Notícias
Egressas empreendedoras: Empresas Juniores do Ifal abrem portas para futuro profissional
Por Lais Marques, estagiária de Jornalismo*
Depois do curso, o ingresso no mercado de trabalho. As estudantes recém-formadas pelo Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Ana Paula Bezerra dos Santos e Luana Kayse Ferreira dos Santos, utilizaram os ensinamentos obtidos pela atuação na Empresa Júnior Ejifa, do Campus Maceió, e, recentemente, abriram uma empresa especializada em consultoria de alimentos.
As Empresas Juniores do Ifal são uma grande escola para desenvolver o empreendedorismo entre os estudantes. Foi assim com as recém-formadas. “Temos a possibilidade de desenvolver habilidades práticas, networking, empreendedorismo e gestão. Sem dúvida, é uma diferenciação no mercado de trabalho, então, acredito muito que o empreendedor sai pronto para abrir sua própria empresa ou ser o diferencial em alguma empresa, caso queira”, afirmou Paula.
Hoje, as empreendedoras utilizam habilidades e aprendizados vividos dentro da empresa júnior do Ifal para realizar as atividades na própria empresa. Paula contou sobre a importância do Instituto Federal desde os primeiros dias de aula, as atividades práticas, até o momento em que os conhecimentos obtidos foram levados ao mercado de trabalho. “No primeiro dia de aula, todas as disciplinas, todo aquele entusiasmo que os professores passam para a gente, não deixando desistir. Então, eu acredito que foi essa junção, todas as aulas, todas as práticas de laboratório que a gente trouxe para a Ejifa e, consequentemente, vamos levar para as futuras empresas, para os futuros empregos. O Ifal dá um suporte surreal para os alunos, não só para as empresas juniores, como para todos”, ressaltou.
Luana, formada desde 2023, fez parte da Ejifa como diretora de Gestão de Pessoas, posição que permitiu desenvolver habilidades na comunicação, networking, e também específicas de seu curso, como análises, consultorias e afins. Além disso, a ex-aluna pôde acompanhar o desenvolvimento da empresa em todo seu processo, desde a ideia no papel, até o estabelecimento de uma sede física. Segundo ela, essas experiências foram essenciais para ampliar as suas perspectivas do mercado de trabalho. “Todas essas frentes fizeram com que eu saísse do Instituto com a mentalidade e disposição mais fortes e com visão macro do sistema de possibilidades de atuações no mercado de trabalho. Só agradecer e incentivar aos alunos que aproveitem as inúmeras possibilidades que o Ifal disponibiliza para os matriculados”, destacou.
A empresa das egressas atualmente presta serviços como: criação e adequação de rotulagens, elaboração e adequação de Manuais de Boas Práticas de Fabricação, manipulação, procedimentos operacionais padronizados, redução de custos e desperdícios, cliente oculto (visitas sigilosas para avaliar a experiência do cliente nos estabelecimentos), treinamentos para os colaboradores (capacitação em higienização, fabricação e atendimento) e elaboração de fichas técnicas. Mais informações aqui, no site da consultoria.
Investimentos em mais Empresas Juniores
Atualmente, o Ifal possui seis Empresas Juniores ativas em quatro campi, sendo elas: Empro Jr, do curso de Engenharia Civil e Design de Interiores, Ejifa, do curso de Engenharia de Alimentos, no Campus Maceió; Sertão Tec, do Curso de Agronomia, no Campus Piranhas; Voltech, de Engenharia Elétrica e Sigma da graduação de Engenharia Civil, ambas no Campus Palmeira dos Índios; e Starti - Projetos e Consultoria, da graduação de Sistemas de Informação, do Campus Arapiraca, a primeira Empresa Júnior de tecnologia em Alagoas.
Com baixos níveis de evasão dos estudantes que participam das empresas juniores, bolsas e consultoria especializada em empreendedorismo, o Instituto Federal de Alagoas vem investindo cada vez mais nessas empresas. O mentor de Empresa Júnior do Ifal, Dickinson Cavalcante, acredita que o Ifal tem um papel de protagonista quanto ao estímulo do empreendedorismo em seus discentes, citando as mentorias especializadas e as próprias aulas do curso, que possibilitam um despertar empreendedor. “É a união de duas coisas muito importantes: primeiro a educação de qualidade que eles têm com os professores, técnicos, e o segundo é a aplicação disso no mercado. Então, acho que o Ifal, com esse trabalho em conjunto com os professores, com os cursos e estimulando mais Empresas Juniores, para que eles possam se envolver mais nos negócios, tem um trabalho de protagonista na vida deles (estudantes) nesse despertar empreendedor, para que possam, ao em vez de procurar emprego, serem geradores de emprego”, afirmou Dickinson.
*Sob a supervisão de Elaine Rodrigues, jornalista.