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IF + Empreendedor do Campus Piranhas capacita empresas rurais do Alto Sertão alagoano

Projeto já visitou seis associações para realização de capacitação e assistência técnica

por Jhonathan Pino publicado: 21/10/2021 08h53, última modificação: 21/10/2021 09h06

Associações de agricultores familiares dos municípios de Delmiro Gouveia, Água Branca e Olho D'água do Casado foram as últimas a receber capacitação, assistência técnica e atendimento administrativo realizado pela equipe do Programa IF Mais Empreendedor, do Campus Piranhas. Entre os dias 13 e 22 de outubro, o projeto “Assistência tecnológica para empreendimentos agrícolas no Sertão Alagoano” vem realizando várias rodas de conversa sobre empreendedorismo e orientações sobre tarifa rural de energia, crédito, além de diversos aspectos envolvidos com a regularização das empresas.

Ao todo, ao longo de seis meses do projeto, a finalizar no próximo novembro, 13 empresas da região serão atendidas, a maior parte delas formadas por associações.Samuel Silva conersando com agricultores da Associação Atine, no Assentamento Nova Esperança em Olho D'água do Casado.jpeg

As primeiras visitadas foram as comunidades de Picos e o Distrito do Piau, em Piranhas; além do Distrito de São Sebastião e Assentamento Lameirão, ambos em Delmiro Gouveia, em ações conjuntas com o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater/AL), das secretarias de Agricultura dos municípios atendidos, além do Sebrae. A parceria entre as instituições visa dar apoio tecnológico e administrativo a associações e cooperativas na região do Alto Sertão de Alagoas.

O coordenador do projeto, Samuel Silva, explica que essas atividades foram realizadas após uma fase de diagnóstico das empresas, iniciada ainda no mês de junho, quando teve início o programa IF Mais Empreendedor, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Desde então, seis bolsistas e três voluntárias vêm realizando a capacitação e assistência técnica aos agricultores participantes do programa.Agricultores dos municípios de Piranhas, Delmiro Gouveia e Água Branca foram os primeiros beneficiados com o projeto do Ifal.jpeg

Demandas específicas

Apesar de todas receberem orientações gerais, voltadas a melhorias de produção, processos de compra e venda de insumos e acesso a benefícios fiscais, Francismária Freitas, uma das estudantes envolvidas no projeto, relata que cada associação apresenta demandas diferentes, o que exige dos integrantes do projeto a adaptação das atividades para atender as necessidades de cada uma delas.

“Para todas, levamos palestras de uma forma geral, que são informações superimportantes para o desenvolvimento da empresa, como o valor de tarifas rurais, que muitas desconhecem, o crédito rural, além disso, levamos as palestras específicas de cada um, como na Associação de Picos, que levamos palestras relacionadas ao leite orgânico, entre outras demandas que pediram”, pontuou a estudante de Engenharia Agronômica do Campus Piranhas.Agricultores são auxiliados na cotações e para aquisição de insumos.jpeg

No mesmo sentido, os agricultores do Distrito Lagoinha, em Delmiro Gouveia, receberam capacitação da análise de custo de produção e lucratividade na produção de doces, enquanto na visita à Cooperativa dos produtores de mel, insumos e derivados apícolas em Alagoas (Coopeapis), também em Piranhas, os bolsistas apresentaram cotações e opções para aquisição de insumos.

“Na Coopeapis, repassamos clientes para os produtos dentro e fora do estado e a empresa vai repassar assim que a produção estiver disponível. Organizamos a documentação jurídica para atualização na Emater – que já foi renovada – incluindo mais sócios na cooperativa. Também orientamos a comercialização para outros estados, pois a empresa já está apta, mas não sabia que podia – e eles estão se organizando para isso. Estamos num processo para incluí-los nas compras do Ifal e da prefeitura de Piranhas, através de junção com outras associações”, detalhou o docente.

As empresas também estão sendo capacitadas para poderem concorrer ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e fornecer itens de alimentação utilizados nos cardápios de escolas da região. No início, a nutricionista do Campus apresentou as necessidades para o PNAE para todas as empresas, o que segundo Francismária, facilitou bastante a informação para elas.

“A experiência está sendo incrível, porque vemos realmente a necessidade de informação que os produtores demandam, vamos além do que vemos em sala de aula, saímos do muro do campus para realmente atender a realidade”, comentou.

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