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Gestão do Ifal conhece demandas de Satuba em nova edição do “Reitoria no Campus”
Alunos e servidores apontaram dificuldades estruturais da unidade
A unidade de Satuba recebeu nesta quarta-feira (13) mais uma edição do “Reitoria no Campus”. Uma comitiva, formada pelo reitor Carlos Guedes e representantes das diretorias sistêmicas do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) foram conhecer in loco as instalações e ouvir servidores e alunos sobre as demandas acadêmicas e administrativas.
No dia, a equipe conheceu a situação da oficina, do ginásio, de algumas salas administrativas e do grêmio estudantil, em visita guiada pelo diretor do Campus, Valdemir Chaves. O gestor aproveitou a oportunidade para sensibilizar a gestão para a contratação de novos estagiários em diversas áreas e apontou o impacto que restrições orçamentárias têm para a manutenção da unidade e prestação de serviços para a comunidade.
“Muito do que apresentei aqui tem uma razão: a formação do nosso público. Estamos aqui por causa dele e todo dia temos um desafio. Como é que a gente faz para lidar com eles, diante da falta de recursos? Só existe uma resposta: a força de vontade do nosso servidor. As gestões são transitórias, mas o compromisso com as instituições, isso é perene. Todos nós estamos comprometidos com a mesma missão, visão e valores do Ifal”, pontuou o gestor.
Os alunos compareceram em peso ao encontro, para pontuar sobre a necessidade do passe livre para os residentes no município de Maceió. Eles também fizeram uma demonstração de repúdio ao racismo. Os estudantes lotaram o auditório do campus para a realização de um ato e foram representados pelo Grêmio Estudantil, em repúdio aos atos de injúria racial, junto com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi).
As diversas falas reforçaram que a comunidade acadêmica de Satuba conta com representantes de classe, do grêmio e dos departamentos da instituição, que estão à disposição para o acolhimento de possíveis vítimas de racismo. Em apoio ao ato, o diretor do campus lembrou que o Neabi é o espaço pensado para a discussão do tema, de forma contínua.
“A instituição tem que ter um ambiente acolhedor e nesse processo de transformação que assumimos perante a sociedade, temos várias frentes, como o debate sobre as políticas antirracistas, que vão contribuir para promover a construção de uma educação que promova a conscientização da comunidade”, pontuou Valdemir.
Após ouvir as reivindicações, o reitor apontou os avanços realizados nos campi e nas atividades administrativas. Lembrou que a gestão já atua na viabilização do passe livre, após reunião com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito de Maceió (SMTT), realizada no início de julho.
“Essa solução é fundamental, nós temos que ajudar os estudantes a fazer com que cheguem ao destino e possam realizar a transformação em suas vidas. Hoje, o Ifal é a única instituição federal do país que reserva ao menos 70% das vagas para estudantes provenientes de escolas públicas, muitos deles estão em situação de vulnerabilidade social. A gente sabe o que é o esforço para que muitos deles possam pagar esse transporte, por isso, ao facilitar o acesso à educação, poderemos ajudá-los a mudar essa realidade”, disse o reitor.
O diretor do Campus pontuou que o “Reitoria no Campus” é fundamental para se estabelecer um diálogo direto, transparente e participativo com os campi.
“Nós valorizamos essa ação e foi muito importante, além de todo o processo de discussão, percorrer parte do campus acompanhado pela equipe da reitora visualizando demandas prioritárias. O campus Satuba está sempre de portas abertas para receber esta ação e disposto para construir conjuntamente as soluções para o enfrentamento dos diversos desafios atuais e vindouro”, falou Valdemir.