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Estudantes do Campus Palmeira relatam experiências com app desenvolvido para IF + empreendedor

Aplicativo desenvolvido está disponível na Play Store para download

por Jhonathan Pino publicado: 14/10/2021 15h01, última modificação: 05/03/2024 08h57

Por Leonardo Teles - estagiário de Jornalismo

O projeto Páginas Amarelas, do Campus Palmeira dos Índios, lançou seu aplicativo na Play Store, no último mês de setembro. O objetivo do app é ajudar os empreendedores dos municípios da região do Agreste alagoano a divulgar seu negócio, de forma gratuita, para o público geral.

A inspiração para o projeto surgiu das antigas páginas amarelas, livros de classificados que continham informações de contato e detalhes sobre empresas locais, utilizados pelas pessoas para adquirir serviços ou produtos, antes da existência do Google e das redes sociais.

Aprovada e financiada pelo Programa IF Mais Empreendedor Nacional, a proposta é uma iniciativa do técnico em tecnologia da informação, Alezy Oliveira, e conta com a participação de seis estudantes do Campus Palmeira.

Alezy afirma que a iniciativa proporciona duas vantagens profissionais aos alunos envolvidos: a primeira é a experiência na elaboração de projetos na área tecnológica; e a segunda é colaboração em equipe.

“Eles têm o primeiro contato com o mercado de trabalho, aprendem a executar tarefas com metas e prazos e adquirem conhecimento técnico com as ferramentas utilizadas”, explica o coordenador do projeto.

Dos seis discentes que participam do projeto, quatro são do curso de Informática, uma de Edificações e um de Eletrotécnica. Segundo o coordenador, a equipe foi escolhida de forma heterogênea visando reunir diferentes experiências e olhares para contribuir com o sucesso do projeto.

Desenvolvedores back-end

O estudante do curso técnico integrado de Eletrotécnica do Campus Palmeira dos Índios, Emanuel Cordeiro, é um dos participantes que representa essa diversidade desejada por Alezy. Matriculado em um curso que não possui disciplinas relacionadas com a área de TI, Emanuel teve que se esforçar bastante para aprender os conteúdos do ramo e conseguir cumprir as tarefas exigidas no projeto.

Emanuel Cordeiro cuida das engrenagens de aplicação web e cria códigos para  as ações do site e do aplicativo.jpeg

Designado para realizar a função de desenvolvedor de back-end, o aluno encarregou-se de cuidar das engrenagens de aplicação web e criar códigos para que tanto as ações do site quanto do aplicativo fossem executadas.

“Participar do projeto fez com que eu desenvolvesse uma nova visão de mundo, de início eu não tinha noção da dimensão que era o universo da informática, desde o back-end até o front-end, do desenvolvimento web até o mobile”, conta Emanuel.

A estudante de Informática, Sílvia Michele, divide as responsabilidades das atividades dessa área no Páginas Amarelas. Ela é responsável pelo desenvolvimento de um serviço web, que fornece os dados das empresas para o aplicativo. Além disso, Sílvia está desenvolvendo o site de divulgação, sem previsão de lançamento.

Para executar tais tarefas, a estudante relata que utilizou assuntos abordados em sala de aula, como modelagem e processamento de dados. Além do mais, ela destaca que a participação no projeto também contribuiu para melhorar seu desempenho nas disciplinas do curso, como descreve.

Silvia Michele participa do desenvolvimento de serviço web, fornecendo os dados das empresas para o aplicativo.jpeg

“Então, todo esse período de execução foi de grande aprendizado, pois todos os dias eu estava pesquisando coisas novas, aprendendo a lidar com problemas no código e com a manipulação de dados, o que acabou auxiliando no meu desempenho em matérias técnicas”, pontuou.

O aplicativo foi desenvolvido usando React Native (Javascript), visando uma futura portabilidade para IOS. Inicialmente está sendo desenvolvido com foco no Android. O servidor é desenvolvido em Python/Django.

Alezy explica que o React Native foi concebido pelo Facebook. “Ele é um dos frameworks mais utilizados no âmbito do desenvolvimento de apps por conta do fato de permitir um desenvolvimento único para diversas plataformas operacionais. A codificação tem como base o Javascript, que é também uma das linguagens mais populares na criação de aplicações para web”, observou.

Desenvolvedores Front-End

Os estudantes José Willames e Victor Sá, do curso de Informática, assumiram a função de desenvolvedores front-end. Eles elaboraram a interface das aplicações, aquela parte do sistema com a qual os usuários interagem.

José Willames elabora a interface do aplicativo.jpeg

Willames conta que antes do Páginas Amarelas teve experiências com a tecnologia da informação, produzindo alguns aplicativos e colocando um site no ar. A participação neste projeto o ajudou a compreender mais esse universo tecnológico.

“Com certeza o maior aprendizado foi entender melhor como funciona o processo de publicar o aplicativo na Play Store, foi necessário um tempo para modificar alguns detalhes como a imagem do ícone do app, para que ele fosse aceito”, esclarece o aluno.

Enquanto Victor Sá afirma que os conteúdos de lógica de programação, pertencentes ao primeiro ano do curso, foram de grande ajuda para eles. Ele diz que conseguiU se sair bem mesmo, não tendo estudado o assunto mobile, visto apenas no quarto ano do curso. “A principal vantagem ao participar do desenvolvimento da aplicação foi ter aprendido a programar em React Native e ter noções de UI e UX Design”, comentou.

Designers

Duas estudantes ficaram responsáveis pela produção do design no projeto: Giselly Magalhães, aluna de Edificações; e Joyce Vitória, de Informática. A primeira cumpriu as funções de criação dos protótipos visuais do app e do site, além de gerenciar os dados das empresas e cadastrá-las em um banco de dados. Ela também gerencia o perfil no Instagram, que já conta com mais de 40 seguidores.

Giselly Magalhães cumpriu as funções de criação dos protótipos visuais do app e do site.jpeg

Segundo a estudante, participar do grupo foi uma experiência bem gratificante. “Um projeto bem estruturado precisa da colaboração máxima de todos os envolvidos, de modo que estes estejam dispostos a se ajudarem, debaterem ideias, ouvirem a opinião uns dos outros e explorarem suas habilidades individuais e coletivas, em busca do sucesso da iniciativa”, declara Giselly.

Ao passo que Joyce, além de participar na elaboração da identidade visual, desenvolveu a interface gráfica do Páginas Amarelas. Para ela, os conteúdos relacionados aos métodos de organização de software para produzir um aplicativo e site com boa usabilidade e interface gráfica interativa foram fundamentais.

“Aprendi muito nas áreas de desenvolvimento de software, prototipagem e como produzir designs para uma marca”, finaliza a estudante.

Baixe o app do Páginas Amarelas no Google Play.

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