamental e médio da educação municipal de forma que os trabalhadores possam dar seguimento ao seu processo de escolarização. Desse modo, a proposta dá conta de "articular o mundo do trabalho com a educação básica", como resumiu o coordenador da EJA da Secretaria Municipal de Educação de Maceió, José Rubens Lima. 

Perspectivas - Após a formalização do convênio de cooperação, as próximas etapas programadas para as instituições envolvidas serão a realização das atividades de formação de docentes, a elaboração dos Projetos Pedagógicos dos Cursos, a produção de material didático e a busca ativa de estudantes nos municípios.

"Com esse plano, conseguimos garantir não a solução de todos os problemas, mas a ampliação dos espaços da EJA no Ifal e no estado", concluiu a chefe do Departamento de Educação Básica do Ifal, Patrícia Borsato.