Notícias
Feira camponesa, oficina de fotografia e cultura indígena movimentam estande do Ifal da Bienal
BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE ALAGOAS
O primeiro final de semana do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas contou com atividades diversas. No sábado 12, o dia começou com a exposição de trabalhos da extensão desenvolvidos pelo Campus Satuba junto a Feira da Agricultura Familiar (Fetag) no estande, que reuniu representantes de povos indígenas para uma roda de conversa e ainda sediou uma oficina de fotografia, com uso de celular.
Desenvolvida pelo Campus Satuba, a Fetag reúne agricultores, estudantes, servidores e visitantes em frente ao prédio da unidade para a oferta de produtos trazidos pelas/os agricultoras/res da região. Ela foi realizada pela primeira vez em dezembro de 2022 e é parte das iniciativas da unidade para integrar ao Programa de Agricultura Familiar (Peaf).
Já a oficina de fotografia foi ministrada pelo professor do Campus Maceió, Gregory Aguiar. O docente do curso técnico de Estradas é responsável pelo projeto “Ser Fotografia” e pelo Programa de Extensão FotoIfal, que envolvem cursos, técnicas e exposição fotográfica sobre os temas voltados à valorização do corpo humano como elemento de empoderamento e apropriação; às manifestações religiosas de matriz africana (como umbanda e candomblé) e documental (buscando trabalhar questões sociológicas e de grupos específicos, como gênero e raça).
“A experiência foi espetacular, poder passar para o público geral e de demanda espontânea o foi excelente. É muito importante que os docentes do instituto comecem a ampliar esses saberes para o grande público, além dos muros do Ifal. Assim, esse conhecimento que já existe dentro do instituto seja ampliado e as pessoas possam usar mais. Ex-alunos também estão participando dos eventos e têm presença ativa na Bienal”, salienta Gregory.
No período da noite, o estande do Ifal ainda recebeu três representantes do povo Jeripanko, que além de participarem de uma roda de conversas, em que apresentaram a vida de etnias indígenas alagoanas à comunidade, contou com a exposição de artesanatos produzidos por eles.
“São pessoas que lutam e resistem pelos direitos de demarcação de terras, reconhecimento de suas identidades e manutenção de suas culturas e modo de vida. Principalmente nos últimos anos, em que viram muitos direitos conquistados sendo sistematicamente negligenciados. Na oportunidade, eles falaram sobre a importância da educação, na interiorização do ensino superior, da oferta do curso de Licenciatura Indígena (Clind), pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), das escolas indígenas nas comunidades e sobre a necessidade demarcação de terras”, comentou a jornalista Adriana Cirqueira, pesquisadora sobre o tema e mediadora da atividade.
No domingo, 23, o bibliotecário do Campus Santana do Ipanema, Edcleyton Bruno Fernandes, promoveu o lançamento da obra “Gestão e organização de Bibliotecas: um manual para não-bibliotecários”, de sua autoria.
“Esse livro surgiu a partir das minhas experiências, quando comecei a compartilhar com outros colegas que atuavam como bibliotecários. No início do exercício da profissão, a gente percebeu algumas dificuldades das pessoas que trabalhavam conosco nas bibliotecas. Muita gente não conhece um pouco da profissão. Para montar uma biblioteca, o mínimo necessário é uma organização, de gestão daqueles documentos que estão contidos naquele acervo. A partir dessas necessidades, eu e a coautora, Alessandra, a gente começou a dialogar e discutir uma forma de melhorar o caminho para a chegada do bibliotecário nas escolas, auxiliando aqueles que atuam na biblioteca, mas não são bibliotecários”.
O material foi produzido em 2020 a partir de recursos da Lei Aldir Blanc e foi disponibilizado para bibliotecas em Sorriso, Mato Grosso, município em que Edcleyton atuava, no momento em que o material foi produzido.
As atividades do Ifal Bienal continuam até o dia 20 de agosto. Confira a programação do estande do Ifal.