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Ifal apresenta sete projetos na Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica

Evento discute estratégias e diretrizes para educação mais cidadã, inclusiva e inovadora
por Elaine Rodrigues publicado: 20/10/2023 15h59, última modificação: 23/10/2023 14h27

Novas tecnologias, inovações e muitas experiências em pesquisas do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) são apresentadas em Brasília, na Semana Nacional da Educação Profissional e Tecnológica (EPT). Até domingo (22), o evento reúne cerca de 50 instituições, que debatem o futuro da educação profissional e apresentam ao público quase 300 projetos.

A equipe de gestão do Ifal acompanha as atividades. Sete projetos da instituição são apresentados nos estandes. Conheça um pouco mais sobre eles:

Projeto Enxerga

Professor Edison Camilo e o estudante José Alan, na Semana da EPTA partir de pesquisas, foi criado um equipamento que realiza a leitura de textos para pessoas com deficiência visual e analfabetos. Um celular tira uma foto do papel, que converte a imagem em texto e depois em voz, por meio de inteligência artificial. O projeto começou a partir da pesquisa do então estudante de Informática do Campus Maceió, Adriel Davi. “Ele estava fazendo um software para o desenvolvimento de OCR, que é transformar a imagem em texto. E aí, conversando com ele, vi que poderia ser utilizado para pessoas com deficiência visual e para analfabetos”, contou o professor Edison Camilo, orientador do projeto.

Apresentação do projeto Enxerga na Rio Innovation 2023O projeto foi submetido ao edital do Ifal do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, o Pibiti. As atividades são coorientadas pelo professor Rogério Fernandes e contam ainda com a participação dos estudantes Iris Mayara, José Alan, Roberto Ferreira, Vitória Taynara e Amanda Gusmão.

De acordo com o professor Edison, a solução em tecnologia assistiva tem o objetivo de proporcionar maior autonomia, acesso à informação e integração social. Um teste foi feito com um estudante com deficiência visual do Ifal, mas o equipamento ainda está sendo aperfeiçoado. “A gente ainda tem um período para desenvolver várias tarefas elencadas nesse projeto, com o intuito de transformá-lo em uma versão para disponibilizar para a sociedade”, antecipou o docente. O projeto Enxerga também foi apresentado no Rio Innovation Week, no começo de outubro, no Rio de Janeiro.

Projeto Peneira

Projeto Peneira é apresentado na Semana Nacional de EPTUma palestra sobre segurança do trabalho envolvendo a comunidade das marisqueiras foi o ponto de partida do projeto Peneira. O professor de Eletrotécnica do Campus Maceió, Allisson Silva, contou que ficou surpreso com as informações que relatavam o sofrimento dos envolvidos nas atividades. A partir de então, ele começou a pesquisar sobre as etapas da cadeia produtiva do sururu. “Teve uma fala, em uma das reportagens que eu vi, de um garoto que não ía para a escola há quatro anos. Isso acabou pesando muito para começar pela peneira, que é uma atividade basicamente ocupada por mulheres e crianças, então, influencia muito a evasão escolar”, explicou o professor, que coordena o projeto.

Professor Alisson e estudantes integrantes do Projeto PeneiraO protótipo foi desenvolvido para ser utilizado como uma peneira de baixo custo, que descasca o sururu. “As estruturas são de portas do Ifal Maceió, o acrílico que tem nela são de barreiras utilizadas durante a pandemia, que quebraram. Então, a gente reutilizou os pedaços, e, posteriormente, foi colocado um variador de velocidade, para ajustar de acordo com a quantidade de sururu”, detalhou o professor.

O projeto foi aprovado no edital das Oficinas 4, em 2021, com os estudantes Kamilly dos Santos, Vitória Lopes, Livia Luna, João Souza e Sheldon da Silva. Depois foi aprovado no edital do Pibiti de 2022, com Bianca dos Santos, e renovado no edital do Pibiti deste ano, Visita técnica feita para conhecer a cadeia de produção do sururucom Nícolas Cordeiro. Em abril do ano passado, o professor Alisson levou os estudantes a uma visita técnica para conhecer de perto a cadeia do sururu, na beira da lagoa, em Maceió. “Essa visita fez uma diferença enorme, todos ficaram com uma vontade imensa de trabalhar, se solidarizaram com a situação precária, e viram toda a dificuldade. Eles passaram a ter uma vontade grande de participar e poder contribuir para melhorar a cadeia produtiva”.

Os próximos passos do grupo é aperfeiçoar o protótipo. “A gente está tentando conseguir um financiamento, uma forma de acelerar o projeto para a migração de materiais que atendam as exigências das resoluções da Vigilância Sanitária. Melhorias para serem aplicadas também a outros tipos de mariscos, como maçunins e mexilhões”, finalizou o professor.

Projeto Pedal Energy

Projeto Pedal Energy na Semana Nacional da EPTAtividade física e sustentabilidade se destacam no projeto Pedal Energy. Bicicletas são expostas em um local público para produzir energia limpa, que é armazenada em pequenas baterias e utilizada para aplicações coletivas. A ideia sustentável tem o intuito de promover conscientização ambiental e ainda realiza uma experiência interativa para os participantes, com a prática de atividade física, que contribui para a melhoria da saúde.

O coordenador do projeto, professor Alex Aguiar, do Campus Coruripe, contou que a primeira experiência foi feita na instituição, no Dia do Estudante, com 15 bicicletas, que produziu energia para máquinas de algodão doce, pipoqueiras e possibilitou o uso do Projeto Pedal Energy na Semana Nacional da EPTsistema de iluminação e de som, com a exibição de vídeos. “Esse projeto tem uma capacidade total de 40 bicicletas e mais de 500 metros de LED. Aqui a gente está fazendo com 20 bicicletas e usando 100 metros”, detalhou o professor, referindo-se ao estande em Brasília.

Diretor-geral do Campus Coruripe, José Roberto Araújo, acompanhando a exposição do projetoTambém participam da iniciativa os professores Wisnner Franklin Silva e Natasha Gomes, o colaborador técnico Adriano Fonseca e os estudantes José Carlos da Silva, Júlio César Oliveira, Maria Gledsa Silva e Anna Luiza de Souza. E para montar os equipamentos, na Semana da EPT, também estão em Brasília os servidores Raimundo Neto, Lucrécio Santana, Wagner Fonseca, Jéferson Araújo e Brunno Lira.

Projeto Ifal Ecosol

Ecosol também se articula em rede com servidores e incubadoras da Rede Federal A Ifal Ecosol, a Incubadora Tecnológica de Economia Solidária, foi criada em julho deste ano, a partir da vontade de servidores em trabalhar com empreendimentos associativos e iniciativas de desenvolvimento local no âmbito da economia solidária. Economia solidária é um conjunto de atividades econômicas, uma alternativa para a geração de trabalho e renda, com base na cooperação e a favor da inclusão social.

A Ecosol possui seis núcleos, nos campi Maceió, Marechal Deodoro, Satuba, Viçosa, Arapiraca e Batalha. São cerca de 15 servidores envolvidos e mais de 40 estudantes bolsistas. O coordenador do projeto, o professor Diogo Rego, do Campus Viçosa, que apresenta o projeto em Brasília, com a estudante Ana Luíza Cavalcante, explicou que a Ecosol também se articula em rede com Mesa organizada pela Ecosol durante a Semana Nacional de EPToutros servidores e incubadoras que trabalham com a economia solidária na Rede Federal e desenvolve ações de incubação por meio de fomento, da capacitação técnica, tecnológica e profissional, e ainda, possibilitando a articulação entre pesquisadores, estudiosos e trabalhadores. “Já tem mais de 620 projetos de ensino, pesquisa e extensão mapeados”, contou o professor, em relação às iniciativas relacionadas à economia solidária na Rede Federal, um passo considerado importante para fortalecer a geração de trabalho e renda, promovendo a inclusão social. Durante a Semana Nacional da EPT, o assunto também foi tema de uma mesa de debates.

Projeto Plug Pin

Protótipo foi pensado para que famílias de baixa renda possam realizar o consumo racional de energia elétricaA preocupação com choques elétricos e incêndios causados pela sobrecarga elétrica levou pesquisadores do Campus Palmeira dos Índios a desenvolverem o protótipo de smart meter para controle e monitoramento remoto de consumo de energia elétrica em residências. O protótipo, de baixo custo, foi pensado para que famílias de baixa renda possam realizar o consumo racional de energia elétrica, evitando acidentes domésticos.

Protótipo foi pensado para que famílias de baixa renda possam realizar o consumo racional de energia elétricaO projeto é orientado pelo professor José Torres Neto e conta com a participação dos estudantes Alan Soares da Silva, Saulo Almeida Silva, Mariana Lorrany Dos Santos e Luana Moura Santos. De acordo com o professor, a partir dos equipamentos levados para a Semana da EPT, foram feitas análises de dados elétricos de eletrodomésticos e do consumo de energia elétrica em tempo real. O protótipo também permite ligar e desligar equipamentos elétricos por meio da plataforma e acompanhar o desligamento automático deles com a ocorrência de anomalias na rede elétrica, evitando a danificação permanente do eletrodoméstico.

Projeto Cronos 4.0

Projeto Cronos propõe a construção de dispositivos para a utilização em sala de aulaO projeto Cronos 4.0 foi aprovado no edital nº 83/2022 da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, com o apoio do Instituto Federal do Espírito Santo. “A utilização de jogos em sala de aula facilita a retenção e compreensão do conteúdo por parte dos alunos. Diante disso, o projeto propõe a construção de dispositivos para a utilização em sala de aula, em atividades de gamificação, incluindo “quizes”, jogos de perguntas e respostas, gincanas, entre outros”, contou o professor Charles Bronson, orientador do projeto.

Projeto Cronos propõe a construção de dispositivos para a utilização em sala de aulaAs atividades reúnem uma equipe multidisciplinar de alunos de cursos técnicos e superiores do Campus Maceió, formada por: Alberto Cesar da Silva, Amanda Albuquerque Odo, Felipe Gabriel dos Santos, Giovanna de Amorim Santos, Livia Vitoria Rocha, Davidson Rogério de Aguiar e Raissa Cunha. O grupo está na primeira versão do dispositivo, que neste primeiro momento prioriza o custo e a facilidade de construção. Ainda neste mês de outubro deve ser feito um teste em sala de aula e, depois disso, a equipe pretende lançar uma versão com mais recursos.

Observatório do Mundo do Trabalho

O Observatório do Mundo do Trabalho reúne em um portal as oportunidades para estudantes e egressos do IfalIdealizado e executado pela Pró-Reitoria de Extensão do Ifal, o projeto Observatório do Mundo do Trabalho reúne em um portal as oportunidades para estudantes e egressos da instituição. São divulgadas vagas de estágios, empregos e programas de trainee e residência. As empresas também têm acesso ao banco de talentos do Ifal.

O Observatório do Mundo do Trabalho reúne em um portal as oportunidades para estudantes e egressos do IfalDe acordo com dados da chefe do Departamento de Extensão, Estágios e Egressos, Dilliani Oliveira, em 2023 foram firmados 171 convênios para estágios e, em 2022, 2262 estudantes do Ifal conseguiram realizar estágios. O departamento também realiza uma pesquisa para saber informações dos estudantes que passaram pela instituição, por meio do acompanhamento de egressos. Mais informações no Observatório do Mundo do Trabalho.