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Feira camponesa, oficina de fotografia e cultura indígena movimentam estande do Ifal da Bienal

BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE ALAGOAS

Programação do Instituto no primeiro final de semana reúne atividades desenvolvidas pelos campi
por Jhonathan Pino publicado: 14/08/2023 10h03, última modificação: 14/08/2023 11h05

O primeiro final de semana do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) na 10ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas contou com atividades diversas. No sábado 12, o dia começou com a exposição de trabalhos da extensão desenvolvidos pelo Campus Satuba junto a Feira da Agricultura Familiar (Fetag) no estande, que reuniu representantes de povos indígenas para uma roda de conversa e ainda sediou uma oficina de fotografia, com uso de celular.Discente apresentam atividades de extensão desenvolvidas no Campus Satuba.JPG

Desenvolvida pelo Campus Satuba, a Fetag reúne agricultores, estudantes, servidores e visitantes em frente ao prédio da unidade para a oferta de produtos trazidos pelas/os agricultoras/res da região. Ela foi realizada pela primeira vez em dezembro de 2022 e é parte das iniciativas da unidade para integrar ao Programa de Agricultura Familiar (Peaf).

Já a oficina de fotografia foi ministrada pelo professor do Campus Maceió, Gregory Aguiar. O docente do curso técnico de Estradas é responsável pelo projeto “Ser Fotografia” e pelo Programa de Extensão FotoIfal, que envolvem cursos, técnicas e exposição fotográfica sobre os temas voltados à valorização do corpo humano como elemento de empoderamento e apropriação; às manifestações religiosas de matriz africana (como umbanda e candomblé) e documental (buscando trabalhar questões sociológicas e de grupos específicos, como gênero e raça).O docente Gregory Aguiar ministrou oficina de fotografia com uso do celular.JPG

“A experiência foi espetacular, poder passar para o público geral  e de demanda espontânea o foi excelente. É muito importante que os docentes do instituto comecem a ampliar esses saberes para o grande público, além dos muros do Ifal. Assim, esse conhecimento que já existe dentro do instituto seja ampliado e as pessoas possam usar mais. Ex-alunos também estão participando dos eventos e têm presença ativa na Bienal”, salienta Gregory.

No período da noite, o estande do Ifal ainda recebeu três representantes do povo Jeripanko, que além de participarem de uma roda de conversas, em que apresentaram a vida de etnias indígenas alagoanas à comunidade, contou com a exposição de artesanatos produzidos por eles.Roda de Conversa abordou preparativos da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas.jpeg

“São pessoas que lutam e resistem pelos direitos de demarcação de terras, reconhecimento de suas identidades e manutenção de suas culturas e modo de vida. Principalmente nos últimos anos, em que viram muitos direitos conquistados sendo sistematicamente negligenciados. Na oportunidade, eles falaram sobre a importância da educação, na interiorização do ensino superior, da oferta do curso de Licenciatura Indígena (Clind), pela Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), das escolas indígenas nas comunidades e sobre a necessidade demarcação de terras”, comentou a jornalista Adriana Cirqueira, pesquisadora sobre o tema e mediadora da atividade.

No domingo, 23, o bibliotecário do Campus Santana do Ipanema, Edcleyton Bruno Fernandes, promoveu o lançamento da obra “Gestão e organização de Bibliotecas: um manual para não-bibliotecários”, de sua autoria.O bibliotecário do Campus Santana do Ipanema, Edcleyton Bruno Fernandes, lança livro em Bienal.jpg

“Esse livro surgiu a partir das minhas experiências, quando comecei a compartilhar com outros colegas que atuavam como bibliotecários. No início do exercício da profissão, a gente percebeu algumas dificuldades das pessoas que trabalhavam conosco nas bibliotecas. Muita gente não conhece um pouco da profissão. Para montar uma biblioteca, o mínimo necessário é uma organização, de gestão daqueles documentos que estão contidos naquele acervo. A partir dessas necessidades, eu e a coautora, Alessandra, a gente começou a dialogar e discutir uma forma de melhorar o caminho para a chegada do bibliotecário nas escolas, auxiliando aqueles que atuam na biblioteca, mas não são bibliotecários”.

O material foi produzido em 2020 a partir de recursos da Lei Aldir Blanc e foi disponibilizado para bibliotecas em Sorriso, Mato Grosso, município em que Edcleyton atuava, no momento em que o material foi produzido.

As atividades do Ifal Bienal continuam até o dia 20 de agosto. Confira a programação do estande do Ifal.