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Docentes iniciam período de exercício da bolsa de Apoio à Produtividade em Pesquisa
Ingrid Sofia é uma das contempladas com a Bolsa de Apoio à Produtividade em Pesquisa
Nesta sexta-feira, 4, os vinte professores contemplados pelo Programa de Apoio à Produtividade em Pesquisa estiveram no gabinete da Reitoria do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) para assinar o termo de outorga de aceitação da bolsa. Eles são pesquisadores de diversas áreas e campi espalhados pelo Estado, que deverão receber uma remuneração de incentivo pelos próximos meses, para que produzam suas investigações e as disseminem no meio científico nacional e internacional.
Presente à solenidade, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação (PRPI), Carlos Henrique Almeida, pontuou que a bolsa não é só uma forma de reconhecimento pesquisadores, mas também de incentivá-los a conseguir mais recursos.
"Esse programa tem uma semelhança ao que o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] faz, ou seja, ele premia, por meio de bolsas, pessoas que alcançam índices de produção acadêmica em periódicos que são avaliados pela Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], ou também no nosso caso, aqueles que depositam propriedade intelectual, patentes, softwares e direitos autorais", comentou o pró-reitor.
É a segunda vez que o Ifal fornece essas bolsas, com recursos provenientes da própria instituição. No entanto houve modificações em relação ao último edital de 2014. Um dos seus critérios é que os bolsistas busquem formas de fomento externo ao desenvolvimento de suas pesquisas.
"Esse programa tem uma grande vantagem. Nós estamos aprimorando para que ele reflita justamente à produtividade em pesquisa no Ifal, porque no início, de uma forma geral, o professor vinha e trazia o que ele produzia na Universidade, hoje a produtividade dele também é reflexo do que ele também faz no Ifal. Ele pode desenvolver pesquisas integradas com qualquer universidade no mundo, mas ela tem que refletir aqui no Ifal", completou o professor.
O grupo contemplado, que tem como áreas de investigação as Ciências Agrárias, Biológicas, a Química e Letras, também se torna apto a fazer propostas de mestrado no Ifal e ir em busca de recursos nas fomentadoras de pesquisas, inclusive para os seus discentes.
Mônica Lima, do Campus Maragogi, foi uma das docentes contempladas pela Bolsa Produtividade. Ela ressaltou que o desenvolvimento de pesquisa no Instituto dá a possibilidade dos aluno de ensino técnico e médio entrar na Universidade posteriormente, já familiarizado com a pesquisa. “Temos dois alunos que entraram no curso de Agronomia, que tiveram a oportunidade de serem bolsistas, e eles já saem do Ensino Médio com uma oportunidade que muitos daqueles não terão em suas graduações”, disse.
Recursos próprios
De acordo com, o reitor Sérgio Teixeira, o Ifal é a única instituição do estado que dá essa bolsa a partir de recursos próprios. Ele lembrou que apenas R$ 600 mil de cerca de R$ 5 milhões destinados ao desenvolvimento de pesquisa do Ifal são do Governo Federal, o resto é próprio do Instituto.
Além do investimento direto na produção de pesquisas, parte dos prédios que estão em processo de construção já apresentam espaços destinados ao trabalho dos pesquisadores. “Em Batalha e Palmeira dos Índios já estão sendo constituídos prédios que contemplam salas para os orientadores e pesquisadores, como acontece nas universidades.”
Sérgio também comentou que essas ações fazem parte das iniciativas de valorização do servidor. "Eu não posso dar aumento ao servidor, mas posso valorizá-los com melhores condições de trabalho e capacitação. Na área da gestão, a gente teve a ousadia e a coragem de regularizar a remoção dos servidores, o que era uma reivindicação deles. Eu também acredito que nos próximos dois anos nós vamos chegar a mais de 80% dos professores com Doutorado, hoje a gente já ultrapassou os 60%", pontuou.
Diretores dos campi comentam expansão da pesquisa
Os diretores dos campi Piranhas, Penedo e Maragogi, Ricardo de Albuquerque, Carlson Lamenha e Dácio Lopes, acompanharam a solenidade e lembraram-se das ações de valorização dos servidores, como a regularização dos processos de remoção, via editais e o fomento das pesquisas.
"A pesquisa tem enaltecido a instituição. Hoje é a coisa mais fácil ser diretor de um campus porque o servidor menos qualificado tem pós-graduação e independentemente de sua formação, são todos qualificados", comentou Carlos Lamenha.